Pregado em 24 de fevereiro de 2019
Levítico 23.15-22
15Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. 16Até ao dia imediato ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias; então, trareis nova oferta de manjares ao Senhor. 17Das vossas moradas trareis dois pães para serem movidos; de duas dízimas de um efa de farinha serão; levedados se cozerão; são primícias ao Senhor. 18Com o pão oferecereis sete cordeiros sem defeito de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão ao Senhor, com a sua oferta de manjares e as suas libações, por oferta queimada de aroma agradável ao Senhor. 19Também oferecereis um bode, para oferta pelo pecado, e dois cordeiros de um ano, por oferta pacífica. 20Então, o sacerdote os moverá, com o pão das primícias, por oferta movida perante o Senhor, com os dois cordeiros; santos serão ao Senhor, para o uso do sacerdote. 21No mesmo dia, se proclamará que tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis; é estatuto perpétuo em todas as vossas moradas, pelas vossas gerações. 22Quando segardes a messe da vossa terra, não rebuscareis os cantos do vosso campo, nem colhereis as espigas caídas da vossa sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixareis. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
A Festa de Pentecostes anunciava a grande festa da salvação que espalhou a graça no mundo todo.
A Festa das Semanas, Da Colheita ou de Pentecostes acontecia 50 dias após as celebrações da Páscoa, Pães Asmos e Primícias, mais especificamente, 50 após as Primícias. Pentecostes significa “Quinquagésimo Dia”. Era a Festa que comemorava o encerramento da colheita que começava com as Primícias. Esta festa durava apenas um dia e incluía pães com fermento. Neste dia todas as atividades servis deveriam parar, a fim de que o povo se reunisse para uma santa convocação. Junto com o mandamento da Festa, o Senhor deu a ordem de lembrar do pobre e necessitado. Durante a colheita as espigas que caíssem e as bordas da plantações, deveriam ser deixadas para os pobres e estrangeiros.
Essa instrução de que o povo repartisse a fruto da terra, da colheita com os outros, refletia, novamente que, as colheitas pertenciam ao Senhor. Havia membros da comunidade que não poderiam beneficiar-se materialmente das bênçãos de Deus, porque não possuíam terras para plantar e colher. Obviamente muitos conseguiam trabalhos como diaristas, mas também é óbvio que não havia trabalho para todos. Esse repasse das bênçãos de Deus era uma importante lição teológica. O povo deveria ser misericordioso e benevolente, distribuindo a graça aos outros. Deus é misericordioso e benevolente e estas características deveriam naturalmente em consequência reproduzir estes atributos na prática.
A Festa das Semanas é conhecida por nós como a Festa de Pentecostes. Esta festa era o prenúncio da Vinda do Espírito Santo para habitar na Igreja até a Parousía, a Volta do Senhor em Glória. O Espírito Santo veio no dia de Pentecostes. Assim como o Filho de Deus havia sido dado ao mundo, o Espírito Santo foi dado à Igreja. Isso é muito significativo para que o Festa de Pentecoste representava para Deus. Com a instituição desta festa, Deus estava anunciando a glória futura da Igreja que seria, por meio do Espírito Santo a agência de Deus para anúncio e instauração do Reino de Deus na terra.
I – A Dádiva da Provisão Divina ao mundo – A Igreja
Apesar de pentecostes sempre ter sido uma festa de colheita, só agora a colheita fica evidente. Deus estava anunciando não uma colheita de trigo e cevada, mas uma colheita onde o campo seria o mundo e o trigo seria as pessoas salvas da condenação. A celebração desta colheita havia iniciado com o próprio Senhor ressuscitando. Abriu a sepultura nas Primícias. Cristo era como o primeiro feixe, os salvos seriam os próximos frutos. Jesus sempre comparou o mundo como uma seara, os campos onde o Senhor faria sua colheita de salvação. Estes salvos formariam uma comunidade de redimidos – os chamados – a Igreja do Senhor. A nova casa de Deus. O Povo de Deus. A nação santificada pelo Senhor. Era isso que a Festa do Pentecoste anunciava.
II – A Dádiva da Provisão divina à Igreja – O Espírito Santo.
No dia da comemoração do Pentecostes, 50 dias após a ressurreição de Jesus, o Espírito Santo desceu. Jesus havia dito que ele viria. Ele disse: Se eu não for o Consolador não virá.
João 16.7 - Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.
Jesus falou que o Espírito Santo desceria para dar poder à igreja – que poder era esse e para que? Para testemunhar, para pregar o Evangelho.
Atos 1.8 - mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
O Filho de Deus havia sido dado ao mundo. Agora, O Espírito Santo foi dado à Igreja. O Espírito Santo foi dado à igreja para capacitação e poder necessário para a igreja cumprisse sua missão.
III - A Dádiva da Salvação ao mundo todo – A Igreja Evangelizando.
A igreja foi dada ao mundo para anunciar a salvação do mundo. A Igreja continua o que Jesus começou. A igreja foi dada ao mundo para o sal da terra e para ser a luz do mundo.
