Pregado em 23 de dezembro de 2018
A PERVERSÃO MÁXIMA DA CULTURA PAGÃ – Lv 181Disse mais o Senhor a Moisés: 2Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Eu sou o Senhor, vosso Deus. 3Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a qual eu vos levo, nem andareis nos seus estatutos. 4Fareis segundo os meus juízos e os meus estatutos guardareis, para andardes neles. Eu sou o Senhor, vosso Deus. 5Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles. Eu sou o Senhor.6Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne, para lhe descobrir a nudez. Eu sou o Senhor. 7Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua mãe; ela é tua mãe; não lhe descobrirás a nudez. 8Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai; é nudez de teu pai. 9A nudez da tua irmã, filha de teu pai ou filha de tua mãe, nascida em casa ou fora de casa, a sua nudez não descobrirás. 10A nudez da filha do teu filho ou da filha de tua filha, a sua nudez não descobrirás, porque é tua nudez. 11Não descobrirás a nudez da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai; ela é tua irmã. 12A nudez da irmã do teu pai não descobrirás; ela é parenta de teu pai. 13A nudez da irmã de tua mãe não descobrirás; pois ela é parenta de tua mãe. 14A nudez do irmão de teu pai não descobrirás; não te chegarás à sua mulher; ela é tua tia. 15A nudez de tua nora não descobrirás; ela é mulher de teu filho; não lhe descobrirás a nudez. 16A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu irmão. 17A nudez de uma mulher e de sua filha não descobrirás; não tomarás a filha de seu filho, nem a filha de sua filha, para lhe descobrir a nudez; parentes são; maldade é. 18E não tomarás com tua mulher outra, de sorte que lhe seja rival, descobrindo a sua nudez com ela durante sua vida.19Não te chegarás à mulher, para lhe descobrir a nudez, durante a sua menstruação. 20Nem te deitarás com a mulher de teu próximo, para te contaminares com ela. 21E da tua descendência não darás nenhum para dedicar-se a Moloque, nem profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor. 22Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação. 23Nem te deitarás com animal, para te contaminares com ele, nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; é confusão.24Com nenhuma destas coisas vos contaminareis, porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que eu lanço de diante de vós. 25E a terra se contaminou; e eu visitei nela a sua iniquidade, e ela vomitou os seus moradores. 26Porém vós guardareis os meus estatutos e os meus juízos, e nenhuma destas abominações fareis, nem o natural, nem o estrangeiro que peregrina entre vós; 27porque todas estas abominações fizeram os homens desta terra que nela estavam antes de vós; e a terra se contaminou. 28Não suceda que a terra vos vomite, havendo-a vós contaminado, como vomitou o povo que nela estava antes de vós. 29Todo que fizer alguma destas abominações, sim, aqueles que as cometerem serão eliminados do seu povo. 30Portanto, guardareis a obrigação que tendes para comigo, não praticando nenhum dos costumes abomináveis que se praticaram antes de vós, e não vos contaminareis com eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
A
ordem é, santidade na família.
Este
capítulo trata da santidade da família. Este capítulo é cada vez mais
importante e relevante porque a cada época os limites morais vão se
deteriorando. Os limites morais que antes delimitavam alguns comportamentos
morais tidos como essenciais, foram comprometidos na nossa cultura popular.
Cada vez mais os limites são considerados ameaças à liberdade e ao bem estar.
Esta ideia de que o bem estar e a liberdade são bem maiores do que os padrões
morais ganhou as pessoas para o dano de todos. Deus mesmo estabeleceu
limites morais para o seu povo e também para o mundo, pois o mundo também
pertence a Deus. Este texto trata de praticas, desvios e perversões sexuais
como síntese do que seja padrões morais.
Mas
porque a Bíblia sempre coloca este tópico como medida de moralidade? Pecados
sexuais são piores? A resposta é sim, são. Vamos explicar porque.
Veja que o texto começa com Eu sou o
Senhor, Vosso Deus. Dizer vosso Deus declara que o Senhor redimiu um povo para
si mesmo. Desde sempre a religiosidade tem a ver com a sexualidade. Todos os
deuses antigos eram perversos e depravados. Por um motivo, porque eles foram
criados à imagem e semelhança de seus adoradores. O fato de que o Senhor Deus
de Israel não possuía esposas ou consortes distinguia a religião de Israel de
todas as outras. Essa característica deu às instruções a respeito de
comportamentos sexuais uma perspectiva diferente da que era comumente aceita. O
Apóstolo Paulo contextualizou e atualizou para sempre esta pressuposição. Ele
tratou dos principais pecados e culpas dos gentios na Carta aos Romanos, na
qual ele mostrou que a idolatria e o paganismo em geral era fundamentalmente
negações do Senhor como criador. Ele associou a esse pecado o caráter ímpio das
aberrações sexuais que caracterizava todo o paganismo. Romanos 1. 22-32
O
que Deus está tratando aqui é que sendo que ele é Deus de seu povo, eles não
devem praticar os que as outras nações praticam, porque os pecados das nações
são justificados pelos deuses que adoram. Mas, uma vez que o povo foi estabelecido
na terra prometida, dedicou-se às práticas pecaminosas naturais daquela
terra.
Este
texto então tem a ver conosco, porque temos o mesmo Deus deste texto, e a
cultura a nossa volta expressa o paganismo próprio de uma cultura que adora um
deus depravado.
