Pregado em 02 de outubro de 2016
A GLORIOSA SANTIDADE DE DEUS
A santidade é a expressão da natureza perfeita de
Deus. É o atributo divino que resume e inclui todos os outros atributos de seu
ser.
Deus é santo e tudo o que ele faz é tocado por sua
santidade. O amor de Deus é santo. A bondade de Deus é santa. A graça de Deus é
santa e santifica. O poder de Deus é santo. A vontade de Deus é santa. Os
decretos de Deus são santos.
O texto nos diz, que Deus nos chama para sermos santos
e irrepreensíveis perante ele. Isto nos mostra em primeiro lugar a natureza
santa de Deus e por outro lado nossa condição de pecadores. Não podemos ir à
presença de Deus, viver diante dele na nossa condição de pecadores.
A santidade de Deus significa sua absoluta
separação de tudo aquilo que é mau e pecaminoso.
Êxodo 15.11 – “Quem é como tu
glorificado em santidade?”
Na visão que Isaías teve do trono de Deus, os
Serafins que estavam diante de Deus, cobriam o rosto e o corpo e diziam.
Isaías
6.3 –“Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos.”
Habacuque 1.13 – “Tu és
tão puro de olhos, que não podes ver o mal.”
A santidade divina é o atributo, a
qualidade mais gloriosa de seu ser. É a união e síntese de todas as perfeições
divinas.
DEUS É SANTO EM SUA NATUREZA E ESSÊNCIA - Seu ser é
feito de santidade. Ele é o ser puro em si mesmo, como jamais podermos ou
poderíamos imaginar. Ele é a sublimidade, a perfeição, a pureza, a majestade, a
glória – tudo isso resume a perfeição do ser. Ele é o excelso, o maravilhoso, o
único, o altíssimo. Deus é santo em si mesmo. Deus é santo em seus atos. Em sua
palavra. Tudo o que ele faz é santo. Tudo o que ele revela é um estímulo à
santidade. Ele é a origem de tudo o que é belo. “Adorai ao Senhor na beleza de
sua santidade”. Ele é o origem de tudo o que é bom. Todas as virtudes
excelentes, todas as coisas que são boas, do bem e para o bem são originadas em
seu ser santo. Ele é separado de tudo aquilo que são contrárias à estas coisas.
Por isso Ele é o Altíssimo, aquele que se assenta no trono.
Aquele de quem é
dito – Apocalipse 4.8- “ Santo, Santo, Santo é o Senhor, o Todo-Poderoso,
aquele que era, que é e que há de vir.” É
por isso que ele nos chama para sermos “santos e irrepreensíveis, perante ele.”
DEUS É SANTO E SUA SANTIDADE É IMUTÁVEL - Nosso Deus é
o Eterno. Habita na eternidade e suas perfeições não mudam, por isso são
perfeições divinas. Ele sempre foi o que Ele é e é o que sempre foi. Ele não
muda. Ele não está se aperfeiçoando, não está evoluindo, Ele é o Deus
sempiterno. Tudo o que vem dele é transborda sua excelência e sua majestade em
santidade. A santidade de Deus é imutável e por isso inesgotável. Deus não pode
ter mais santidade, porque ele é perfeitamente santo; a santidade de Deus é sua
essência. Por isso ele chama pecadores para serem “santos e irrepreensíveis
perante Ele”. Esta é a graça que vem de sua santidade” – pois, apesar de ele
não poder conviver com o pecado. Apesar de Ele não podem contemplar o pecado
ele se relaciona com pecadores. Para isso ele, purifica estes pecadores. Ele
transforma estes pecadores por meio da aplicação da obra de Cristo na cruz e
por meio da ação do Espírito Santo na vida dos pecadores.
DEUS É SANTO, MAS SUA SANTIDADE NÃO É ESTÁTICA, MAS
ATIVA - Sua santidade transforma pecadores em santos – “nos escolheu...para
sermos santos e irrepreensíveis perante ele.” Ele é a causa de tudo o que é
santo nos outros seres que ele santifica.
Tiago 1.17 – “Toda boa dádiva e todo dom
perfeito são lá do alto”. Ele fez o anjos eleitos, aprovados serem santos. Ele
santifica aqueles que estão em Cristo.
Toda a santidade que possamos desenvolver nós recebemos da santidade de
Deus.
Levítico 20.8 – “Eu sou o Senhor,
que vos santifico”. Ele não é somente um ser santo, um padrão de santidade, mas
o principio da santidade. Ele é a fonte de santidade que jorra sobre nós, que
nos limpa, nos purifica e nos transforma.
DEUS É SANTO E SUA SANTIDADE É TRANSCENDENTE, MAS TAMBÉM
SE FAZ IMANENTE
É Transcendente porque é inigualável em todos os
padrões. Nenhum ser celestial pode medir, compreender ou explicar a santidade
de Deus. Nem os seres mais altos das esferas celestiais – os serafins – estão
minimamente próximos de possuir esta santidade. O mais alto ser é muito pequeno
em estatura para medir a santidade de Deus. A santidade de Deus ultrapassa, a
santidade juntadas de todos os seres santos.
1Samuel 2.2 – ‘Não há santo como o Senhor.”
É Imanente porque Deus transmite sua santidade para
que outros se santifiquem. É a mais sublime excelência divina, mas é uma
excelência que ele compartilha. Deus vê os nossos pecados, mas não é
contaminado por eles. Deus vê nossos pecados, mas não aprova nosso pecado. Mas
ele vem e dá uma solução para nossa condição. A Cruz de Cristo é esta solução.
É uma solução que vem dele. Ele é o autor de nossa fé. Ele mesmo nos escolheu
para sermos “santos e irrepreensíveis perante Ele...”
Não se pode desfrutar do ser divino em nossa condição
pecaminosa. No Antigo Testamento era necessário a mediação de um sacerdote para
a aproximação e relacionamento com Deus. A pessoa que desejasse ter comunhão
com Deus, orar, oferecer um culto deveria ir até um sacerdote com uma oferta e
esta oferta era tipo, símbolo do Filho de Deus, Jesus Cristo que viria ao mundo
para ser a oferta definitiva pelo pecado dos pecadores. O Senhor Jesus ao morrer na cruz, se
constituiu como nosso sacerdote perfeito. Como nosso mediador excelente. Agora
não necessitamos mais da oferta, para nos aproximar de Deus, porque Ele é a
oferta. Não necessitamos mais de sacerdote, porque Ele mesmo é o sacerdote. Não
necessitamos mais de mediador, porque ele mesmo é o único mediador entre nós e
Deus.
Hebreus 4.15 – Porque não temos
sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes foi ele
tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
Hebreus 4.16 – Acheguemo-nos, portanto, com confiança
junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para
socorro em ocasião oportuna.
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