quinta-feira, 14 de abril de 2022

O PERIGO DAQUILO QUE É CONTAGIOSO Levítico 13 e 14 - Sermão 19

 Pregado em  25 de novembro de 2018


Ler - Levítico 13 e 14


A lepra na Bíblia representa o pecado, que é a pior realidade possível.


Nestes capítulos de levítico, o assunto são as manchas. Qualquer tipo de manchas. Fosse na pele, na cabeça, no cabelo ou na barba.

 Se uma pessoa descobrisse uma mancha em qualquer lugar detes, ela deveria ir até o sacerdote. O sacerdote separaria aquela pessoa por sete dias.  

Se a mancha não se espalhasse, haveria uma cerimônia de purificação e a pessoa era considerada limpa. 

Mas se a mancha se espalhasse, a pessoa era tirada do meio de sua família e da comunidade (da cidade) e teria morar isolada até ser curada. 


A mancha que crescesse ou espalhasse tornava a pessoa impura e contagiosa. Vs 1-8 , 44-47

Se tivesse um mofo na casa, ela deveria chamar o sacerdote também.

Se aquela mancha na parede se espalhasse, ela deveria sair da casa e mandar fazer uma limpeza.

Ela só poderia voltar para a casa quando não houvesse mais manchas. Lv 14.33-53


Estas eram as leis sobre o que deixava a pessoa ou casa impura. Ou mais do que impura contagiosa e por isso com riscos de contaminação a toda a comunidade.

54 Esta é a lei de toda sorte de praga de lepra, e de tinha,

55 e da lepra das vestes, e das casas,

56 e da inchação, e da pústula, e das manchas lustrosas,

57 para ensinar quando qualquer coisa é limpa ou imunda. Esta é a lei da lepra.

O que significa:

A mancha na pele, na época se chamava lepra. Lembram que Jesus curou vários leprosos? Então, a lepra era qualquer doença de pele na época.

E era considerada contagiosa se entrasse na categoria daquelas que se espalhavam. A pessoa com lepra deveria ficar isolada. Não poderia se aproximar das outras pessoas. A grande preocupação era o contágio às outras pessoas. Uma doença contagiosa, poderia acabar com uma população inteira, como aconteceu várias vezes na história da humanidade.

Já tivemos pragas de proporções grandiosas e catastróficas – como a chamada Peste Negra na Idade Média. A gripe espanhola, no início do Sec. XX. A epidemia da AIDS. O Ebola mais recentemente a pandemia do H1N1. Estas últimas mencionadas, aconteceram a pouco tempo com todo o aparato da medicina moderna. Imaginem isso, nos tempos antigos, sem um remédio sequer. Nem mesmo para amenizar o problema. A única solução era o isolar a pessoa contaminada. Por isso, avaliação preliminar de 7 dias.

Este texto de Levítico serve para Deus mostrar a todos nós a verdadeira natureza do pecado. Sua gravidade e o caos que ele provoca.

O autor aos Hebreus, falando sobre o tempo dos sacerdotes antigos, o tempo de Levítico – como - É isto uma parábola para a época presente; Hebreus 9.9

Deus por meio de Levítico estava desenhando para nós, como em nenhum outro lugar nas Escrituras – a realidade do pecado e a situação do pecador.

A lepra é símbolo do pecado. O pecado é a verdadeira lepra que contamina. Assim como a lepra ou mancha na pele o pecado pode ser mais grave ou menos grave. Tem pecados que é como a mancha que não se espalha, que suja apenas a pessoa.

Este pecado a pessoa resolve, ela e Deus e Jesus por seu sacrifício na cruz a perdoa e purifica.

Mas, há pecados que não contamina apenas a pessoa – mas como a lepra que se espalha – estes pecados também contaminam outras pessoas.  


Quais a proposições divinas nestes capítulos.

- I –

QUE TODA A PESSOA SANTIFICADA POR DEUS DEVERIA TRATAR SERIAMENTE SEU PECADO.

Este era o chamado à pessoa que descobrisse uma mancha em sua pele, na sua cabeça, na sua barba, na sua casa.

