Pregado em 02 de dezembro de 2018
A
CONTAMINAÇÃO DO PECADO, A CONDENAÇÃO DA LEI E PURIFICAÇÃO POR MEIO DA GRAÇA.
Levítico 15
A
Lei mostra o quanto somos inaptos, enquanto a graça nos torna aptos por meio da
obra de Jesus na cruz.
Este
capítulo fala de impurezas que saem do corpo e como aquilo que sai do nosso
corpo não deve tocar em outras pessoas.
Os
versos de 1 a 18 falam dos fluxos masculinos.
Os
versos de 19 a 30 falam dos fluxos femininos.
Os
fluxos masculinos mencionados são saliva e sêmem, mas em outros textos são
mencionados também pruridos de feridas, sangue e também suor.
A
mulher é principalmente o sangue.
Os
fluxos normais apenas deixava impuras a pessoas para as coisas sagradas e um
banho resolvia e a pessoa era considerada limpa no mesmo dia.
O
sacrifício era apenas em casos de fluxos anormais, o que caracterizava doenças.
Na
época do Antigo Testamento, este cuidado era muito grande, porque isso tornava
a pessoa sem condições de ir aos cultos, sem que ela tomasse banho antes. O
suor era considerado um destes casos. A pessoa não poderia usar uma roupa que
aparecesse suada.
A
saliva era outra coisa que a pessoa deveria cuidar para atingir outras pessoas,
porque poderia transmitir doenças, caso a pessoa fosse doente. Até hoje, a
saliva pode transmitir algumas doenças como Hepatite, por exemplo. Então cuspir
em outra pessoa era um grande crime, mas também beijar uma pessoa na boca que
não fosse o marido ou a esposa também era.
Uma
das causas era a prevenção do que hoje chamamos DST – porque era um risco a
preservação do povo.
O
sexo ilícito era considerado transgressão gravíssima da Lei.
Estes cuidados eram necessários para que doenças não se espalhassem.
Também
o sangue era considerado fator de risco, por isso, ninguém deveria ter contato
com o sangue de outra pessoa. Até hoje o sangue de uma pessoa com algum tipo de
doença pode contaminar, como a AIDS, por exemplo e outras doenças.
Como
cristãos devemos amar todas as pessoas e socorrer os doentes. Devemos evitar o
contato direto com pessoas com algumas doenças. Mas, se elas necessitarem de
socorro devemos socorrer.
Mas,
como cristãos devemos ser puros. Esta é a mensagem que Deus quer nos ensinar.
Deus perdoa nossos pecados porque Jesus morreu para nos perdoar – mas nós
devemos amar a Deus, a tal ponto de amarmos sua Lei, sua Palavra e praticar o
que é limpo e o que Deus se agrada. Este é o pano de fundo e a interpretação
imediata deste texto. Mas mais do que isto, como nos capítulos imediatamente
anteriores, estas contaminações representam a imundície do pecado e seu poder
de contaminação.
As
proposições deste texto são as seguintes
I
– A Lei de Deus, sendo obedecida, protege o ser humano.
Como
mencionado no sermão anterior, a preocupação era o contágio de outras pessoas.
Vemos até hoje que estas precauções são extremamente relevantes. Se a Lei de
Deus, mencionadas neste texto fossem seguidas, as chances de epidemias e
pandemias seriam diminuídas drasticamente. O simples lavar de mãos é uma
necessidade. V.11 Também todo aquele em quem tocar o que tiver o fluxo,
sem haver lavado as suas mãos com água, lavará as suas vestes, banhar-se-á em
água e será imundo até à tarde.
A
lei de Deus e sua aplicação é extramente relevante até hoje.
As
epidemias como da AIDS nos anos 80 e 90 seriam evitadas. As DST seriam
restringidas. Toda a questão da imoralidade praticada hoje é uma afronta
a Deus e sua santidade. Desde pequenos aprendíamos que beijo na boca dava
“sapinho”. Hoje adolescentes brincam de beijo coletivo, nas festas até casados
praticam o polibeijo. Outros beijam o máximo de pessoas numa só festa. Outros
trocam de parceiros sexuais sem o mínimo escrúpulo. A proteção não deveria ser
apenas uma questão para si, mas proteção também à outra pessoa. Tudo isso
tornava a Lei de Deus extremamente relevante.
