quinta-feira, 14 de abril de 2022

CONTAMINAÇÃO E PURIFICAÇÃO - Levítico 15 - Sermão 20

Pregado em 02 de dezembro de 2018




 A CONTAMINAÇÃO DO PECADO, A CONDENAÇÃO DA LEI E PURIFICAÇÃO POR MEIO DA GRAÇA. Levítico 15 

A Lei mostra o quanto somos inaptos, enquanto a graça nos torna aptos por meio da obra de Jesus na cruz.

Este capítulo fala de impurezas que saem do corpo e como aquilo que sai do nosso corpo não deve tocar em outras pessoas.

Os versos de 1 a 18 falam dos fluxos masculinos.

Os versos de 19 a 30 falam dos fluxos femininos.

Os fluxos masculinos mencionados são saliva e sêmem, mas em outros textos são mencionados também pruridos de feridas, sangue e também suor. 

A mulher é principalmente o sangue. 

Os fluxos normais apenas deixava impuras a pessoas para as coisas sagradas e um banho resolvia e a pessoa era considerada limpa no mesmo dia.

O sacrifício era apenas em casos de fluxos anormais, o que caracterizava doenças.

Na época do Antigo Testamento, este cuidado era muito grande, porque isso tornava a pessoa sem condições de ir aos cultos, sem que ela tomasse banho antes. O suor era considerado um destes casos. A pessoa não poderia usar uma roupa que aparecesse suada.

 A saliva era outra coisa que a pessoa deveria cuidar para atingir outras pessoas, porque poderia transmitir doenças, caso a pessoa fosse doente. Até hoje, a saliva pode transmitir algumas doenças como Hepatite, por exemplo. Então cuspir em outra pessoa era um grande crime, mas também beijar uma pessoa na boca que não fosse o marido ou a esposa também era.

Uma das causas era a prevenção do que hoje chamamos DST – porque era um risco a preservação do povo.

O sexo ilícito era considerado transgressão gravíssima da Lei.

Estes cuidados eram necessários para que doenças não se espalhassem. 

Também o sangue era considerado fator de risco, por isso, ninguém deveria ter contato com o sangue de outra pessoa. Até hoje o sangue de uma pessoa com algum tipo de doença pode contaminar, como a AIDS, por exemplo e outras doenças.

Como cristãos devemos amar todas as pessoas e socorrer os doentes. Devemos evitar o contato direto com pessoas com algumas doenças. Mas, se elas necessitarem de socorro devemos socorrer.

Mas, como cristãos devemos ser puros. Esta é a mensagem que Deus quer nos ensinar. Deus perdoa nossos pecados porque Jesus morreu para nos perdoar – mas nós devemos amar a Deus, a tal ponto de amarmos sua Lei, sua Palavra e praticar o que é limpo e o que Deus se agrada. Este é o pano de fundo e a interpretação imediata deste texto. Mas mais do que isto, como nos capítulos imediatamente anteriores, estas contaminações representam a imundície do pecado e seu poder de contaminação. 

As proposições deste texto são as seguintes

I – A Lei de Deus, sendo obedecida, protege o ser humano.

Como mencionado no sermão anterior, a preocupação era o contágio de outras pessoas. Vemos até hoje que estas precauções são extremamente relevantes. Se a Lei de Deus, mencionadas neste texto fossem seguidas, as chances de epidemias e pandemias seriam diminuídas drasticamente. O simples lavar de mãos é uma necessidade. V.11 Também todo aquele em quem tocar o que tiver o fluxo, sem haver lavado as suas mãos com água, lavará as suas vestes, banhar-se-á em água e será imundo até à tarde. 

A lei de Deus e sua aplicação é extramente relevante até hoje.

 As epidemias como da AIDS nos anos 80 e 90 seriam evitadas. As DST seriam restringidas.  Toda a questão da imoralidade praticada hoje é uma afronta a Deus e sua santidade. Desde pequenos aprendíamos que beijo na boca dava “sapinho”. Hoje adolescentes brincam de beijo coletivo, nas festas até casados praticam o polibeijo. Outros beijam o máximo de pessoas numa só festa. Outros trocam de parceiros sexuais sem o mínimo escrúpulo. A proteção não deveria ser apenas uma questão para si, mas proteção também à outra pessoa. Tudo isso tornava a Lei de Deus extremamente relevante.

