Pregado em 16 de dezembro de 2018
Levítico
16.1-10
O
dia da expiação era o dia mais importante do calendário litúrgico do povo
israelita, junto com a páscoa. A páscoa era o dia mais festivo, o dia da
Expiação era o mais solene.
Não
havia outro dia semelhante em todo o ano. Os sacrifícios deste dia formavam o
fundamento dos caminhos de Deus em graça, misericórdia e bondade de Deus. Era o
dia em que Deus oferecia perdão ao povo.
O
dia Expiação, depois da destruição do Templo passou a ser comemorada com jejuns
e humilhação diante de Deus e hoje é conhecido como o dia de Yom Kippur, ou dia
do perdão. É o dia mais importante do calendário judaico.
Este
dia, segundo o texto era comemorado uma vez por ano, no décimo dia do décimo
mês (v.29). Deveria ser um dia onde ninguém deveria trabalhar, nem comer, nem
fazer sexo. O propósito destas abstinências era a purificação (vs 29-33). Se os
rituais fossem oferecidos de acordo com as prescrições, então o povo todo era
beneficiado com o perdão dos pecados.
Os
sacrifícios oferecidos ao contrário dos mencionados anteriormente não eram para
benefícios pessoais, mas coletivos.
O
ritual era oferecido em três etapas.
-
Na primeira o sumo sacerdote oferecia o novilho como oferta pela sua casa – v.6
-
Depois, dois bodes eram apresentados ao Senhor, mas era sorteado um para ser
oferecido em expiação – era o bode expiatório e o outro era solto no deserto
que era o bode emissário – chamado de Azael – que significa o – bode que vai.
-
Na terceira etapa do ritual, consistia em produzir fumaça com o
incensário. Era preciso uma nuvem de fumaça
A
parte mais emblemática do dia era a parte onde dois bodes eram apresentados ao
Senhor. Eles eram sorteados e um era sacrificado e o outro enviado ao deserto.
O que isso representava.
O
BODE SACRIFICADO – Bode Expiatório - SIGNIFICAVA A MORTE DE JESUS COM RELAÇÃO A
DEUS.
Veja
que a sorte era – pelo Senhor. Este bode simbolizava a morte de Jesus,
mediante a qual Deus foi perfeitamente glorificado. A morte de Jesus foi para
Deus. A morte de Jesus foi primeiramente para Deus. Para que Deus salvasse os
pecadores. A morte de Jesus foi para Deus para que mesmo ele sendo o Santo ele
pudesse perdoar pecadores tão imundos. Ali na cruz Deus foi glorificado, pois
havia obediência incondicional à sua vontade santa. Jesus se entregou na cruz e
Deus Pai foi glorificado.
Os
pecadores desprezam a Deus. A história humana é a história de pecadores. Para
entender isso, é preciso entender como Deus tem sido desonrado no mundo. A sua
verdade desprezada, a sua santidade é desconhecida; a sua majestade
desconsiderada; a sua Lei desobedecida e ignorada; o seu nome blasfemado e o
seu caráter difamado.
Ora
a morte de Cristo vindicou, anunciou, resgatou, anunciou, proclamou todos estes
direitos. A morte de Jesus glorificou a Deus. A morte de Cristo cumpriu todas
as exigências de Deus, por isso expiou os pecados dos pecadores. A morte de
Jesus sendo para Deus foi a base para a qual o bendito Deus pudesse agir em
graça, misericórdia e paciência para com os pecadores.
A
morte de Jesus é a resposta de Deus ao Diabo e aos malignos todos. A morte de
Jesus é o fundamento da salvação dos salvos e da condenação dos condenados. A
morte de Jesus forma o fundamento do governo moral de Deus. Em virtude da
cruz, Deus pode atuar segundo a sua soberania para salvar e condenar
Nada
senão a expiação efetuada por nosso Senhor Jesus Cristo podia ter glorificado
plenamente a Deus, mas na cruz ele foi glorificado. A cruz reflete toda a
glória do caráter divino como nunca poderia ser refletida por coisas criadas.
