Pregado na Capela Missional em 18 de novembro de 2018
Levítico 12
1Disse mais o Senhor a Moisés: 2Fala aos filhos de Israel: Se uma mulher conceber e tiver um menino, será imunda sete dias; como nos dias da sua menstruação, será imunda. 3E, no oitavo dia, se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio. 4Depois, ficará ela trinta e três dias a purificar-se do seu sangue; nenhuma coisa santa tocará, nem entrará no santuário até que se cumpram os dias da sua purificação. 5Mas, se tiver uma menina, será imunda duas semanas, como na sua menstruação; depois, ficará sessenta e seis dias a purificar-se do seu sangue.6E, cumpridos os dias da sua purificação por filho ou filha, trará ao sacerdote um cordeiro de um ano, por holocausto, e um pombinho ou uma rola, por oferta pelo pecado, à porta da tenda da congregação; 7o sacerdote o oferecerá perante o Senhor e, pela mulher, fará expiação; e ela será purificada do fluxo do seu sangue; esta é a lei da que der à luz menino ou menina. 8Mas, se as suas posses não lhe permitirem trazer um cordeiro, tomará, então, duas rolas ou dois pombinhos, um para o holocausto e o outro para a oferta pelo pecado; assim, o sacerdote fará expiação pela mulher, e será limpa.
A maior bênção que uma mulher poderia receber era ser mãe.
Este capítulo nos fala da maternidade e suas responsabilidades. Um bebê em Israel era uma festa pois ali estava a esperança quanto ao futuro da nação em vários sentidos. Nascia mais do que uma criança. Nascia um novo pai ou uma nova mãe. Poderia estar nascendo um sacerdote, no caso dos levitas. Poderia estar nascendo um grande líder, que traria libertação ou proteção ao povo. Poderia estar nascendo o futuro rei. Um futuro profeta. Ou poderia estar nascendo o messias.
No caso de uma menina, era a vida que estava sendo garantida. Por estes motivos, a maternidade era considerada uma das maiores dádivas, uma das maiores bênçãos que poderia ser recebida. A esterilidade era considerada como uma maldição, uma grande dor.
Ao dar à luz, a mãe e a criança deveriam ficar à parte da comunidade. A mãe não poderia tomar parte de nenhuma cerimônia sagrada. Ela deveria ficar restrita a sua tenda. Apenas o marido e parentes mais próximos poderiam ter contato com a mãe e a criança. A linguagem bíblica diz que a mulher estava “impura”, por causa do fluxo de sangue dos primeiros dias. no caso de menino havia uma restrição total de 8 dias. No caso de menina havia restrição de 14 dias. Estes primeiros dias de restrição, era uma restrição total de contato apenas necessário com aqueles que ajudavam a mãe e o bebê. Depois destes primeiros dias, a mulher ficava restrita à sua tenda, mas poderia fazer afazeres domésticos e até ter relações com o marido - mas não poderia fazer parte de nenhuma atividade pública como o culto, por exemplo. Somente depois de 40 dias no caso de menino e 66 dias no caso de menina, a mãe e bebê poderiam ser integrados à comunidade.
A questão da impureza da mãe e o tempo de restrição envolve duas coisa importantes:
A primeira é que quando uma criança vinha ao mundo, do ponto de vista divino, era um pecador que estava nascendo e precisava de redenção. Por isso, no final do tempo de restrições a mãe deveria apresentar um sacrifício ao Senhor, simbolizando que a redenção, uma vez que o este sacrifício representava a morte de Jesus na cruz. Veja que quem ficava impura era a mãe, uma vez que a criança ainda não carregava a culpa. A impureza da mãe livrava a criança de ser impura. Veja que não era a criança que ficava impura, mas a mãe.
Em segundo lugar, quando uma criança vinha ao mundo, ela vinha a um mundo amaldiçoado pelo pecado e ela deveria ser protegida enquanto criança dos males do pecado. A criança muito pequena, todos sabemos, é extremamente vulnerável a tudo o que o pecado trouxe, como doenças e contaminações de todo tipo. Na época, não havia médicos e nem medicina a disposição. A mãe era o remédio e protetora. Esta era a sua responsabilidade.
