Pregado em 20 de janeiro de 2019
1Disse o Senhor a Moisés: 2Dize a Arão e aos seus filhos que se abstenham das coisas sagradas, dedicadas a mim pelos filhos de Israel, para que não profanem o meu santo nome. Eu sou o Senhor. 3Dize-lhes: Todo homem, que entre as vossas gerações, de toda a vossa descendência, se chegar às coisas sagradas que os filhos de Israel dedicam ao Senhor, tendo sobre si a sua imundícia, aquela alma será eliminada de diante de mim. Eu sou o Senhor. 4Ninguém da descendência de Arão que for leproso ou tiver fluxo comerá das coisas sagradas, até que seja limpo; como também o que tocar alguma coisa imunda por causa de um morto ou aquele com quem se der a emissão do sêmen; 5ou qualquer que tocar algum réptil, com o que se faz imundo, ou a algum homem, com o que se faz imundo, seja qual for a sua imundícia. 6O homem que o tocar será imundo até à tarde e não comerá das coisas sagradas sem primeiro banhar o seu corpo em água. 7Posto o sol, então, será limpo e, depois, comerá das coisas sagradas, porque isto é o seu pão. 8Do animal que morre por si mesmo ou é dilacerado não comerá, para, com isso, não contaminar-se. Eu sou o Senhor. 9Guardarão, pois, a obrigação que têm para comigo, para que, por isso, não levem sobre si pecado e morram, havendo-o profanado. Eu sou o Senhor, que os santifico.
10Nenhum estrangeiro comerá das coisas sagradas; o hóspede do sacerdote nem o seu jornaleiro comerão das coisas sagradas. 11Mas, se o sacerdote comprar algum escravo com o seu dinheiro, este comerá delas; os que nascerem na sua casa, estes comerão do seu pão. 12Quando a filha do sacerdote se casar com estrangeiro, ela não comerá da oferta das coisas sagradas. 13Mas, se a filha do sacerdote for viúva ou repudiada, e não tiver filhos, e se houver tornado à casa de seu pai, como na sua mocidade, do pão de seu pai comerá; mas nenhum estrangeiro comerá dele. 14Se alguém, por ignorância, comer a coisa sagrada, ajuntar-se-lhe-á a sua quinta parte e a dará ao sacerdote com a coisa sagrada. 15Não profanarão as coisas sagradas que os filhos de Israel oferecem ao Senhor, 16pois assim os fariam levar sobre si a culpa da iniquidade, comendo as coisas sagradas; porque eu sou o Senhor, que os santifico.
17Disse mais o Senhor a Moisés: 18Fala a Arão, e a seus filhos, e a todos os filhos de Israel e dize-lhes: Qualquer que, da casa de Israel ou dos estrangeiros em Israel, apresentar a sua oferta, quer em cumprimento de seus votos ou como ofertas voluntárias, que apresentar ao Senhor em holocausto, 19para que seja aceitável, oferecerá macho sem defeito, ou do gado, ou do rebanho de ovelhas, ou de cabras. 20Porém todo o que tiver defeito, esse não oferecereis; porque não seria aceito a vosso favor. 21Quando alguém oferecer sacrifício pacífico ao Senhor, quer em cumprimento de voto ou como oferta voluntária, do gado ou do rebanho, o animal deve ser sem defeito para ser aceitável; nele, não haverá defeito nenhum. 22O cego, ou aleijado, ou mutilado, ou ulceroso, ou sarnoso, ou cheio de impigens, não os oferecereis ao Senhor e deles não poreis oferta queimada ao Senhor sobre o altar. 23Porém novilho ou cordeiro desproporcionados poderás oferecer por oferta voluntária, mas, por voto, não será aceito. 24Não oferecereis ao Senhor animal que tiver os testículos machucados, ou moídos, ou arrancados, ou cortados; nem fareis isso na vossa terra. 25Também da mão do estrangeiro nenhum desses animais oferecereis como pão do vosso Deus, porque são corrompidos pelo defeito que há neles; não serão aceitos a vosso favor.