Jesus é o resplendor da glória divina. A cruz é a demonstração da graça divina.
A demonstração suprema do amor, misericórdia e benevolência divina. Mas a cruz
também é a maior demonstração do juízo divino.
O
sacrifício de Jesus beneficiou neste sentido a todos. Em virtude deste
sacrifício, os mais ímpios, atrevidos e blasfemos – vivem, movem-se e existem;
comem. Bebem e dormem. Até o alimento com que se alimentam deve-se ao
sacrifício de Jesus. O sol, as chuvas, a prosperidade dos empreendimentos dos
ateus são em virtude do sacrifício de Jesus. O fôlego do infiel a voz do ateu
que nega com palavras a existência de Deus se devem ao sacrifício de Jesus. Se
não fosse o sacrifício de Jesus, só existiria o inferno.
Duas
coisas distintas que brotam do sacrifício de Jesus: o perdão e a salvação que
Deus dá ao pecador por um lado – e – a paciência que tem com ele e as bênçãos
temporais que lhe outorga. As duas coisas são em virtude da cruz – pois mais
uma vez afirmo, que sem a cruz, só existiria o inferno.
Logo
o primeiro bode simbolizava a morte de Jesus para a glória de Deus. Este é o
aspecto mais glorioso da morte de Cristo. Antes de ser por nós, foi para Deus.
II
- O BODE ENVIADO AO DESERTO – Bode Emissário - REPRESENTA A MORTE DE JESUS EM
RELAÇÃO A NÓS PECADORES.
Aqui
temos a segunda ideia e o segundo significado da morte de Cristo, a saber, o
perdão completo e final dos salvos. O segundo bode era enviado ao deserto, como
símbolo de que os pecados haviam sido levados. Se a morte de Cristo constitui o
fundamento da glória de Deus, constitui também o fundamento do perfeito perdão
aos pecadores que se achegam a ele. Este é uma aspecto inferior da
expiação, embora temos a tendência de considerá-lo o mais importante. A
glória de Deus está em primeiro lugar. A nossa salvação em segundo. Manter a
glória de Deus era o objetivo principal do coração de Jesus. Ele seguiu este
objetivo deste o princípio ao fim com propósito definido e fiel.
João
13. 31-32 - disse Jesus: Agora, foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi
glorificado nele; 32 se Deus foi glorificado nele,
também Deus o glorificará nele mesmo; e glorificá-lo-á imediatamente.
A glória de Deus era o objetivo supremo
do Senhor Jesus Cristo na vida e na morte. Ele viveu e morreu para glorificar o
nome de seu Pai. O centro do coração de Jesus era a glória do Pai.
Mas Deus também é glorificado pela
abolição dos nossos pecados. Onde estão nossos pecados? Foram tirados. Foram
levados. Foram levados pelo sacrifício de Jesus na cruz, pelo qual Deus Pai foi
glorificado por toda a eternidade.
Os dois bodes, do dia da expiação,
dão-nos o duplo aspecto ma morte de Jesus. Num vemos como é mantida a glória de
Deus – no outro, como são tirados nossos pecados. Um é tão perfeito como o
outro. Pela morte de Jesus nós somos inteiramente perdoados e Deus é
perfeitamente glorificado.
Assim como o bode emissário ia para o
deserto, nossos pecados são levados embora.
1 - Vocês sabem que os pecados de vocês
estão perdoados segundo a perfeição do sacrifício de Jesus?
2 - Vocês sabem que o perdão dos
pecados significa que eles são tirados para sempre?
3 - Vocês sabem que vocês não precisam
“experimentar o perdão”? Em todo o evangelho não existe uma palavra como
experimentar. Não somos salvos por nossas experiências, mas por Cristo e para
ter Cristo por toda a eternidade, em toda a sua plenitude e preciosidade é
preciso apenas crer – crer somente.
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