Pregado em 25 de novembro de 2018
Ler - Levítico 13 e 14
A lepra na Bíblia representa o pecado, que é a pior realidade possível.
Se uma pessoa descobrisse uma mancha em qualquer lugar detes, ela deveria ir até o sacerdote. O sacerdote separaria aquela pessoa por sete dias.
Se a mancha não se espalhasse, haveria uma cerimônia de purificação e a pessoa era considerada limpa.
Mas se a mancha se espalhasse, a pessoa era tirada do meio de sua família e da comunidade (da cidade) e teria morar isolada até ser curada.
A mancha que crescesse ou espalhasse tornava a pessoa impura e contagiosa. Vs 1-8 , 44-47
Se aquela mancha na parede se espalhasse, ela deveria sair da casa e mandar fazer uma limpeza.
Ela só poderia voltar para a casa quando não houvesse mais manchas. Lv 14.33-53
Estas eram as leis sobre o que deixava a pessoa ou casa impura. Ou mais do que impura contagiosa e por isso com riscos de contaminação a toda a comunidade.
54 Esta é a lei de toda sorte de praga de lepra, e de tinha,
55 e da lepra das vestes, e das casas,
56 e da inchação, e da pústula, e das manchas lustrosas,
57 para ensinar quando qualquer coisa é limpa ou imunda. Esta é a lei da lepra.
A mancha na pele, na época se chamava lepra. Lembram que Jesus curou vários leprosos? Então, a lepra era qualquer doença de pele na época.
E era considerada contagiosa se entrasse na categoria daquelas que se espalhavam. A pessoa com lepra deveria ficar isolada. Não poderia se aproximar das outras pessoas. A grande preocupação era o contágio às outras pessoas. Uma doença contagiosa, poderia acabar com uma população inteira, como aconteceu várias vezes na história da humanidade.
Já tivemos pragas de proporções grandiosas e catastróficas – como a chamada Peste Negra na Idade Média. A gripe espanhola, no início do Sec. XX. A epidemia da AIDS. O Ebola mais recentemente a pandemia do H1N1. Estas últimas mencionadas, aconteceram a pouco tempo com todo o aparato da medicina moderna. Imaginem isso, nos tempos antigos, sem um remédio sequer. Nem mesmo para amenizar o problema. A única solução era o isolar a pessoa contaminada. Por isso, avaliação preliminar de 7 dias.
Este texto de Levítico serve para Deus mostrar a todos nós a verdadeira natureza do pecado. Sua gravidade e o caos que ele provoca.
O autor aos Hebreus, falando sobre o tempo dos sacerdotes antigos, o tempo de Levítico – como - É isto uma parábola para a época presente; Hebreus 9.9
Deus por meio de Levítico estava desenhando para nós, como em nenhum outro lugar nas Escrituras – a realidade do pecado e a situação do pecador.
A lepra é símbolo do pecado. O pecado é a verdadeira lepra que contamina. Assim como a lepra ou mancha na pele o pecado pode ser mais grave ou menos grave. Tem pecados que é como a mancha que não se espalha, que suja apenas a pessoa.
Este pecado a pessoa resolve, ela e Deus e Jesus por seu sacrifício na cruz a perdoa e purifica.
Mas, há pecados que não contamina apenas a pessoa – mas como a lepra que se espalha – estes pecados também contaminam outras pessoas.
Quais a proposições divinas nestes capítulos.
- I –
QUE TODA A PESSOA SANTIFICADA POR DEUS DEVERIA TRATAR SERIAMENTE SEU PECADO.
Este era o chamado à pessoa que descobrisse uma mancha em sua pele, na sua cabeça, na sua barba, na sua casa.
Em Israel era para ser levada a sério esta lei. Muitas pessoas levavam a sério. No Novo Testamento vemos leprosos pedindo misericórdia a Jesus. Em um dos casos dez leprosos são curados. Jesus diz, “vai e te apresenta ao sacerdote”. Esta era a lei. A pessoa que se considerava curada deveria ir até o sacerdote, e ele examinaria a pessoa e daria o veredicto de pureza ou não. Quando havia um leproso e este via que alguém estava se aproximando, ele deveria gritar – impuro, impuro (vs 44,45).
