Pregado em 09 de dezembro de 2018 na Capela Missional em Porto Alegre.
O DIA DA EXPIAÇÃO – Levítico 16 – Sermão 1
1Falou o Senhor a Moisés, depois que morreram os dois filhos de Arão, tendo chegado aqueles diante do Senhor. 2Então, disse o Senhor a Moisés: Dize a Arão, teu irmão, que não entre no santuário em todo tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque aparecerei na nuvem sobre o propiciatório. 3Entrará Arão no santuário com isto: um novilho, para oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto. 4Vestirá ele a túnica de linho, sagrada, terá as calças de linho sobre a pele, cingir-se-á com o cinto de linho e se cobrirá com a mitra de linho; são estas as vestes sagradas. Banhará o seu corpo em água e, então, as vestirá. 5Da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes, para a oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto.
6Arão trará o novilho da sua oferta pelo pecado e fará expiação por si e pela sua casa. 7Também tomará ambos os bodes e os porá perante o Senhor, à porta da tenda da congregação. 8Lançará sortes sobre os dois bodes: uma, para o Senhor, e a outra, para o bode emissário. 9Arão fará chegar o bode sobre o qual cair a sorte para o Senhor e o oferecerá por oferta pelo pecado. 10Mas o bode sobre que cair a sorte para bode emissário será apresentado vivo perante o Senhor, para fazer expiação por meio dele e enviá-lo ao deserto como bode emissário.
11Arão fará chegar o novilho da sua oferta pelo pecado e fará expiação por si e pela sua casa; imolará o novilho da sua oferta pelo pecado. 12Tomará também, de sobre o altar, o incensário cheio de brasas de fogo, diante do Senhor, e dois punhados de incenso aromático bem moído e o trará para dentro do véu. 13Porá o incenso sobre o fogo, perante o Senhor, para que a nuvem do incenso cubra o propiciatório, que está sobre o Testemunho, para que não morra. 14Tomará do sangue do novilho e, com o dedo, o aspergirá sobre a frente do propiciatório; e, diante do propiciatório, aspergirá sete vezes do sangue, com o dedo.
15Depois, imolará o bode da oferta pelo pecado, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho; aspergi-lo-á no propiciatório e também diante dele. 16Assim, fará expiação pelo santuário por causa das impurezas dos filhos de Israel, e das suas transgressões, e de todos os seus pecados. Da mesma sorte, fará pela tenda da congregação, que está com eles no meio das suas impurezas. 17Nenhum homem estará na tenda da congregação quando ele entrar para fazer propiciação no santuário, até que ele saia depois de feita a expiação por si mesmo, e pela sua casa, e por toda a congregação de Israel. 18Então, sairá ao altar, que está perante o Senhor, e fará expiação por ele. Tomará do sangue do novilho e do sangue do bode e o porá sobre os chifres do altar, ao redor. 19Do sangue aspergirá, com o dedo, sete vezes sobre o altar, e o purificará, e o santificará das impurezas dos filhos de Israel.
20Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, pela tenda da congregação e pelo altar, então, fará chegar o bode vivo. 21Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem à disposição para isso. 22Assim, aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles para terra solitária; e o homem soltará o bode no deserto.
23Depois, Arão virá à tenda da congregação, e despirá as vestes de linho, que havia usado quando entrara no santuário, e ali as deixará. 24Banhará o seu corpo em água no lugar santo e porá as suas vestes; então, sairá, e oferecerá o seu holocausto e o holocausto do povo, e fará expiação por si e pelo povo. 25Também queimará a gordura da oferta pelo pecado sobre o altar. 26E aquele que tiver levado o bode emissário lavará as suas vestes, banhará o seu corpo em água e, depois, entrará no arraial. 27Mas o novilho e o bode da oferta pelo pecado, cujo sangue foi trazido para fazer expiação no santuário, serão levados fora do arraial; porém as suas peles, a sua carne e o seu excremento se queimarão. 28Aquele que o queimar lavará as suas vestes, banhará o seu corpo em água e, depois, entrará no arraial.
29Isso vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez dias do mês, afligireis a vossa alma e nenhuma obra fareis, nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós. 30Porque, naquele dia, se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados, perante o Senhor. 31É sábado de descanso solene para vós outros, e afligireis a vossa alma; é estatuto perpétuo. 32Quem for ungido e consagrado para oficiar como sacerdote no lugar de seu pai fará a expiação, havendo posto as vestes de linho, as vestes santas; 33fará expiação pelo santuário, pela tenda da congregação e pelo altar; também a fará pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação. 34Isto vos será por estatuto perpétuo, para fazer expiação uma vez por ano pelos filhos de Israel, por causa dos seus pecados. E fez Arão como o Senhor ordenara a Moisés.