II
– O Evangelho é a compaixão de Deus demonstrada a pecadores e purifica
pecadores contaminados pelo pecado.
Veja
que a Lei considerava impuro tudo o que saia do ser humano. As pessoas eram
consideradas impuras e deveriam ser separadas. A Antiga Aliança era a
demonstração da real condição do pecador que na Nova Aliança seriam declarados justificados.
Na Antiga Aliança, a Lei dizia “afaste-se, você não está apto”. E esta era a
realidade. A Nova Aliança diz por meio de Jesus: “aproxime-se, deixe-me
purificá-lo. Deixe-me torná-lo apto”. Uma síntese desse encontro entre a Lei e
a graça, da transição da Lei para a graça esta em Mc 5.24-34 – no relato do
encontro de Jesus com uma mulher com uma hemorragia. Ela sofria deste mal por
doze anos. Ela era considerada impura e tinha o dever de evitar contato com
outras pessoas para não contaminá-las. Esta era a Lei. Ela arriscou-se a
ofender Jesus ao tocar a orla de suas vestes, mas a misericórdia de Jesus
cumpriu e excedeu a Lei. Um resultado oposto ao que era esperado pela Lei
ocorreu: Jesus não se tornou impuro pelo toque da mulher, antes foi a mulher
que recebeu dois benefícios que a Lei não poderia oferecer. O primeiro que ela
foi curada da doença e o segundo, que ela foi considerada purificada daquilo
que a Lei considerava impuro.
Veja
que as impurezas mencionadas representavam o estado dos pecadores. Uma pessoa
com impurezas expostas eram consideradas contagiosas. Isso, a exemplo do que
foi dito no sermão anterior representava a condição do pecador. Um pecador em
seu estado de pecado, contamina tudo ao seu redor. A graça demonstrada por
Jesus anula todas as implicações legais que torna a pessoa inapta ao Reino de
Deus. Os pecadores são convidados a se aproximarem de Jesus. Isso não anula o
cuidado com aquilo que Deus considera impuro. É disto que esta exposição está
tratando.
Como
praticar as lições aprendidas:
1
- Devemos entender a glorificar a Deus por não estarmos mais sob o
jugo daquelas ordenanças.
Porque,
se nada pode nos destruir, também nada pode nos contaminar, exceto o pecado.
Hoje não necessitamos mais expor nossos pecados. Não devemos viver no pecado,
mas não necessitamos mais de nenhum ritual de purificação.
Da
contaminação que contraímos pelos nossos pecados e fraquezas diárias, podemos
nos limpar em segredo, pelos atos renovados de arrependimento e fé, sem nos
banharmos em água corrente nem trazermos ofertas à porta do Tabernáculo. Não há
nenhum preço, nenhuma oferta que necessitamos para conquistarmos o perdão de
nossos pecados. Só o sacrifício de Jesus nos é suficiente.
2
- Devemos fugir de tudo aquilo que Deus não se agrada.
Devemos
cuidadosamente nos abster de todo pecado, e particularmente de todas as
luxurias carnais, tendo nosso corpo em santificação e honra e não nas luxúrias
de impureza, que não somente contaminam a alma, mas guerreiam contra ela, e
ameaçam destruí-la.
3
- Devemos entender definitivamente como é necessária e indispensável a
verdadeira santidade para a nossa felicidade futura, e purificar os nossos
corações pela fé, para que possamos ver a Deus.
Neste
sentido devemos observar a tipologia daquilo que impedia a pessoa de entrar no
santuário como está escrito no Salmo 24. Quem estará no seu lugar santo? Aquele
que é limpo de mãos e puro de coração” (SI 24.3,4).
Não
entramos no santuário sem purificação. Não esta a questão. Ainda
necessitamos de santificação e purificação. Hebreus 12. 14 -16
Devemos
entender nossos pecados ainda nos separam de Deus. Que nossos pecados ainda nos
deixam impuros – mas acima de tudo devemos entender e crer. Entender e crer.
Entender e crer que Jesus é o perdão de nossos pecados, nossa purificação. 1
Cor 1.30 - Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o
qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e
redenção,
1
João 1.7 - o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
1 João 1. 9 Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça.
1 João 2.1 não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto
ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;
Irmãos,
isso não é incentivo a pecar – mas um convite a nos aproximar de Jesus com
nossos pecados.
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