26Disse mais o Senhor a Moisés: 27Quando nascer o boi, ou cordeiro, ou cabra, sete dias estará com a mãe; do oitavo dia em diante, será aceito por oferta queimada ao Senhor. 28Ou seja vaca, ou seja ovelha, não imolarás a ela e seu filho, ambos no mesmo dia. 29Quando oferecerdes sacrifício de louvores ao Senhor, fá-lo-eis para que sejais aceitos. 30No mesmo dia, será comido; e, dele, nada deixareis ficar até pela manhã. Eu sou o Senhor. 31Pelo que guardareis os meus mandamentos e os cumprireis. Eu sou o Senhor. 32Não profanareis o meu santo nome, mas serei santificado no meio dos filhos de Israel. Eu sou o Senhor, que vos santifico, 33que vos tirei da terra do Egito, para ser o vosso Deus. Eu sou o Senhor.
O
Sacerdote era símbolo, tipo, sombra ou representação de Jesus.
Este
capítulo é uma continuação, uma sequência do capítulo anterior. Uma
continuidade nos mandamentos para os sacerdotes ordenados no texto anterior.
Lembrando que o livro no original não foi dividido em capítulos e
versículos.
No
capitulo anterior vimos ordenanças sobre o zelo que sacerdote deveria ter em
algumas áreas importantes.
Em
primeiro lugar em deveria zelar pela pureza religiosa – vs 1-6
Em
segundo lugar, ele deveria zelar pela pureza moral da sua família – vs 7-15
Em
terceiro lugar, deveria zelar pela pureza de si mesmo – vs 16-21
Em
quarto lugar, deveria zelar pela pureza dos rituais do culto – vs 22-24
Nesta
continuação as ordenanças são na mesma ordem e nas mesmas áreas, mas
focando no cuidado com as coisas mencionadas em relação à aceitação divina. No
texto anterior o foco era a pessoa dos sacerdotes e seu zelo, agora o foco é no
serviço e na aceitação divina.
O
sacerdote, falamos na exposição anterior, representava o próprio Senhor Jesus.
Falamos que o sacerdócio não está mais em validade hoje, pois Jesus foi o
cumprimento do sacerdócio. Ele é o verdadeiro sacerdote que estes do texto
representavam, simbolizavam, eram sombras ou eram tipos. Falamos também que
Jesus cumpriu este texto. Falamos também que estas ordenanças , nas suas
proposições, no espírito do seu significado, tem a ver conosco, pois hoje não
existe mais o sacerdócio mediador, mas que somos um reino de sacerdotes. 1
Pedro 2.5 também vós mesmos, como pedras que
vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de
oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus
Cristo.
Apocalipse 1.5 Àquele que nos ama, e, pelo
seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, 6 e nos constituiu reino,
sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos
séculos. Amém!
Somos
reis e sacerdotes e somos chamados a viver isso em santidade.
E
nos santificamos na medida em que conhecemos e seguimos as ordenanças do
Senhor.
Nas
ordenanças aos sacerdotes temos uma clareza sobre o ministério sacerdotal de
Jesus e temos também o exemplo de como devemos nos comportar e viver diante das
coisas sagradas.
1
– O SACERDOTE DEVERIA ZELAR POR APRESENTAR-SE ADEQUADO AO SERVIÇO SAGRADO – Vs
1-9
Como sacerdotes eles tinham que cuidar
para não ter contado com nada que fosse considerado impuro. Como eles foram
escolhidos para oferecer sacrifícios a Deus, eles deveriam ter o cuidado de
viver de acordo com a responsabilidade, missão e ofício que tinham. Também,
Deus exigia tal postura e compostura, pois eles eram tipos, sombras ou
representavam Jesus.
Eles deveriam obedecer ao Senhor no
manuseio das coisas sagradas, ou então seriam mortos.
v.9
- Guardarão, pois, a obrigação que têm para
comigo, para que, por isso, não levem sobre si pecado e morram,
havendo-o profanado. Eu sou o SENHOR, que os santifico.
Vejam
como a graça e a misericórdia do Senhor de multiplicaram sobre a igreja. Hoje a
pena de morte por causa do pecado é adiada até o dia Juízo. Deus demonstra
sobre a igreja toda a sua longanimidade. Não que a bondade, graça, misericórdia
e benevolência não estivessem sobre o povo de Israel, tanto que existem poucos
casos de mortes imediatas em Israel, a não ser pecados graves e coletivos.
Os
sacerdotes carregavam um fardo especial de responsabilidade e dever, mas
aqueles que amavam o ofício, faziam as coisas e viviam com prazer diante de
tudo e acima de tudo.