Esta
lista de proibições sexuais do texto – expressa onde a cultura do pecado se
expressa na sua forma mais destrutiva.
Por
isso demos ter em mente as seguintes proposições pressupostas pelo texto:
I
– O PADRÃO MORAL DO POVO DE DEUS É A PRÓPRIA SANTIDADE DIVINA – “EU Sou o
Senhor, vosso Deus”.
Portanto,
este texto apresenta-nos de um modo notável, a santidade pessoal e pureza moral
que o Senhor requeria daqueles que havia graciosamente posto em relação consigo
mesmo. Mas, ao mesmo tempo, apresenta-nos um quadro dos mais humilhantes das
iniquidades de que a natureza humana é capaz.
Os
atos dos israelitas deviam refletir o fato de que o Senhor era o seu Deus. Eles
eram chamados para se comportarem em conduta como convinha a um povo com o qual
se havia Deus havia se dignado a relacionar seu nome. Este é o verdadeiro
princípio de santidade para o povo de Deus em todos os tempos.
II – O POVO DE DEUS NÃO DEVE ASSIMILAR
A MORALIDADE DA CULTURA DOMINANTE DE QUALQUE ÉPOCA. Vs 3,4
A
pergunta é – que padrão molda nosso comportamento? Até que ponto somos
ensinados pela cultura da nossa época? Até onde podemos praticar a cultura ao
nosso redor? A moralidade é o termômetro.
No
contexto aqui, os egípcios e o cananeus estavam submersos em uma cultura
perversa sob todos os aspectos. A cultura deles era reflexo da adoração que
eles praticam. Tanto no Egito, como entre os cananeus, os deuses e deusas eram
pervertidos ao máximo.
O
pensamento do israelita deveria ser decidido de acordo com a Palavra de Deus.
Ele não decidia de acordo com o que pensava o egípcio ou o cananeu e nem
simplesmente em oposição à eles, mas de acordo com o pensamento de Deus.
O
egípcio ou o cananeu podiam ter suas práticas e opiniões, mas o israelita tinha
de ter as opiniões e práticas estabelecidas na Palavra de Deus. v. 4 - Fareis segundo os meus juízos e os meus
estatutos guardareis, para andardes neles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus
A
Palavra de Deus deve decidir toda a questão e governar as consciências.
III – O POVO DE DEUS NÃO É MELHOR DO
QUE OS OUTROS, O SEU DEUS É MELHOR. V. 5-6,21
Eles
deveriam lembrar que o Senhor havia os tirado da terra do Egito. Eles não eram
melhores do que ninguém, mas eles foram chamados pela graça de Deus. Tal somos
nós. Somos capazes dos piores pecados tanto quanto qualquer pagão. Foi a graça
de Deus que nos tirou do paganismo, logo se não fosse a graça de Deus, o pagão
seria eu. O pior pagão, quem sabe.
Nossa
opinião não tem tanto valor quanto imaginamos. Devemos entender que só temos o
pensamento que temos em relação a Deus. Somente temos padrões morais elevados.
Lutamos por santidade e pureza, porque a graça de Deus nos faz assim. Sem a
graça de Deus pensaríamos como pagãos e agiríamos como pagãos e praticaríamos
os mesmos pecados grosseiros que um pagão pratica. Existe o perigo de darmos
importância a uma opinião meramente porque a adotamos. É o Senhor e sua Palavra
o que deve moldar nossa mente e práticas.
Devemos
agir de maneira digna daquele que se tornou o nosso Deus e nos fez seu
povo.
A
razão de nossa conduta não é que somos melhores, mas o Deus que servimos que é
melhor. Ele é o único Deus. Ele é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Não
era que o israelita era em comparação com os outros, mas o que Deus era em
comparação com os outros deuses.
IV – SE O PRÓPRIO POVO DE DEUS
IMITASSE A CULTURA PAGÃ, ELA FICARIA AINDA PIOR. Vs 27-30
Esta
é a verdade que vemos nas Escrituras. A cultura dos egípcios e dos cananeus
eram perversas e pervertida – mas quando o próprio povo de Deus se rendia e
praticava as mesmas perversões e depravações o caos se estabelecia.
Quando
perversões são praticadas pelo povo Deus até o mundo pagão fica admirado. Não é
hipocrisia deles, é que eles sabem que o povo de Deus é santo. Não aceitam, não
toleram, isso os ofende, mas eles sabem. Se o pai de santo pratica adultério,
incesto, pedofilia etc, é um espanto para o bairro. Mas, quando um pastor
pratica isso o espanto deve ser infinitamente maior sim. O mundo deve ficar assombrado
sim.
Porque
a cultura de pecado está ficando cada vez pior? Porque o mundo em sua
moralidade se deteriora a cada tempo? Porque novos pecadores são acrescentados
e a media do pecado vai aumentando. Novas práticas perversas vão sendo
acrescentadas.
APLICAÇÕES
PRÁTICAS.
1
– Moldemos nossa família de acordo com o caráter santo de Deus. Isto é
imperativo.
2
– Devemos proteger nossa família. Marido e mulher devem se proteger e cuidar da
santidade um do outro. Os pais devem respeitar e santificar seus filhos.
3
– Devemos lembrar de que se deixarmos levar pela cultura, iremos cooperar para
deixá-la ainda pior.
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