II – O Evangelho é a compaixão de Deus demonstrada a pecadores e purifica pecadores contaminados pelo pecado.

Veja que a Lei considerava impuro tudo o que saia do ser humano. As pessoas eram consideradas impuras e deveriam ser separadas. A Antiga Aliança era a demonstração da real condição do pecador que na Nova Aliança seriam declarados justificados. Na Antiga Aliança, a Lei dizia “afaste-se, você não está apto”. E esta era a realidade. A Nova Aliança diz por meio de Jesus: “aproxime-se, deixe-me purificá-lo. Deixe-me torná-lo apto”. Uma síntese desse encontro entre a Lei e a graça, da transição da Lei para a graça esta em Mc 5.24-34 – no relato do encontro de Jesus com uma mulher com uma hemorragia. Ela sofria deste mal por doze anos. Ela era considerada impura e tinha o dever de evitar contato com outras pessoas para não contaminá-las. Esta era a Lei. Ela arriscou-se a ofender Jesus ao tocar a orla de suas vestes, mas a misericórdia de Jesus cumpriu e excedeu a Lei. Um resultado oposto ao que era esperado pela Lei ocorreu: Jesus não se tornou impuro pelo toque da mulher, antes foi a mulher que recebeu dois benefícios que a Lei não poderia oferecer. O primeiro que ela foi curada da doença e o segundo, que ela foi considerada purificada daquilo que a Lei considerava impuro.

Veja que as impurezas mencionadas representavam o estado dos pecadores. Uma pessoa com impurezas expostas eram consideradas contagiosas. Isso, a exemplo do que foi dito no sermão anterior representava a condição do pecador. Um pecador em seu estado de pecado, contamina tudo ao seu redor. A graça demonstrada por Jesus anula todas as implicações legais que torna a pessoa inapta ao Reino de Deus. Os pecadores são convidados a se aproximarem de Jesus. Isso não anula o cuidado com aquilo que Deus considera impuro. É disto que esta exposição está tratando.

Como praticar as lições aprendidas:

1 -  Devemos entender a glorificar a Deus por não estarmos mais  sob o jugo daquelas ordenanças.

Porque, se nada pode nos destruir, também nada pode nos contaminar, exceto o pecado. Hoje não necessitamos mais expor nossos pecados. Não devemos viver no pecado, mas não necessitamos mais de nenhum ritual de purificação.

Da contaminação que contraímos pelos nossos pecados e fraquezas diárias, podemos nos limpar em segredo, pelos atos renovados de arrependimento e fé, sem nos banharmos em água corrente nem trazermos ofertas à porta do Tabernáculo. Não há nenhum preço, nenhuma oferta que necessitamos para conquistarmos o perdão de nossos pecados. Só o sacrifício de Jesus nos é suficiente.

 2 -  Devemos fugir de tudo aquilo que Deus não se agrada.

Devemos cuidadosamente nos abster de todo pecado, e particularmente de todas as luxurias carnais, tendo nosso corpo em santificação e honra e não nas luxúrias de impureza, que não somente contaminam a alma, mas guerreiam contra ela, e ameaçam destruí-la. 

3 - Devemos entender definitivamente como é necessária e indispensável a verdadeira santidade para a nossa felicidade futura, e purificar os nossos corações pela fé, para que possamos ver a Deus.

Neste sentido devemos observar a tipologia daquilo que impedia a pessoa de entrar no santuário como está escrito no Salmo 24. Quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração” (SI 24.3,4). 

Não entramos no santuário sem purificação. Não esta a questão. Ainda necessitamos de santificação e purificação. Hebreus 12. 14 -16 

Devemos entender nossos pecados ainda nos separam de Deus. Que nossos pecados ainda nos deixam impuros – mas acima de tudo devemos entender e crer. Entender e crer. Entender e crer que Jesus é o perdão de nossos pecados, nossa purificação. 1 Cor 1.30 - Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,

1 João 1.7 - o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

1 João 1. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

1 João 2.1 não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;

Irmãos, isso não é incentivo a pecar – mas um convite a nos aproximar de Jesus com nossos pecados.











Nenhum comentário:

VIVER COM PACIÊNCIA, ESPERANÇA E PERSEVERANÇA – Romanos 8.18-25

  Pregado em 03 de maio de 2020 sexto sermão na Pademia                                                                                     ...