Pregado em 07 de agosto de 2016
As riquezas da Graça de Deus.
Efésios 1.3-6
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, / assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor / nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,/
para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,
As doutrinas bíblicas são explicadas nas Escrituras -
por termos que expressam as riquezas da graça de Deus.
Deus Pai é o que age por iniciativa soberana. Ele não
criou o universo para completar-se a si mesmo. Não criou os exércitos celestes
por necessidade de ajuda. Não criou o ser humano por que necessitava ser amado
livremente, como alguns afirmam. O texto nos diz que tudo foi de acordo com seu
“beneplácito”, sua vontade soberana e boa.
Falando especificamente sobre o plano de
redenção, Ele tomou iniciativa de vir ao
nosso encontro porque não tínhamos por nós mesmos a força suficiente, ou,
melhor, força nenhuma para realizarmos a nossa salvação.
É por isso que a
salvação é dom de Deus. Existem alguns estudiosos, que ensinam a chamada
“Teologia Aberta” (Open Theology), que ensinam que Deus está construindo o
futuro, e que necessita de nossa ajuda para chegar ao alvo final.
Em outras
palavras, Deus não conseguirá sozinho.
Ele é uma espécie de arquiteto e nós os
obreiros, e assim como numa obra, o arquiteto não constrói, mas os
construtores, não haverá futuro se não ajudarmos a Deus.
Nesta ideia, Deus até
quer vencer o mal, mas não consegue, por isso conta conosco, para ‘algum dia”
conseguir. Outros dizem que Deus depende e espera a decisão humana para
executar seus planos.
Na verdade, não é assim, pois Deus é soberano e nossa
cooperação como obreiros é uma ato soberano de graça e misericórdia em nosso
favor.
Ele nos chama para sermos seus obreiros na igreja. Quanto aos atos
divinos, ele é suficiente em si mesmo.
Os verbos que descrevem a ação de Deus no texto lido,
estão num tempo grego chamado aoristo,
que significa atos realizados no passado.
É ato concluído.
Não é que ele está
construindo ou fazendo.
1 - BENÇÃOS
ESPIRITUAIS “(...) nos abençoou com toda as bênçãos espirituais nas regiões
celestes” ( v. 3 ). Nos “abençoou” significa que Deus “ nos tornou benditos”. Não é uma referência
estrita a bênçãos materiais, mas a “espirituais”. As materiais podem vir, mas
não necessárias e obrigatoriamente. A grande benção se dá nas “regiões
celestes”.
O estar assentado nas regiões celestes com Cristo, significa a nossa
posição como redimidos, é o status dos filhos de Deus (1.20.).
É uma
consequência da salvação, ou seja, não estamos mais perdidos, condenados e
julgados, mas somos agora cidadãos do céu (2.6).
2 – ELEIÇÃO -
ELEGEU - “(...)” nos elegeu nele antes da fundação do mundo” (v.4).
A eleição é
um ato soberano de Deus Pai. O ser humano, enquanto criatura caída, não pode
basear-se em si mesmo para chegar-se a Deus e ser aceito por ele, pois ele
mesmo sendo pecador, não é o fundamento
da salvação. Ele é livre para rejeitar , mas, ao se aproximar de Deus, ele
percebe que Deus oferece gratuitamente a salvação. A eleição como ato de Deus
quer mostrar que a iniciativa pertence a Deus, que não nos chamou por causa dos
nossos méritos, mas impulsionado pelo amor que sente pelos perdidos.
3 – PREDESTINAÇÃO – PREDESTINOU - “(...)” nos predestinou”(v.5).
Literalmente,
em grego, é “decidir previamente”, então pré-ordenar ou predeterminar. Deus não
é pego de surpresas. Ele sabe “desde a eternidade” todas as coisas e, baseado
neste conhecimento eterno, ele sabe quem vai e quem não vai ser salvo. Ele não
predestinou no sentido de ter inflexivelmente determinado a salvação de uns e a
perdição de outros.
4 - GRAÇA - “(...) sua graça, a qual nos deu
gratuitamente no Amado” (v.6).
Ele nos deu a graça “gratuitamente” em Jesus, o
qual foi o meio da manifestação da graça de deus entre nós. A salvação vem pela
graça de Deus; é um dom dele por meio de Jesus.
É pela graça, porque nós não
merecemos nada do que ele faz por nós.
A obra de Deus é plena de propósitos para
a vida do crente e da igreja. Ele nos “elegeu (...) para sermos santos e
irrepreensíveis diante dele em amor” (v.4). A eleição não foi apenas para a
salvação, mas para a santidade de vida. Somos santos diante “dele”, e isto é
possível porque fazemos “em amor” e não por meio de listas de deveres
legalistas.
A nossa vida de santidade não pode ser encarada como obrigação, mas
por amor.
Ele também nos “predestinou para sermos filhos de adoção (...) para
si mesmo” ( v.5 ).
Ele quer que todos cheguem ao conhecimento e entrem
numa
relação de Pai para filho e vivam para Ele.
O alvo de Deus é que tenhamos
comunhão plena
com Ele e vivamos “para o louvor da glória da sua graça” (v.6).
Uma vida de santidade, comunhão e louvor, isto é o que deseja Deus para cada um
de nós.
A salvação é um presente. A salvação nos foi dada como graça divina
gratuita, em troca de nada. Mas, resulta na feitura de uma pessoa tornada
graciosa aos olhos do Senhor. A graça tem como objetivo transformar pessoas
inimigas de Deus em filhos de Deus. Pessoas condenadas em seres celestiais
glorificados. Pessoas caídas em herdeiras com Cristo das coisas celestiais.
COMO VIVER
ESTAS VERDADES BÍBLICAS.
1 - A maior benção da salvação é estar em Cristo. Por
isso vivemos
abençoados, porque podemos viver acima das coisas passageiras da
vida e nos fixarmos mais nas coisas celestes (ver Col 3.1-2).
2 – Sabendo que fomos escolhidos por Deus, devemos
viver para o propósito para o qual fomos chamados – nos santificar e sermos
irrepreensíveis.
3 – Sabendo que somos predestinados em amor, devemos
responder e corresponde a este amor divino com nossa adoração a Deus e vivermos com Deus e para
Deus.
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