Pregado em 22 de outubro de 2017 - Na Capela Missional em Porto Alegre.
PERGUNTA 39. Qual é o dever que Deus exige de cada ser humano?
R. O dever que Deus exige de cada ser humano é obediência à sua vontade revelada.
PERGUNTA 40. O Que revelou Deus primeiramente para regra de sua obediência?
R. A regra que Deus revelou primeiramente para nossa obediência foi a lei moral.
Mq 6.8 – Lc 10.27-28 – Gn 17.1 – Rm 2.14-15; Rm 3.19-31
A LEI REVELA NOSSA PECAMINOSIDADE DIANTE DA SANTIDADE DE DEUS.
Romanos 3.19-31
19 Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus,
20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.
21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;
22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção,
23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,
24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,
25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;
26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.
27 Onde, pois, a jactância? Foi de todo excluída. Por que lei? Das obras? Não; pelo contrário, pela lei da fé.
28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.
29 É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, também dos gentios,
30 visto que Deus é um só, o qual justificará, por fé, o circunciso e, mediante a fé, o incircunciso.
31 Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.
Não há uma Lei de Deus e uma Lei de Cristo. A Lei de Cristo é a Lei de Deus.
A Lei de Deus como revelada nas Escrituras, tida como “Lei de Moisés” – pode ser divida em duas categorias: Lei Moral e Lei Cerimonial. A Lei Cerimonial e os cerimoniais representavam Cristo e se cumpriram em Cristo, sendo ab-rogados, pois seus sentidos simbólicos foram preenchidos em Cristo.
Confissão belga - artigo 25 - cristo, o cumprimento da lei - Cremos que as cerimônias e figuras da lei terminaram com a vinda de Cristo e que, assim, todas as sombras chegaram ao fim. Por isso, os cristãos não devem mais usá-las. Contudo, para nós, sua verdade e substância permanecem em Cristo Jesus, em quem têm seu cumprimento. Entretanto, ainda usamos os testemunhos da Lei e dos Profetas para confirmarmo-nos no Evangelho e, também, para regularmos nossa vida em toda honestidade, para a glória de Deus, conforme sua vontade.
Catecismo de Heidelberg – Pergunta 3 – Como você conhece sua miséria? R. Pela Lei de Deus.
Confissão de Westminster – “Leis cerimoniais em parte se referem ao culto e prefiguram Cristo, as suas graças, os seus atos e seus sofrimentos e os seus benefícios, e em parte se referem a deveres morais – estão todas abolidas sob o Novo Testamento.” Cap. XIX, III
“As leis civis, deixaram de vigorar quando o pais dele deixou de existir, e agora não se obriga a ninguém além do exige a sua equidade geral.” Cap. XIX, IV
CAP, XIX, V. A lei moral obriga para sempre a todos a prestar-lhe obediência, tanto as pessoas justificadas como as outras, e isto não somente quanto à matéria nela contida, mas também pelo respeito à autoridade de Deus, o Criador, que a deu. Cristo, no Evangelho, não desfaz de modo algum esta obrigação, antes a confirma.
CAP. XIX,VI. Embora os verdadeiros crentes não estejam debaixo da lei como pacto de obras, para serem por ela justificados ou condenados, contudo, ela lhes serve de grande proveito, como aos outros; manifestando-lhes, como regra de vida, a vontade de Deus, e o dever que eles têm, ela os dirige e os obriga a andar segundo a retidão; descobre-lhes também as pecaminosas poluções da sua natureza, dos seus corações e das suas vidas, de maneira que eles, examinando-se por meio dela, alcançam mais profundas convicções do pecado, maior humilhação por causa deles e maior aversão a eles, e ao mesmo tempo lhes dá uma melhor apreciação da necessidade que têm de Cristo e da perfeição da obediência dele. (COMPLETA NO FINAL)
Cap. XIX, VII. Os supracitados usos da lei não são contrários à graça do Evangelho, mas suavemente condizem com ela, pois o Espírito de Cristo submete e habilita a vontade do homem a fazer livre e alegremente aquilo que a vontade de Deus, revelada na lei, requer se faça.
A Lei moral reflete o caráter santo de Deus e seus propósitos para os seres humanos. Deus, na Lei moral, recomenda a conduta que ele tem praz de ver e proíbe aquela que o ofende. Jesus resumiu a Lei moral em dois mandamentos: Ame a Deus sobre todas as coisas e ame o seu próximo como a si mesmo (Mt 22.37-40). O ensino de Cristo e dos apóstolos não é uma nova lei, mas a lei aprofundada, aplicada da maneira correta e reaplicada a novas circunstâncias.
Segundo Calvino a Lei tinha três usos:
- Servir de espelho para que víssemos a justiça perfeita de Deus e nossa própria pecaminosidade.
- Restringir o mal e o pecado.
- Guiar os regenerados às boas obras que Deus planejou para eles.
Jesus, no Sermão do Monte, não estabeleceu uma nova lei abolindo a antiga, mas deu a interpretação correta da Lei.
O texto que lemos nos leva a uma sublime declaração da Lei que só é validada pela graça e da graça que só é validada porque cumpre a Lei.
1 - A LEI NOS MOSTRA O PADRÃO ALTÍSSIMO DA JUSTIÇA DE DEUS. V.19 - 19 Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus,
2 - A LEI MOSTRA O NOSSO PECADO – V. 20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.
3 - A LEI FOI PLENAMENTE VINDICADA – SUAS EXIGÊNCIAS SATISFEITAS PLENAMENTE POR CRISTO PARA TRAZER SALVAÇÃO AOS PECADORES QUEBRADORES DA LEI – VS 21-26
21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;
22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção,
23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,
24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,
25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;
26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.
4 – A LEI É UMA EXIGÊNCIA DE DEUS, MAS DEIXOU DE SER CONDIÇÃO DE SALVAÇÃO, PORQUE AS MELHORES OBRAS NÃO SALVAM O PECADOR.
VS 27 – 31.
27 Onde, pois, a jactância? Foi de todo excluída. Por que lei? Das obras? Não; pelo contrário, pela lei da fé.
28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.
29 É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, também dos gentios,
30 visto que Deus é um só, o qual justificará, por fé, o circunciso e, mediante a fé, o incircunciso.
5 – A LEI NÃO SENDO CONDIÇÃO DE SALVAÇÃO, SE ESTABELECE COMO PADRÃO DOS SALVOS. v. 31 Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.
Conclusão do Capitulo XIX da Confissão de Fé. – “Ela é também de utilidade aos regenerados, a fim de conter a sua corrupção, pois proíbe o pecado; as suas ameaças servem para mostrar o que merecem os seus pecados e quais as aflições que por causa deles devem esperar nesta vida, ainda que sejam livres da maldição ameaçada na lei. Do mesmo modo as suas promessas mostram que Deus aprova a obediência deles e que bênção podem esperar, obedecendo, ainda que essas bênçãos não lhes sejam devidas pela lei considerada como pacto das obras - assim o fazer um homem o bem ou o evitar ele o mal, porque a lei anima aquilo e proíbe isto, não é prova de estar ele debaixo da lei e não debaixo da graça.”
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