Pregado em 27 de janeiro de 2019
Levítico 23.1-3
1Disse o Senhor a Moisés: 2Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do Senhor, que proclamareis, serão santas convocações; são estas as minhas festas. 3 Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do Senhor em todas as vossas moradas.O
sábado era sombra do descanso da salvação por meio de Jesus.
O
sábado era o dia mais importante para o Israelita. Era um sinal da aliança de
Deus com seu povo. Não observar o sábado era uma afronta à soberania de Deus
sobre a vida e sobre, o tempo e sobre a providência divina. O sábado era o
sinal da benevolência de Deus. O sábado era um dia para Deus, em que Deus
beneficiava os seus filhos. Era um dia para descansar. Descansar de todo o
trabalho. O descanso do trabalho era uma bênção de Deus porque as pessoas
poderiam desfrutar do que o Senhor lhes havia dado como Deus da Aliança.
O
sábado fornecia um alivio benevolente das durezas do labor diário. Este dia era
um prenúncio do descanso futuro que Deus havia prometido aos seus filhos. Se
Deus não pedisse um dia, seus próprios filhos não lhe dariam, como até hoje não
dão. Ver Ecl. 3.22-23
A
dádiva do Sábado lembrava dois acontecimentos para o povo de Israel: O primeiro
era a criação do mundo. O sábado era um memorial que celebrava o Senhor, como
Deus da criação. O segundo era redenção de Israel. “Eu sou o Senhor de que te
tirou da terra do Egito.” O sábado, portanto, também era um memorial que
lembrava que Deus havia libertado o seu povo da opressão do Egito. O sábado era
um memorial que celebrava, Deus como o Senhor da redenção.
1
– O SENHOR DO SÁBADO É O DEUS DA CRIAÇÃO
O
sábado foi o dia mais importante da criação, pois foi o dia em que Deus proclamou
que a criação estava completa em todas as suas perfeições. É o único dia
da criação que diz que Deus “santificou” (Gn 2.1-3). O sétimo dia era santo
porque era o dia da semana reservado para o reconhecimento de Deus como criador
e provedor de tudo o que era desfrutado por seus filhos. O dia de sábado era
contado a cada sete dias, isso mostrava que o Deus era o Senhor do tempo.
2
– O SENHOR DO SÁBADO É O DEUS DA REDENÇÃO
O
segundo memorial era a libertação do povo da opressão do Egito – Dt
5.14-15
O
sábado, portanto, trazia à memória essas duas características da graça de Deus
como criador e redentor. Quando os israelitas faziam esta pausa semanal para se
lembrarem do Senhor, eles estavam reconhecendo que eram o povo de Deus; do
criador e redentor de seu povo. Além disso, o sábado como memorial da
criação indicava que o a celebração do Deus criador era uma dádiva para a toda
criação. Aquele que celebrava o descanso do sábado incluía toda a criação à sua
volta. A família se incluía na ordem do cosmos, da criação, do Deus criador por
meio da observância do sábado. Havia o sábado semanal para a
família, para os estrangeiros da casa e também para os animais e havia um
sábado para a terra também. Êxodo 23. 10 -12
O
sábado era exclusivo de Israel, não era praticado por nenhum outro povo da
antiguidade. O sábado era uma identificação com o Deus criador. Fazia parte da
identidade do povo de Israel.
3
– O SENHOR DO SÁBADO É O DEUS DO PACTO
A
Expressão “descanso solene”, nos leva a um sentido de devoção extrema e máxima.
A solenidade do descanso nos leva a um sentido maior, ao plano divino, ao pacto
eterno. Todos os que faziam parte do povo da aliança e todos os estrangeiros da
terra deveriam desfrutar como dádiva, como graça esse tempo de regozijo por
causa do relacionamento de Israel com Deus como Criador e redentor. O sábado,
sendo o sinal principal da lealdade pactual ao Senhor, era um chamado para
outras nações ao Senhor. O descanso do sábado, dentro da perspectiva do pacto
era uma sobra do descanso eterno que seria provido por Cristo. Na carta aos
Hebreus é desvendado este descanso que o sábado representava. Hebreus 4.4 -11
Aqui
está sendo interpretado o significado do sábado. O que sábado representava e
como ele foi cumprido em Jesus. O descanso sábado apontava para o descanso que
é desfrutado em Cristo. O descanso no deserto representava a entrada na terra
prometida, quando o povo iria descansar. Josué
21.44
Mas
este descanso não foi perfeito, porque o perfeito ainda estava por vir. O
descanso sabático era uma esperança. Aqueles que não obedeceram a Deus
morreram no deserto e não entraram na terra. Aqueles que entraram na terra,
entraram na terra simbólica, que representava a terra verdadeira, a salvação.
O
escritor aos hebreus lembrou aos cristãos da infidelidade de Israel, que
impediu a muitos de entraram no descanso, e insistiu que não hesitemos em nossa
fé, mas que confiemos em Deus que nos dará um descanso eterno. Esse descanso já
desfrutamos agora por meio do perdão dos pecados, da justificação, da salvação.
4
– O SENHOR DO SÁBADO É O SENHOR DA NOVA CRIAÇÃO.
A antiga aliança foi cumprida com a
inauguração da Nova Aliança. Hebreus 7.11-12,18-19 Uma vez que a antiga
aliança foi cumprida pela inauguração da nova, a importância simbólica dos dias
santos não mais existia. As sombras foram substituídas pela realidade que é
Jesus.
Os cristãos desde o início, entenderam
que o dia da ressurreição de Jesus era fim do sábado, no sentido que ele foi
cumprido e um novo dia começou. O descanso simbólico deu lugar ao verdadeiro
descanso que é Jesus. O sabath apontava para o descanso completo que é Cristo,
a salvação. O primeiro descanso que recebemos é que não necessitamos mais
trabalhar por nossa salvação. Não há obra para realizar para a salvação, pois
toda a obra já cessou, foi realizada plenamente em Cristo.
A
obra da salvação transformou o descanso semanal. Já não é o sétimo dia da
semana, mas o primeiro. Já não mais chamado de sábado, mas de Dia do Senhor.
Os
apóstolos entenderam e praticaram isso. A igreja cristã sempre praticou isso.
Veja
o que Inácio, no segundo século afirmou sobre a igreja: “já não observam o
sábado, mas direcionam a vida para o dia do Senhor, no qual a vida é renovada
por Ele e por sua morte.”
Benjamin
Warfield – “Cristo levou o sábado à sepultura consigo e trouxe o dia do Senhor
da sepultura consigo na manhã da ressurreição.”
Portanto,
o sábado cerimonial passou, porque ele representava a salvação em Cristo. O
sábado civil passou, porque não somos israelitas – mas o sábado como mandamento
é perpétuo. Santificar o sábado é “um preceito positivo, moral e perpétuo” CFW
XXI.7
Desfrute
o refrigério da alma, o descanso que Jesus proporciona.
Não
seja ingrato e profano, desprezando este descanso, deixando que o mundo e
as coisas do mundo te faça cansado o tempo todo por causa dos fardos que lança
sobre ti.
Priorize
o dia do Senhor para agradecer sua benevolência, sua salvação, o perdão dos
pecados e a certeza do descanso eterno.
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