Assim deveríamos tratar aquilo que Deus considera pecado. Pecado não é o que eu acho pecado. Pecado é o que Deus acha pecado.
- II -
QUE A SANTIDADE DE DEUS NÃO PODE TOLERAR O PECADOR EM SEU PECADO.
Se a mancha fosse considerada contagiosa, ela declarada impura e deveria morar isolada da comunidade. Já apresentamos as razões para isso. A pessoa que não se arrepende e não abandona o seu pecado, permite à exemplo do que está escrito, que o pecado continue, cresça até que alcance outras pessoas.
Mas a santidade de Deus não está em oposição à sua graça. Deus não é injusto com o pecador. Santidade e graça estão abraçadas como atributos divinos.
A graça alcança o pecador – e isto está ilustrado no fato de que o sacerdote examinaria a situação por sete dias, para ver se haveria a necessidade de isolar ou não.
A santidade e a graça atuam juntas.
A santidade de Deus, não podia permitir que continuasse dentro da comunidade dos santificados qualquer pessoa que deveria ser excluída.
A graça de Deus não podia permitir que fosse excluída, quem deveria permanecer dentro da comunidade.
- III –
A pessoa, em obediência à Lei de Deus se apresentava ao sacerdote para apresentar a mancha que havia descoberto.
Durante 7 dias ela se sujeitava a avaliação do sacerdote.
Se a mancha não espalhasse, a pessoa oferecia um sacrifício, passava por ritual de purificação e era declarada limpa.
6 O sacerdote, ao sétimo dia, o examinará outra vez; se a lepra se tornou baça e na pele se não estendeu, então, o sacerdote o declarará limpo; é pústula; o homem lavará as suas vestes e será limpo.
Isso significa que qualquer pecador pode alcançar o perdão de seu pecado. E que qualquer pecador que tendo cometido pecado, a tendo por meio do arrependimento alcançado o perdão, ele está realmente perdoado. O perdão divino, por meio dos méritos do sacrifício de Jesus na cruz, deixa a pessoa limpa e livre. Não é imundo ou impuro aquele a quem Deus purificou – na Antiga Aliança, por meio do sacrifício oferecido pelo sacerdote – na Nova Aliança – por meio do sacrifício de Jesus.
- IV –
QUE AQUELES QUE SÃO ALCANÇADOS PELA GRAÇA DE UM DEUS TÃO SANTO, DEVERIAM ODIAR O PECADO NA MESMA PROPORÇÃO COM QUE DEVERIAM AMAR A SANTIDADE.
Vendo a gravidade do pecado, sua devastação na alma, deveríamos amar cada vez mais a santidade. Deveríamos odiar o pecado que praticamos. Somos pecadores e pecamos. Deus é misericordioso e pelos méritos de Jesus nos perdoa. Só esta proposição deveria ser suficiente para amarmos a Deus de forma profunda.
Deus nos criou para ele.
PERGUNTA 1. Qual é o fim principal do homem?
RESPOSTA. O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre.
Esta deveria ser a nossa principal motivação para lutarmos contra o pecado. O pecado é a resposta de nossa insatisfação. Insatisfeitos com Deus nos entregamos àquilo que o ofende.
Se entendermos que nascemos para a glória de Deus, viveremos para a glória de Deus e nossa satisfação e alegria estará nele.
Não nascemos para pecar, mas para glorificar a Deus.
Não nascemos para comer, comer, estudar, ganhar dinheiro, fazer sexo, casar, ter prazeres – estas coisas são graça.
Deus mesmo deve ser nossa satisfação. Satisfeitos nele, teremos prazer nele e lutaremos contra o pecado.
Se descobrirmos pecados em nós – vamos ao sacerdote. Vamos a Jesus. Ele é nossa purificação.
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