segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

SOBRE O CREDO - " a Comunhão dos Santos"


Pregado em 11 de dezembro de 2016


                        Credo Apostólico - Sermão 19



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                     VIVENDO A COMUNHÃO DOS SANTOS
Atos 2. 42-47
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.
43 Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.
44 Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.
46 Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração,
47 louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.

A igreja dos apóstolos vivia a Palavra. Eles viviam o amor de Jesus.
 
Eles eram cristãos. Eles cumpriam o mandamento de Jesus para a igreja. Amar uns aos outros. Os primeiros crentes se dedicaram à comunhão, especialmente no aspecto da comunhão espiritual. A igreja precisa praticar algumas atitudes da verdadeira comunhão.
1 – COMPARTILHAR A PALAVRA. A igreja , como comunidade precisa compartilhar verdades bíblicas. Cada um necessita desenvolver a pratica de compartilhar o que Deus está ensinando através do estudo pessoal. A igreja necessita transbordar verdades bíblicas. Aprender juntos a aplicar verdades bíblicas na vida. Cada um precisa amorosamente transmitir verdades bíblicas uns aos outros.  
Colossenses 3.16-  Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. 17-  E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.
2 – MINISTRAR CURA UNS AOS OUTROS. Muitos na igreja, na comunidade sofrem sozinhos. Duas verdades sobre a igreja: a primeira que é uma comunidade de santos. A segunda, que é uma comunidade de pecadores. Os santos são pecadores. Os pecadores são santos. Santos santificados pelo Espírito Santo na aplicação da Palavra de Deus. De que maneira ministrar curas – compartilhando dores, sofrimentos e necessidades. Um dos mandamentos à igreja é “orem uns pelos outros’”.  
Veja Tiago 5.16 – “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” A igreja precisa desenvolver a prática de compartilhar a vida. Para que haja encorajamento e ajuda.
3 – AJUDAR E SE DEIXAR AJUDAR. Na igreja de Atos, lemos que “havia um só coração e uma só alma” entre eles. Hoje os crentes quase não sabem o que é isso. A arte de incentivar uns aos outros. A arte de exortar, ou seja encorajar, animar uns aos outros na vida cristã. Não é “cobrar” uns aos outros. Não é investigar a vida do outro. Não caçar pecados, mas ajudar a ser tudo aquilo que a Palavra ensino. A admoestação cristã é a arte de incentivar uns aos outros a fazer a vontade de Deus – a seguir Jesus.
4 – ORAR UNS PELOS OUTROS. Oramos pouco uns pelos outros. Quando oramos, oramos de forma geral. Para ter uma boa comunhão, precisamos ter oração sincera, frequente e com conhecimento do que os outros necessitam. Orar com tempo e com palavras.
Colossenses 1.9 “Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; 10 - a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; 11 - sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria,”
O bom é ter amigos ou parceiros de oração. Nada é pequeno ou particular demais para compartilhar com parceiros assim. Existe um compromisso e responsabilidade entre os parceiros de oração. Crie o hábito de orar pelos outros.
5 – REPARTIR O QUE TEMOS. Não podemos esquecer a importância de compartilhar  o que temos materialmente com os irmãos.
 Veja o que diz  a CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER. Capitulo XXVI – DA COMUNHÃO DOS SANTOS
 II. Os santos são, pela sua profissão, obrigados a manter uma santa sociedade e comunhão no culto de Deus e na observância de outros serviços espirituais que tendam à sua mútua edificação, bem como a socorrer uns aos outros em coisas materiais, segundo as suas respectivas necessidades e meios; esta comunhão, conforme Deus oferecer ocasião, deve estender-se a todos aqueles que em qualquer lugar, invocam o nome do Senhor Jesus.
Heb.10.24-25 Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.
I João 3.17;” Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?”
At. 11.29-30. “ Os discípulos, cada um conforme as suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judéia; O que eles, com efeito, fizeram, enviando-o aos presbíteros por intermédio de Barnabé e de Saulo.
III. Esta comunhão que os santos têm com Cristo não os torna de modo algum participantes da substância da sua Divindade, nem iguais a Cristo em qualquer respeito; afirmar uma ou outra coisa, é ímpio e blasfemo. A sua comunhão de uns com os outros não destrói, nem de modo algum enfraquece o título ou domínio que cada homem tem sobre os seus bens e possessões.
Isto não significa dar o que temos aos outros. Não significa também que devemos repartir o que temos com os outros – mas compartilhar – isto é atender às necessidades dos outros, se necessário repartindo o que temos.
A vontade de compartilhar nossos bens é um bom teste da veracidade de nossa comunhão. De fato, isso deve ser algo natural e espontâneo, porque estamos preocupados com todos os membros do corpo de Cristo.
2 Corintios 8.13-14 – “Porque não é para que os outros tenham alívio, e vós, sobrecarga; mas para que haja igualdade,  suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles, de modo que a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta, e, assim, haja igualdade,”
Os primeiros crentes deram muito valor à comunhão. Não era uma comunidade de cada um por si. Do “vire-se”. Não havia necessitados entre eles. Assim era com os puritanos. Eles formavam comunidades e todos compartilhavam do que tinham para o bem da comunidade.
 
Para pensarmos sobre nossa missão
Onde a comunidade está mais deficiente? O que cada um pode fazer para melhorar a comunhão?
Em que nos diferenciamos de outras comunidades?
Qual nosso conceito de cristianismo e como vivemos nosso cristianismo?
O que podemos fazer para rompermos com este estilo de vida mundano, secularizado ao extremo onde a individualidade, auto realização,  egoísmo e consumismo imperam?
O que podemos fazer para rompermos com a cultura evangelical da ambição mundana por sucesso, riquezas matérias onde a benção é egoísta e avarenta.

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