O dia da Expiação era a representação máxima da obra de Jesus na Cruz e seus benefícios em favor dos salvos.
I - O DIA DA EXPIAÇÃO ERA O DIA DO SACRIFICIO EM FAVOR DOS PECADOS DO POVO –
Este dia, segundo o texto era comemorado uma vez por ano, no décimo dia do décimo mês (v.29). Deveria ser um dia onde ninguém deveria trabalhar, nem comer, nem fazer sexo. O propósito destas abstinências era a purificação (vs 29-33). Se os rituais fossem oferecidos de acordo com as prescrições, então o povo todo era beneficiado com o perdão dos pecados.
Os sacrifícios oferecidos ao contrário dos mencionados anteriormente não eram para benefícios pessoais, mas coletivos.
II - OS RITUAIS DO DIA DA EXPIAÇÃO REPRESENTAVA CRISTO, TANTO NA PESSOA DO SUMO SACERDOTE, DOS SACRIFÍCIOS E TAMBÉM NO SIGNIFICADO DO TABERNÁCULO.
O ritual exigia um novilho e dois bodes para a purificação e um carneiro para o holocausto – vs 3-5. O ritual era oferecido em três etapas.
- Na primeira o sumo sacerdote oferecia o novilho como oferta pela sua casa – v.6
- Na segunda, os dois bodes eram apresentados ao Senhor, mas era sorteado um para ser oferecido em expiação – era o bode expiatório e o outro era solto no deserto que era o bode emissário – chamado de Azael – que significa o – bode que vai.
O Tabernáculo tinha três partes. A parte exterior onde ficava o altar e objetos de sacrifícios, o lugar santo que era uma parte mais interior e o Santos dos Santos onde o sumo sacerdote entrava e somente ele. Neste lugar ficava a arca da aliança.
Há textos no Antigo Testamento sobre o Tabernáculo, mas vamos reproduzir o texto de Hebreus 9 que explica bem as partes e as funções do Tabernáculo – vs 1-7
- Na terceira etapa do ritual, consistia em produzir fumaça com o incensário. Era preciso uma nuvem de fumaça antes que o sumo sacerdote entrasse no santos dos santos.
III - O DIA DA EXPIAÇÃO REPRESENTAVA O SIGNIFICADO MÁXIMO DO SACRIFICIO DE CRISTO
A Carta aos Hebreus no Novo Testamento, especialmente o capítulo nove, traz a explicação do significado do dia a Expiação. Hebreus 9.23-28
A explicação, é que Jesus ao morrer na cruz realizou aquilo que o sumo sacerdote fazia. Tanto o sumo sacerdote como os rituais representavam Cristo e Cristo deu cumprimento total aos rituais.
O sumo sacerdote precisava oferecer um sacrifício por ele e sua família.
Jesus, era puro e perfeito sacerdote e não precisava oferecer sacrifício por si mesmo.
O sacrifício deveria ser oferecido todos os anos.
Jesus obteve redenção eterna, ofereceu um só sacrifício para sempre que não precisa ser repetido.
O sumo sacerdote entrava no santos dos santos, mas com o lugar cheio de fumaça para esconder a manifestação divina.
Jesus ao morrer e ressuscitar entrou no santuário celestial, e não apenas no Santos dos Santos – além disso possibilitou a entrada a todos os que são beneficiados por seu sacrifício.
IV – DEVEMOS ENTENDER, APLICAR E PRATICAR TODO O SIGNIFICADOS DESTAS COISAS SAGRADAS.
É uma tentação para nós pensar que precisamos contribuir de algum modo para a nossa própria salvação. Nossas obras não são inúteis, mas, quanto a servirem como base para nosso perdão e aceitação por parte de Deus, elas são lamentavelmente inadequadas. Pelo contrário, elas são frutos da nossa fé na salvação completa que Deus nos outorgou por meio de Cristo. Os símbolos religiosos e as tradições não podem substituir, nem complementar as realidades gloriosas da morte de nosso Senhor.
Sendo assim quero fazer cinco considerações práticas:
1 – O desempenho religioso nunca foi e não é suficiente para nos aperfeiçoar e nos fazer aproximar de Deus.
2 – Não devemos acrescentar nada à expiação completa, ao perdão completo que Jesus já obteve na cruz.
3 – Não há qualquer deficiência na morte e ressurreição de nosso Senhor.
4 – Não há nenhuma maneira pela qual a salvação declarada por Cristo possa ser melhorada ou alterada.
5 – Que ser cristão é saber que somos beneficiados pelos méritos de Cristo que conquistou a salvação para nós e tudo o que ela significa.
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