Pregado na Capela Missional em 29 de outubro de 2017 - Capela Missional/Porto Alegre
Mq 6.8 – Lc 10.27-28 – Gn 17.1 – Rm 2.14-15; Rm 3.19-31
Romanos 3.31 - Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.
A Lei é o padrão divino para regularmos nossa vida para a glória de Deus, conforme sua vontade.
Cristo não veio anular a Lei, mas a confirmar.
Os Dez mandamentos são um resumo de toda a Lei e de toda a vontade de Deus. Eles foram dados ao povo de Israel por meio de Moisés como introdução a todo um sistema de Lei, a começar pela Lei Moral que mostrava a vontade de Deus às pessoas individualmente. Ao culto, por meio de cerimônias e ao governo do povo por meio de leis sociais ou civis. Nunca houve um sistema superior de excelência moral na história da humanidade.
As Leis cerimoniais não estão mais em validade, pois eram temporárias – elas se cumpriram em Cristo e tiveram seu cumprimento.
Com respeito às leis consideradas civis ou judiciais que foram designadas exclusivamente aos hebreus que viviam numa teocracia, foram abolidas na nova dispensação, pois o povo de Deus agora está no mundo, mas não pertence mais à uma nacionalidade. Não estamos mais na obrigação de circuncidar os filhos, guardar a páscoa, fazer a Festa dos Tabernáculos, retribuir olho por olho e dente por dente e outras leis específicas que regulamentava a sociedade hebraica.
A lei moral não era temporária, mas tinha sua validade antes dos Dez Mandamentos – os mandamentos apenas colocaram estas leis, como mandamentos. Todos os Dez Mandamentos já eram Leis divinas antes de serem promulgados no Sinai. E continuam para sempre. Logo a Lei Moral toda valia antes do Sinai.
Cristo cumpriu a Lei, isto é, deu sentido à Lei e trouxe sua verdadeira interpretação e aplicação. Ele em si mesmo deu plenitude à Lei. Abolindo o cerimonial, formando um novo povo em liberdade civil que vive em sociedade de acordo com a lei moral e santificando seu povo com os princípios da lei moral.
Com sua vida santa e obediente Ele honrou a Lei de Deus perfeita e integralmente.
1- O Senhor Jesus Cristo honrou a Lei por sua obediência ativa e passiva na cruz do Calvário.
A Lei tem que ser cumprida em todos os aspectos. Se o plano de salvação não desse resposta à exigência da lei quanto à punição do pecado e da transgressão, ele não estabeleceria a lei e não salvaria. Tomando sobre si a punição dos nossos pecados, punição exigida pela Lei, o Senhor Jesus Cristo estava estabelecendo a Lei.
2– O Senhor Jesus Cristo confirmou o que Lei diz sobre a santidade e justiça de Deus.
Uma das funções da Lei era revelar a santidade de Deus. Esta é a grande ênfase da Lei “sede santos, porque eu sou santo”. Na verdade esta era a primeira função da lei. Se não vemos na cruz uma manifestação da santidade e justiça de Deus, não estamos vendo de fato que a cruz estabelece a lei e a manifesta.
3 – O Senhor Jesus Cristo na cruz confirma tudo o que Deus dissera em sua Lei sobre sua santa ira contra o pecado.
Deus tinha dito na lei que odiava o pecado, que o pecado provoca a sua santa ira e que ele pune o pecado. Não há nenhum lugar do universo onde Deus tenha revelado tão claramente o quanto odeia o pecado quanto na cruz de Cristo. O que Deus disse faria contra o pecado ele fez e com isto o plano de salvação estabelece a Lei.
4 – O Senhor Jesus Cristo na cruz e o plano de salvação confirma tudo o que a Lei disse sobre o pecado e sobre nossa pecaminosidade.
A cruz diz que estamos perdidos, desamparados e sem esperança, a menos que Cristo seja nosso redentor. A cruz proclama isso. O plano de salvação, a salvação pela graça confirma a nossa incapacidade total de nos salvar.
5 – O Senhor Jesus Cristo na cruz, mostra-nos o significado de todos os sacrifícios que a Lei ordenava, portanto os confirma e confirma a Lei que os ordenava.
Ao morrer na cruz, Cristo cumpriu perfeitamente todo o cerimonial levitico e tudo o que ele prefigurava. Ele é o cordeiro de Deus.
6 – O Senhor Jesus Cristo na cruz, revela a necessidade do sacrifício.
Em todos os aspectos a lei é estabelecida pelo conceito da expiação que o apóstolo ensina aqui – a lei estabelece a necessidade do sacrifício.
7 – O Senhor Jesus Cristo na cruz, mostra que a Lei é espiritual, mais do que simplesmente um sistema legal.
A lei é estabelecida pelo fato que sua intenção é nos levar a “amar o Senhor nosso Deus de todo nosso coração, de toda nossa alma, com todas as nossas forças e todo nosso entendimento. Mais do que minha conduta é minha relação com Deus que importa. Quando vejo a Lei em Cristo e Cristo cumprindo a Lei, nasce em mim o desejo de cumprir pessoalmente a Lei e honrá-la. Não para minha salvação porque já fui salvo – mas porque ela me levou a reconhecer minha perdição e por isso me levou a Cristo.
A lei me leva a Cristo pelo desespero de minha perdição – A salvação me leva novamente à Lei pela alegria da santificação.
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