Em Israel era para ser levada a sério esta lei. Muitas pessoas levavam a sério. No Novo Testamento vemos leprosos pedindo misericórdia a Jesus. Em um dos casos dez leprosos são curados. Jesus diz, “vai e te apresenta ao sacerdote”. Esta era a lei. A pessoa que se considerava curada deveria ir até o sacerdote, e ele examinaria a pessoa e daria o veredicto de pureza ou não. Quando havia um leproso e este via que alguém estava se aproximando, ele deveria gritar – impuro, impuro (vs 44,45).

Assim deveríamos tratar aquilo que Deus considera pecado. Pecado não é o que eu acho pecado. Pecado é o que Deus acha pecado.

- II -

QUE A SANTIDADE DE  DEUS NÃO PODE TOLERAR O PECADOR EM SEU PECADO.

Se a mancha fosse considerada contagiosa, ela declarada impura e deveria morar isolada da comunidade. Já apresentamos as razões para isso.  A pessoa que não se arrepende e não abandona o seu pecado, permite à exemplo do que está escrito, que o pecado continue, cresça até que alcance outras pessoas.

Mas a santidade de Deus não está em oposição à sua graça. Deus não é injusto com o pecador. Santidade e graça estão abraçadas como atributos divinos.

A graça alcança o pecador – e isto está ilustrado no fato de que o sacerdote examinaria a situação por sete dias, para ver se haveria a necessidade de isolar ou não.

A santidade e a graça atuam juntas.

A santidade de Deus, não podia permitir que continuasse dentro da comunidade dos santificados qualquer pessoa que deveria ser excluída.

A graça de Deus não podia permitir que fosse excluída, quem deveria permanecer dentro da comunidade.

- III –

QUE DEUS PERDOA O PECADOR QUE SE ARREPENDE.

A pessoa, em obediência à Lei de Deus se apresentava ao sacerdote para apresentar a mancha que havia descoberto.

Durante 7 dias ela se sujeitava a avaliação do sacerdote.

Se a mancha não espalhasse, a pessoa oferecia um sacrifício, passava por ritual de purificação e era declarada limpa.

 6 O sacerdote, ao sétimo dia, o examinará outra vez; se a lepra se tornou baça e na pele se não estendeu, então, o sacerdote o declarará limpo; é pústula; o homem lavará as suas vestes e será limpo.

Isso significa que qualquer pecador pode alcançar o perdão de seu pecado. E que qualquer pecador que tendo cometido pecado, a tendo por meio do arrependimento alcançado o perdão, ele está realmente perdoado. O perdão divino, por meio dos méritos do sacrifício de Jesus na cruz, deixa a pessoa limpa e livre. Não é imundo ou impuro aquele a quem Deus purificou – na Antiga Aliança, por meio do sacrifício oferecido pelo sacerdote – na Nova Aliança – por meio do sacrifício de Jesus.

- IV –

QUE AQUELES QUE SÃO ALCANÇADOS PELA GRAÇA DE UM DEUS TÃO SANTO, DEVERIAM ODIAR O PECADO NA MESMA PROPORÇÃO COM QUE DEVERIAM AMAR A SANTIDADE.

Vendo a gravidade do pecado, sua devastação na alma, deveríamos amar cada vez mais a santidade. Deveríamos odiar o pecado que praticamos. Somos pecadores e pecamos. Deus é misericordioso e pelos méritos de Jesus nos perdoa. Só esta proposição deveria ser suficiente para amarmos a Deus de forma profunda.

Deus nos criou para ele.


PERGUNTA 1. Qual é o fim principal do homem?

RESPOSTA. O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre.

Esta deveria ser a nossa principal motivação para lutarmos contra o pecado. O pecado é a resposta de nossa insatisfação. Insatisfeitos com Deus nos entregamos àquilo que o ofende.

Se entendermos que nascemos para a glória de Deus, viveremos para a glória de Deus e nossa satisfação e alegria estará nele.

Não nascemos para pecar, mas para glorificar a Deus.

Não nascemos para comer, comer, estudar, ganhar dinheiro, fazer sexo, casar, ter prazeres – estas coisas são graça.

Deus mesmo deve ser nossa satisfação. Satisfeitos nele, teremos prazer nele e lutaremos contra o pecado.

Se descobrirmos pecados em nós – vamos ao sacerdote. Vamos a Jesus. Ele é nossa purificação.


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