Pregado em 28 de maio de 2017
PERGUNTA 15. Qual foi o pecado pelo qual nossos primeiros pais caíram do estado em que foram criados?
R. O pecado pelo qual nossos primeiros pais caíram do estado em que foram criados foi o comerem do fruto proibido.
Gn 3.12-13; Os 6.7.
PERGUNTA 16. Caiu todo o gênero humano pela primeira transgressão de Adão?
R. Visto que o pacto foi feito com Adão não só para ele, mas também para sua posteridade, todo gênero humano que dele procede por geração ordinária, pecou nele e caiu com ele na sua primeira transgressão. Gn 1.28 ; At 17.26; 1Co 15.21-22; Rm 5.12-14
PERGUNTA 17. Qual foi o estado a que a queda reduziu o gênero humano?
R. A queda reduziu o gênero humano a um estado de pecado e miséria. Rm 5.12. Isaías 1.1-9 -
O PECADO LEVA O SER HUMANO A UM ESTADO DE MISÉRIA ESPIRITUAL.
Isaías 1.1-9
1 Visão de Isaías, filho de Amoz, que ele teve a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá.
2 Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o SENHOR é quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim.
3 O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.
4 Ai desta nação pecaminosa, povo carregado de iniqüidade, raça de malignos, filhos corruptores; abandonaram o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás.
5 Por que haveis de ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo.
6 Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo.
7 A vossa terra está assolada, as vossas cidades, consumidas pelo fogo; a vossa lavoura os estranhos devoram em vossa presença; e a terra se acha devastada como numa subversão de estranhos.
8 A filha de Sião é deixada como choça na vinha, como palhoça no pepinal, como cidade sitiada.
9 Se o SENHOR dos Exércitos não nos tivesse deixado alguns sobreviventes, já nos teríamos tornado como Sodoma e semelhantes a Gomorra.
10 Ouvi a palavra do SENHOR, vós, príncipes de Sodoma; prestai ouvidos à lei do nosso Deus, vós, povo de Gomorra.
O pecado é uma ofensa à santidade e um desprezo à glória de Deus.
O texto de Isaías, nos mostra a situação de pecado e miséria do povo de Israel. É um retrato da humanidade em pecado. Da condição humana sem a graça de Deus. A profecia de Isaías é a revelação da grande salvação de Deus.
A profecia começa com o estado miserável do povo de Deus e termina com a glorificação deste povo resgatado e salvo pela graça maravilhosa e infinita de Deus.
O capitulo primeiro e depois os outros cinco primeiros, descreve um quadro caótico do ser humano antes da redenção. Aquilo que o ser humano é ou poderia ser, quando deixados à sua própria conta. O pecado é contra Deus.
É a condição humana que não obedece à Deus, que quebra a Lei de Deus, que quebra sua aliança, que está em rebeldia e que não alcança o padrão da santidade de Deus.
Jonathan Edwards – “Nossa obrigação de amar, honrar e obedecer a qualquer ser está na proporção de sua capacidade de mostrar amor, honra e autoridade. Portanto, pecado contra Deus, sendo uma violação às infinitas obrigações, deve ser um crime infinitamente hediondo que merece um castigo infinito. Se existe qualquer mal em pecar contra Deus, será um mal infinito.”
A progressão do texto no retrato da condição pecaminosa do ser humano é impressionante:
1 - REBELDIA EXTREMA - V.2
Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o SENHOR é quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim.
O termo “estão revoltados” é traduzido também por prevaricaram, ou seja “se rebelaram, mesmo sendo abençoados”. O povo de Israel era tratado como filhos especiais de Deus, com todos os privilégios de um pacto unilateral. Mesmo assim, ele não foram fieis nunca como povo.
2 - IGNORÂNCIA ESPIRITUAL EXTREMA - V.3
O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.
O ser humano fazem os bois parecerem ser inteligentes de tanta estupidez.
3 - CORRUPÇÃO ESPIRITUAL EXTREMA - V.4
Ai desta nação pecaminosa, povo carregado de iniquidade, raça de malignos, filhos corruptores; abandonaram o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás.
Veja que Deus chama de “pecaminosos”, “iníquos”, “raça de malignos”, “corruptores”, “desviados” e “blasfemadores”.
4 - DEGENERAÇÃO ESPIRITUAL EXTREMA - V.5
Por que haveis de ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo.
A denúncia é de uma “rebeldia contumaz”, “rebeldia persistente”. Também de “cabeça doente”, “coração enfermo”. O pecado afeta a mente, o intelecto, os pensamentos, mas também as emoções, sentimentos, vontades e inclinações.
5 - IMPUREZA EXTREMA - V.6 - Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo.
A corrupção radical do ser humano é exposta neste verso. A totalidade do ser está contaminada pelo pecado. “Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo.”
6 - IMPIEDADE EXTREMA - VS.7 – 9 - A vossa terra está assolada, as vossas cidades, consumidas pelo fogo; a vossa lavoura os estranhos devoram em vossa presença; e a terra se acha devastada como numa subversão de estranhos. 8 A filha de Sião é deixada como choça na vinha, como palhoça no pepinal, como cidade sitiada. 9 Se o SENHOR dos Exércitos não nos tivesse deixado alguns sobreviventes, já nos teríamos tornado como Sodoma e semelhantes a Gomorra.
O pecado traz o juízo, porque o pecado é a quebra do pacto. A comparação com Sodoma e Gomorra é a pá de cal neste retrato.
“Se o SENHOR dos Exércitos não nos tivesse deixado alguns sobreviventes, já nos teríamos tornado como Sodoma e semelhantes a Gomorra.”
Mas este final, também é revelador, pois há a revelação da graça de Deus. A razão da salvação é a graça de Deus. Somente entendendo a gravidade e a grande perdição que o pecado proporciona é que entendemos a grande misericórdia e graça do Senhor. Somente entendendo a miséria do pecado é que entendemos a riqueza da graça de Deus.
A proposição final é que somos aquilo que nossa sociedade, nosso país, nossa cidade e seus moradores, no caso nós – somos o que Sodoma e Gomorra foram. Merecemos o que eles receberam. O mesmo juízo, a mesma pena, a mesma condenação. A única razão de estarmos aqui na presença de Deus é sua misericórdia que nos salva de nós mesmos. Salvando-nos de nós mesmos, somos salvos da ira divina, do juízo divino, da condenação divina. A intenção de Deus revelar estas palavras a Isaías é nos convencer de nossos pecados e misérias.
Precisamos nos convencer da miséria de que fomos salvos.
Precisamos nos convencer da condição de que fomos salvos.
Precisamos nos convencer definitivamente da grande salvação de que fomos alvos.
Precisamos nos convencer que precisamos rejeitar o pecado, fugir do pecado e nos lançarmos na dependência do salvador. Jesus Cristo na cruz é nossa salvação. Ele é nosso salvador. Ele é nossa salvação da miséria do pecado e da condenação infinita que ele traz.
Precisamos finalmente, entender e aceitar que se fomos salvos de uma condenação infinita e de um juízo infinito, nossa salvação é infinita.
Rogerio Nascimento - https://www.facebook.com/pastorrogerionascimento
Capela Missional - https://www.facebook.com/Igrejacristadeconfissaoreformada/
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