sábado, 30 de abril de 2022

VIVER COM PACIÊNCIA, ESPERANÇA E PERSEVERANÇA – Romanos 8.18-25

 Pregado em 03 de maio de 2020

sexto sermão na Pademia 

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 PACIÊNCIA, ESPERANÇA E PERSEVERANÇA 

Romanos 8.18-25
18 Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. 19 A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. 20 Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, 21 na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 22 Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. 23 E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. 24 Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.

O cristão ao viver a esperança, não joga tudo para o futuro, mas vive em paz o presente, pois confia que o Senhor está presente, no presente.

O cristão espera o mundo porvir. É a bendita esperança do cristão. 
Ele vive no mundo com a certeza da vida eterna.
 Do mundo eterno. 
Da glória futura. 
Este texto define bem isto. O cristão vive no mundo, 
crendo e esperando a glória eterna ou a glória do mundo porvir.

Isto é entendido por alguns como uma resignação ao estado presente, 
imaginando que o cristão se contenta com os sofrimentos, com as dores, com as injustiças, com a pobreza, com fome, jogando tudo para a eternidade. 
Mas não é isso. 
Na verdade o cristão que entende esta tensão entre sofrimento e 
glória, entende que são duas eras. 
A era presente é de sofrimento - a era futura é de glória. 
Mas o cristão ao entender isso, chama o mundo por vir para o agora. 
Ele vive no mundo, não apenas desejando, vislumbrando o mundo futuro,
 mas vivendo o máximo dele aqui e ensinando na prática aos outros o máximo das virtudes do mundo porvir.
Alguém afirmou, que as pessoas que mais trabalharam por este mundo aqui, foram aquelas que mais acreditavam no mundo porvir.
O fato é que a era presente, este tempo, é um tempo de muitas dores. 
Porém, o cristão não viverá como um alienado, afirmando que – tudo visa ao melhor de todos os mundo possíveis no futuro.
O cristão também não afirmará que – o mundo pertence ao diabo. 
O cristão não será um pessimista duro que anuncia uma escuridão crescente e permanente. 
O cristão não será um triunfalista, que acha que tudo naturalmente vai melhorar. 
O cristão não tem esta linguagem de – piorar ou melhorar. 
Ele viverá na esperança futura e na perseverança de sua fé no mundo.
O cristão afirmará que o mundo é de Deus, ele é glorificado por suas obras e quando Deus é glorificado, seus filhos são abençoados, neste mundo.
Deus tendo filhos neste mundo, estes agem no mundo para que a graça de Deus seja conhecida por meios da vida que vive as virtudes do mundo futuro. 
O melhor cristão não é aquele que vive com a cabeça no céu – mas que ao crer na eternidade, se envolve no mundo para que este sofra menos as consequências de suas próprias trevas.
Isso nos faz lembrar que Jesus nos disse – no mundo vocês terão aflições. Mas este texto nos traz conforto, esperança e nos anima na perseverança. Este texto nos ensina como viver no mundo. Como viver a esperança e como perseverar.

I – QUANDO ENFRENTAMOS AFLIÇÕES, DEVEMOS LEMBRAR QUE NO MUNDO ESTAS COISAS SÃO INEVITÁVEIS – VS 18-20 / Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. 19 A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. 20 Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou,

Neste mundo embora salvos, passaremos por muitos e sérios problemas. 
 As aflições são certas.
Mas a palavra de Deus revela que nós também está reservada a glória futura.
Se essa glória a ser revelada no futuro é a vida eterna e se a vida eterna significa desfrutar da presença pessoal plena de Deus para sempre, 
os sofrimentos e as aflições deste tempo tornam-se suportáveis, por que ganham um sentido – não é só sofrer e deu.
Os sofrimentos e as aflições do tempo presente são fatos.
São momentâneos quando comparados à glória guardada, a felicidade que Deus tem para os seus.
É neste mundo que temos que viver a nossa fé. É neste mundo que os que foram conquistados na cruz por Jesus vivem.
O cristão vive no mundo sabendo disso – logo ele será uma pessoa abençoada – por isso construtiva – por isso semelhante ao seu Senhor. Por isso abençoadora.

II – QUANDO ENFRENTAMOS AFLIÇÕES. DEVEMOS LEMBRAR QUE O MUNDO EM QUE VIVEMOS É REFÉM DA QUEDA. VS 21-23 - / na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 22 Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. 23 E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.

A criação é refém da queda. O mundo é o palco dos pecadores. 
A criação foi atingida. Ela anela, anseia, aguarda
 a chegada da redenção plena e final dos filhos de Deus. 
O autor aqui quis dizer – que a criação, o mundo, precisa de redenção. 
Desde que o pecado entrou no mundo, o mundo é refém do pecado. 
A criação toda sofreu os efeitos do pecado cometido pelo ser humano.
 A Terra foi declarada maldita.
Mas a glória dos filhos de Deus vai acontecer. Um novo mundo vai ser criado.
O pecado será vencido, e todos nós seremos para sempre glorificados.

III – QUANDO ENFRENTAMOS AFLIÇÕES, DEVEMOS ALIMENTAR A ESPERANÇA EM NOSSO CORAÇÃO E EM NOSSA MENTE. V 24 -  Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?

Junto com a criação aguardamos com expectativa essa glorificação com a redenção do nosso corpo na ressurreição.
Aguardamos o que já recebemos na verdade. 
Mas ainda estamos na limitação do mundo, da vida no mundo. Ainda adoecemos. Ainda perdemos. Ainda sofremos. Ainda gememos. Ainda temos medos. 
Ainda somos limitados em todos os sentidos. 
Recebemos a nossa salvação aqui na base da esperança e da fé.
Mas já temos os vislumbres da gloriosa vida, na vida glorificada.
Enquanto isso, antecipamos esta vida, vivendo na expectativa dele. Isso nos fará ativos, felizes e produtivos no mundo. Pessoas com esperança. Pessoas que olham para o futuro e querem fazer este futuro conhecido agora.

IV – QUANDO ENFRENTAMOS AFLIÇÕES, DEVEMOS ALIMENTAR A PACIÊNCIA EM PERSERVERANÇA E PERSEVERANÇA PACIENTE.
 v.25 /Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.

Até que o mundo passe. Até que o mundo pecador seja
 superado pelo mundo novo, redimido – aguardemos com paciência. 
Aguardemos com perseverança.
Isso deve ser alimentado em nós. Esta fé deve ser crida por nós e praticada.
Somos cristãos. Somos cidadãos da glória futura vivendo no mundo. 
Que diferença isso faz? Que diferença isso faz?
Nas horas de aflições do mundo – que diferença fazem os cristãos,
 cidadãos do mundo eterno? Que diferença fazem?
Que diferença fazem na pandemia? Que diferença fazem aos necessitados. 
Que diferença os redimidos por Jesus na cruz – que 
alcançaram o entendimento de que 
fazer parte do mundo eterno fazem aos aflitos?
 Que diferença fazem.

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  Pregado em 03 de maio de 2020 sexto sermão na Pademia                                                                                     ...