Filhos eram sempre uma bênção fossem meninos ou meninas. Era a garantia de felicidade e era esperança para o futuro.
Salmos 127.3-5
1 - MÃE DE UM MENINO, MÃE DE UM FUTURO PAI. vs 1 - 4
Quando uma mulher dava luz a um menino ele ficava separada por sete dias devido ao seu fluxo menstrual e no oitavo dia, o menino seria circuncidado, porque este era o sinal do pacto. A circuncisão era importante por dois motivos. Um cerimonial, que simbolizava a saúde e a futura fertilidade do menino. Um sagrado, que onde menino era incluído no pacto, por meio da circuncisão. A circuncisão era o sinal do pacto entre Deus e o povo hebreu. Nem a mãe e nem o filho eram integrados ainda à comunidade. depois de quarenta dias eles estavam liberados para a integração à comunidade novamente. Se o menino fosse primogênito, ele deveria ser abençoado cerimonialmente pelo sacerdote. Este foi o caso de Jesus que foi apresentado no templo. Mas este ato era apenas para o primogênito. As mães isrealitas tinham sempre a expectativa de que o filho seria o messias, ou um profeta. As mães levitas tinham a expectativa de seu filho seria um sacerdote ou que desempenhasse algum ofício separado ao Senhor.
2 - MÃE DE UMA MENINA, MÃE DE UMA FUTURA MÃE - VS 5-12
A menina não passava por nenhum ritual. O menino passava pela circuncisão, a menina não. A mãe de uma menina ficava separada sem contato com a comunidade por 66 dias. 26 dias a mais do que o menino. O cuidado com uma menina sempre era maior em qualquer idade. A mulher hebréia era alvo de um cuidado extremo. Ao contrário do que muitos pensam a mulher não era descartada. Na Bíblia, em alguns lugares se diz o número de pessoas, fora mulheres e crianças. Isso não significa descarte, mas proteção. Eles não iam juntos para as guerras. Nas ocasiões de crises mulheres e crianças, pelo menos em tentativa eram deixados em lugares seguros. Um dos motivos, como já vimos da mãe ficar longe do contato com a comunidade era para fins de proteção, tanto da saúde da mãe como da criança.
A impureza cerimonial da mulher era até a morte de Cristo, que foi o sacrifício que substituiu e anulou todos os sacrifícios. Jesus pagou nossos pecados. Uma mãe não precisa mais ficar se isolar cerimonialmente porque ela não é mais impura, porque Jesus já a purificou com seu sacrifício na cruz. Por outro lado, a mãe não necessita envolver-se nas atividades da igreja nas primeiras semanas. A Bíblia diz que a maternidade é sua missão. 1 Timóteo 2.8-15
8 Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade.
9 Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso,
10 porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas).
11 A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão.
12 E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio.
13 Porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva.
14 E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.
15 Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se ela permanecer em fé, e amor, e santificação, com bom senso.
Não é que a mulher vai ser salva por ser mãe, mas a mãe cristã não necessita envolver-se em mais nada na igreja, a não ser cuidar de seus filhos para que aprendam a vida cristã.
A lição que temos neste texto é que os filhos precisam ser protegidos enquanto pequenos e ensinados no caminho da salvação.
1 Corintios 7
10 Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido
11 (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher.
12 Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone;
13 e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido.
14 Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos.
Aqui se diz que os filhos pequenos são santificados, ao ter pai ou mãe santificados.
Filhos continuam sendo bênção. Ter filhos é a principal missão do casamento entre cristãos. No caso de Israel, os casais festejavam a vinda de filhos, porque eles eram o futuro do povo. Os pais piedosos e devotos, festejavam o fato de ensinar a Lei para os filhos.
Os pais cristãos, devem festejar a vinda de filhos pois terão a oportunidade de lhes ensinar sobre a vida eterna. De lhes ensinar a Palavra. De os fazer discípulos de Cristo.
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