A igreja é o povo de Deus na Terra. A Igreja tem uma missão: glorificar a Deus, ao levar os povos da terra a reconhecer que Jesus é o Filho de Deus. Isso é a evangelização. Evangelização é pregar o Evangelho. A igreja tem a missão de proclamar as virtudes de Deus ao mundo - 1 Pedro 2.9 - Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 10 vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.
A igreja teria uma mensagem poderosa capaz de produzir transformação nas pessoas – tornando-as filhos de Deus. Esta mensagem transformaria pessoas que transformariam o mundo ao seu redor.
A igreja com sua mensagem vem desde o início fazendo o Evangelho avançar.
Devemos ter em mente que o Evangelho pode continuar crescendo. Imaginem quantos avivamentos ainda poderemos ter. Quantos pregadores notáveis Deus ainda vai levantar. Quantas igrejas impactantes Deus vai estabelecer.
Há quem duvide que os judeus e muçulmanos irão crer em Jesus no futuro. Há quem tema que os muçulmanos não apenas não vão crer em Jesus, mas vão acabar com o cristianismo.
Veja o que Jonathan Edwards escreveu por volta de 1750.
"Atualmente existe uma espécie de véu em uma grande parte do mundo, que os mantém em trevas, mas este véu será destruído: 'E destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas as nações se cobrem' (Is 25.7). Todos os países e nações, até mesmo aqueles que são agora os mais ignorantes, serão cheios de luz e conhecimento. Grande conhecimento prevalecerá por toda parte. Devemos esperar que muitos negros e índios sejam teólogos e que livros excelentes sejam publicados na África, na Etiópia, na Tartária e em outras nações que atualmente são as mais bárbaras. E não somente os eruditos, mas também aqueles de educação comum serão muito entendidos na religião: 'E os olhos dos que vêem não olharão para trás; e os ouvidos dos que ouvem estarão atentos. E o coração dos imprudentes entenderá o conhecimento' (Is 32.3-4). O conhecimento será universal, entre todos os tipos de pessoas: 'E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles' (Jr 31.34)". (Jonathan Edwards, "História da Obra da Redenção", século 18).
Na época que Edwards escreveu isso, não existia cristianismo na Ásia – na China, na Coréia, na Indonésia etc. Não existia cristianismo na África. Não existia cristianismo na América Latina.
Porque não crer que o futuro vai ser de Deus? Porque não crer que a igreja vai continuar avançando pelo mundo.
Nós sabemos e cremos que o diabo não pode destruir a igreja e que ele está na defensiva, pelo menos assim deveria ser. A Bíblia diz que “as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja”, ou seja, elas vão cair.
Mateus 16.18 - Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
A igreja ataca as portas do inferno e as derrubam. A igreja foi estabelecida para isso, atacar o reino das trevas e prevalecer contra ele. A igreja ataca e vence.
Jesus disse – “o mundo jaz no maligno” – 1 João 5.19-20 - Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno. 20 Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
E se, mais e mais gente continuar recebendo o entendimento para reconhecer o verdadeiro como nós?
IV – A Dádiva da Redenção Total – O Reino de Deus
Na instituição da Festa de pentecostes, foi ordenado que eles lembrassem do pobre, do necessitado e do estrangeiro.
Aquele que se identificou como sendo o Deus deles – é o Deus que distribui sua graça – Dt 10.18 – Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno; 18 que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes.
Deus é aquele que não se esqueceria de distribuir a fartura da graça a todos.
Ele formaria um Reino onde seu Filho seria o Rei e sua Lei seria amada e obedecida. Onde seus atributos seriam reconhecidos, distribuídos e reproduzidos.
Deus se revelou como sendo Amor, bondade, misericórdia, compassivo e benevolente. Devemos não apenas saber disso, mas ele revelou estes atributos para no seu Reino, seus súditos praticassem isso. No Reino de Deus há amor entre Deus e as pessoas e entre as pessoas e Deus e entre as pessoas e as pessoas. Assim há bondade, misericórdia, compaixão e benevolência entre Deus e a pessoas, e entre as pessoas e as pessoas. O Reino de Deus é vivido na igreja e a igreja torna isso visível ao mundo. O Reino de Deus é anunciado por Cristo que salvou pecadores, que formaram a igreja, que anuncia ao mundo, que enche o mundo com a glória de Deus – que toma o mundo – que irrompe no mundo – que domina o mundo – que forma um novo mundo, começando com a igreja e se plenificando na volta de Jesus e sendo eterno – pelos séculos dos séculos, pelos aions eternos.
Ler Isaías 60 e 61
Nós fazemos parte do Reino de Deus. Nós somos o Reino de Deus. Nós temos Jesus como Rei que governa sobre nós. Nós amamos a Lei de Deus e ela é nosso padrão de vida.
A Festa pentecostes anunciava isso. As bênçãos, as dádivas dos campos, a graça da colheita – eram sombras do mundo como campo sendo o campo do Senhor.
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