Não era esperado que os sacerdotes
fossem perfeitos, já que a purificação ritual é descrita nesta passagem.
É esperado ainda hoje na igreja que as pessoas deem bom testemunho, pois
professam a fé cristã. No caso de obreiros da igreja, cuja vida não corresponda
à pureza requerida pelo ofício, vai, cedo ou tarde, demonstrar isso, e poderá
prejudicar o testemunho da igreja e a saúde espiritual dos membros sob seus
cuidados.
2
– O SACERDOTE DEVERIA ZELAR PELA SANTIDADE DE SUA FAMÍLIA – vs 10-20
No texto anterior vimos que o sacerdote
deveria zelar pela pureza moral de sua família, incluindo seus filhos e filhas.
Não era admissível que um sacerdote praticasse ou permitisse imoralidade na sua
família. As famílias dos sacerdotes eram beneficiadas pelo ofício deles.
Eles comiam bem, pois eles recebiam porções das ofertas apresentadas. Além
disso, Deus ordenou que todas as famílias das outras tribos dessem dízimos e
primícias a eles. Sobre as porções das ofertas, apenas o sacerdotes e seus
dependentes, no caso filhos solteiros poderiam comer, e os demais familiares,
servos, visitantes deveriam ser atendidos com o que era doado em forma de
dízimos e primícias aos sacerdotes. A igreja herdou este cuidado da Lei de
Deus. A Igreja, desde seu início, sempre foi solícita com as necessidades de
seus obreiros e de cada família necessitada.
3 – O SACERDOTE DEVERIA ZELAR PELA FORMA, OU EM COMO TUDO SERIA
APRESENTADO A DEUS. vs21-25
Vimos
na exposição anterior que o sacerdote deveria zelar pela pureza ritual. Aquilo
que era apresentado a Deus, deveria ser apresentado da forma correta. A forma
também era ordenada por Deus e não apenas a essência. Não apenas o que era
apresentado era importante, mas também a forma como seria apresentado seria
importante. Eles não poderiam oferecer nada de uma forma inventada,
adaptada ou improvisada.
A
tradição reformada calvinista adota esta postura no culto. O culto deve ser
prescrito por Deus ou ser de acordo com aquilo que está prescrito nas
Escrituras.
4
– O SACERDOTE DEVERIA ZELAR POR AQUILO QUE SERIA APRESENTADO A DEUS. vs 26-33
As ofertas eram consideradas especiais.
No caso dos animais, somente os domésticos, as criações, eram aceitos. Veja que
havia cuidados especiais. Também os alimentos, quando oferecidos, deveriam ser
comidos no mesmo dia, para evitar que mofassem ou ficassem podres. A
carne não poderia passar de dois dias.
Todas estas coisas, o autor aos Hebreus
vai dizer – eram sombras – da nova aliança. A Nova Aliança e seu Mediador,
Jesus são o Plano Perfeito de Deus. É coisa santa. Por isso, aqueles sacerdotes
e aquelas ofertas precisavam serem dignos daquilo que representavam, o perfeito
e santo Filho de Deus.
Hoje precisamos entender que tudo foi
obra da misericórdia e graça de Deus. A Bíblia fala a linguagem da misericórdia
e da graça de Deus. Tudo o que se refere à nossa salvação é misericórdia e
graça. Tudo o que se refere à Igreja é misericórdia e graça. Somo salvos pela
graça. Vivemos pela graça.
CONSIDERAÇÕES PARA A PRÁTICA DE NOSSA
DEVOÇÃO A DEUS
1 - Deveríamos transbordar graça em
cada detalhe de nossa vida. Ao mesmo tempo em que deveríamos transbordar
santidade em todos os detalhes da nossa vida.
2 - O custo da morte do nosso Senhor
Jesus Cristo foi incomparável. Assim sendo, nós que recebemos perdão dos nossos
pecados, deveríamos viver uma vida correspondente a esta graça.
3 - Assim como os sacerdotes
ofereciam a vida ao Senhor de forma completa, somos chamados a oferecer-nos
complemente ao serviço do Senhor, sejamos obreiros ou leigos na igreja.
O Apóstolo Paulo fez este apelo aos
irmãos, que corresponde ao mesmo apelo à santidade em Levítico.
Romanos 12.1-2
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