Pregação em 02 de julho de 2017 - Na Capela Missional em Porto Alegre
PERGUNTA 22. Como Cristo, sendo o Filho de Deus, se fez homem?
R. Cristo, o Filho de Deus, fez-se homem tomando um verdadeiro
corpo, e uma alma racional, sendo concebido pelo poder do Espírito Santo no
ventre da virgem Maria, e nascido dela, mas sem pecado.
Hb 2.14
Mt 26.38 - Lc 2.52 Luc 1.31,35 -
Hb 4.15. Hebreus 1.5-6Lucas 1.31-35
31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. / 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; / 33 ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.
34 Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum?
35 Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.
O Nascimento
Virginal de Cristo é ao mesmo tempo um juízo sobre a natureza humana incapaz de
se auto redimir e o anúncio da redenção.
CONFISSÃO BELGA - “Confessamos, então, que Deus cumpriu a promessa, feita aos pais antigos pela boca dos seus santos profetas, quando enviou ao mundo seu próprio, único e eterno Filho, no tempo determinado por Ele. Este assumiu a forma de servo e tornou-se semelhante aos homens, tomando realmente a verdadeira natureza humana com todas as suas fraquezas, mas sem o pecado. “
O nascimento de Cristo foi um ato soberano de Deus. Cremos que Deus em Deus, que existe na forma de três pessoas – O Pai, o Filho e o Espírito Santo.
O Pai enviou o Filho ao mundo, e o Filho foi gerado no útero de Maria pelo Espírito Santo. Este foi o milagre da concepção milagrosa de Jesus.
CONFISSÃO BELGA – “Foi concebido no ventre da bem aventurada virgem Maria, pelo poder do Espírito Santo, sem intervenção do homem. E não somente tomou a natureza humana quanto ao corpo, mas também a verdadeira alma humana, para que fosse um verdadeiro homem. Pois, estando perdidos tanto a alma como o corpo, Ele devia tomar ambos para salvá-los.”
Portanto, o milagre do nascimento de Jesus, foi um ato divino colocando o Filho de Deus no mundo para o resgatar – Hebreus 1.5-6 – “Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.”
O nascimento virginal de Jesus cumpre os propósitos de Deus, pois faz parte do Plano de Deus.
Portanto, o nascimento virginal de Cristo cumpre quatro pressupostos.
1 – O NASCIMENTO VIRGINAL DE JESUS É UM MILAGRE DIVINO.
É um ato divino. Um anjo é enviado para anunciar a Maria que o Espírito Santo e envolveria e ela ficaria grávida por obra divina. Aquele que criou o ser humano, estaria agora, no útero de uma criatura sua. Assim, como tudo na Bíblia é uma história da salvação, assim como a própria é a Revelação sobrenatural de Deus, assim é o nascimento de Jesus. É um desafio ao nosso racionalismo. Se a nossa fé, parar aqui, não conseguiremos ir adiante e não poderemos crer nos milagres que se sucedem como a transformação da água em vinho, as curas milagrosas, paralíticos andando, cegos vendo, pecados sendo perdoados, pães sendo multiplicados, tempestade sendo acalmadas, mortos sendo ressuscitados como Lázaro, como o filho de uma viúva, e , principalmente, a ressurreição do próprio Senhor dentre os mortos. O nascimento virginal de Cristo é uma demonstração graciosa de Deus para todos nós. É o principio do Evangelho. É a primeira fé que temos que exercitar em Cristo.
2 – O NASCIMENTO VIRGINAL DE CRISTO FOI UM JULGAMENTO DE DEUS SOBRE E NATUREZA HUMANA E O ANUNCIO DA REDENÇÃO DA NATUREZA HUMANA.
A humanidade havia se perdido. “..tomou a natureza humana quanto ao corpo, também a verdadeira alma humana, para que fosse um verdadeiro homem. Pois, estando perdidos tanto a alma como o corpo, Ele devia tomar ambos para salvá-los.” Esta é a declaração da necessidade do redentor. A humanidade necessitando de um redentor, não poderia, ela mesma produzir este redentor. O redentor deveria vir de fora. Deus, assim como para Isaque, providencia um cordeiro, um redentor. Karl Barth – “A natureza humana não possui capacidade de tornar-se a natureza humana de Jesus Cristo.” Somente Deus, mesmo poderia tomar a iniciativa, e por meio de um milagre introduz seu filho no mundo. O ser humano necessitava de redenção e somente um ser humano poderia ser o representante da raça humana. Mas, por outro lado somente Deus poderia salvar o ser humano. O milagre é este, Jesus Cristo, tornou-se humano como o ser humano, mas era Deus como Deus.
3 – O NASCIMENTO VIRGINAL DE CRISTO É O ANUNCIO DA NOVA CRIAÇÃO REDIMIDA.
Este é o alvo da redenção, uma nova criação. O criador está redimindo a criação. Ele vem resgatar o ser humano de sua perdição. Toda a criação foi envolvida pela escuridão do pecado. A criação não pode suportar uma eternidade sem redenção. Romanos 8.19-25 / 19 A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. 20 Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, / 21 na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.22 Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. / 23 E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. / 24 Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.”
Sem redenção, não há esperança nenhuma, nem para o ser humano, nem para criação. Tudo se envolveria num caos progressivo, até sua autodestruição. Por isso, Jesus ter vindo ao mundo é a manifestação da bondade máxima de Deus, seu beneplácito demonstrado em forma de redenção. Foi para isto que Jesus como filho de Deus veio ao mundo – na plenitude dos tempos – para que ele fosse o fator de convergência entre o criador e a criatura. Entre o criador e a criação. Entre a história humana e a eternidade.
Hb 2.14 – “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo,”
4 – O NASCIMENTO VIRGINAL DE JESUS É O NASCIMENTO DO FILHO DE DEUS, CARREGANDO A NATUREZA HUMANA, SEM A NATUREZA PECAMINOSA.
Esta doutrina carrega outras duas doutrinas que são – a Filiação divina de Cristo e a Impecabilidade de Cristo. Jesus se fez ser humano, mas sua semente é divina. A natureza humana de Cristo, não existe por um só momento a não ser como a humanidade de Deus. Ele não se torna Deus no processo. Ele vem ao mundo como Filho de Deus. Ele nasce da Virgem, mas é concebido pelo Espírito Santo, logo sua natureza é santa. Não é o fato de Jesus não ter pai humano que o faz sem pecado, porque Maria também era pecadora. O fato é ele ser gerado pelo Espírito Santo. É uma geração totalmente a parte da vontade humana. Não foi obra do ser humano, mas uma obra divina em todos os sentidos. A natureza de Jesus não foi santificada pelo Espírito Santo, mas ele era santo em si mesmo. A santidade do ser humano somente é possível por uma ação divina, mas a santidade de Jesus é o princípio de sua existência. Ele tinha a substância de Maria, mas tinha a natureza do Pai, pois ele era o Filho de Deus.
Esta é a luz para nossa redenção. Este é o sentido da redenção. Não há esperança de redenção fora da Pessoa de Cristo. Não há redenção nenhuma sem a luz de Deus, sem Cristo.
Tudo o que ser humano mais quer é redenção e tudo o que ele procura é redenção. Veja a música de Bob Marley.
“Velhos piratas, sim, eles me roubaram / Me venderam para navios mercantes
Minutos depois de eles terem me tirado / Do poço sem fundo / Mas, minha mão foi fortalecida
Pela mão do Todo-Poderoso / Nós avançamos nessa geração / Triunfantemente
Você não vai me ajudar a cantar / Estas canções de liberdade?
Pois, tudo que eu sempre tenho / Canções de redenção/ Canções de redenção
...Até quando vão matar nossos profetas/ Enquanto nós permanecemos de lado, olhando?
Alguns dizem que isso faz parte / Nós temos que cumprir o Livro
Ajude-me a cantar/ Estas canções de liberdade? / Pois, tudo que eu sempre tenho / Canções de redenção/ Canções de redenção.”
Esta música é um exemplo da busca de redenção do mundo.
Toda a redenção que necessitamos está em Cristo. Desde a mais elementar escravidão até a salvação final.
O pecado nos lançou em escuridões sem fim. Em becos, em sarjetas existenciais e morais. Nos perdemos sempre. Nossa mente, nossas decisões, nossos caminhos sempre nos levam à lugares sem saída. Cristo é nossa redenção.
Não há a mínima possibilidade de redenção em nós mesmos. Não vamos conseguir consertar as coisas. A redenção está em Jesus. Todas as redenções. Todas as redenções. A principal redenção foi anunciada na cruz - a redenção do pecado.
Hb 4.15. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário