quinta-feira, 30 de novembro de 2017

SOBRE O CREDO - "Creio em Deus, Pai Todo-Poderoso, criador dos céus e da terra." Efésios 1.4



Pregado em 02 de outubro de 2016
                                  Credo Apostólico - Sermão nº 03


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                          A GLORIOSA SANTIDADE DE DEUS
Efésios 1.4 - assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor
A santidade é a expressão da natureza perfeita de Deus. É o atributo divino que resume e inclui todos os outros atributos de seu ser.
Deus é santo e tudo o que ele faz é tocado por sua santidade. O amor de Deus é santo. A bondade de Deus é santa. A graça de Deus é santa e santifica. O poder de Deus é santo. A vontade de Deus é santa. Os decretos de Deus são santos.
O texto nos diz, que Deus nos chama para sermos santos e irrepreensíveis perante ele. Isto nos mostra em primeiro lugar a natureza santa de Deus e por outro lado nossa condição de pecadores. Não podemos ir à presença de Deus, viver diante dele na nossa condição de pecadores. 
 A santidade de Deus significa sua absoluta separação de tudo aquilo que é mau e pecaminoso.
Êxodo 15.11 – “Quem é como tu glorificado em santidade?”
Na visão que Isaías teve do trono de Deus, os Serafins que estavam diante de Deus, cobriam o rosto e o corpo e diziam.
Isaías 6.3 –“Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos.”
Habacuque 1.13 – “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal.”
A santidade divina é o atributo, a qualidade mais gloriosa de seu ser. É a união e síntese de todas as perfeições divinas.
DEUS É SANTO EM SUA NATUREZA E ESSÊNCIA - Seu ser é feito de santidade. Ele é o ser puro em si mesmo, como jamais podermos ou poderíamos imaginar. Ele é a sublimidade, a perfeição, a pureza, a majestade, a glória – tudo isso resume a perfeição do ser. Ele é o excelso, o maravilhoso, o único, o altíssimo. Deus é santo em si mesmo. Deus é santo em seus atos. Em sua palavra. Tudo o que ele faz é santo. Tudo o que ele revela é um estímulo à santidade. Ele é a origem de tudo o que é belo. “Adorai ao Senhor na beleza de sua santidade”. Ele é o origem de tudo o que é bom. Todas as virtudes excelentes, todas as coisas que são boas, do bem e para o bem são originadas em seu ser santo. Ele é separado de tudo aquilo que são contrárias à estas coisas. Por isso Ele é o Altíssimo, aquele que se assenta no trono.
Aquele de quem é dito – Apocalipse 4.8- “ Santo, Santo, Santo é o Senhor, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.”  É por isso que ele nos chama para sermos “santos e irrepreensíveis, perante ele.”
DEUS É SANTO E SUA SANTIDADE É IMUTÁVEL - Nosso Deus é o Eterno. Habita na eternidade e suas perfeições não mudam, por isso são perfeições divinas. Ele sempre foi o que Ele é e é o que sempre foi. Ele não muda. Ele não está se aperfeiçoando, não está evoluindo, Ele é o Deus sempiterno. Tudo o que vem dele é transborda sua excelência e sua majestade em santidade. A santidade de Deus é imutável e por isso inesgotável. Deus não pode ter mais santidade, porque ele é perfeitamente santo; a santidade de Deus é sua essência. Por isso ele chama pecadores para serem “santos e irrepreensíveis perante Ele”. Esta é a graça que vem de sua santidade” – pois, apesar de ele não poder conviver com o pecado. Apesar de Ele não podem contemplar o pecado ele se relaciona com pecadores. Para isso ele, purifica estes pecadores. Ele transforma estes pecadores por meio da aplicação da obra de Cristo na cruz e por meio da ação do Espírito Santo na vida dos pecadores.
DEUS É SANTO, MAS SUA SANTIDADE NÃO É ESTÁTICA, MAS ATIVA - Sua santidade transforma pecadores em santos – “nos escolheu...para sermos santos e irrepreensíveis perante ele.” Ele é a causa de tudo o que é santo nos outros seres que ele santifica.  
Tiago 1.17 – “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto”. Ele fez o anjos eleitos, aprovados serem santos. Ele santifica aqueles que estão em Cristo.  Toda a santidade que possamos desenvolver nós recebemos da santidade de Deus.  
Levítico 20.8 – “Eu sou o Senhor, que vos santifico”. Ele não é somente um ser santo, um padrão de santidade, mas o principio da santidade. Ele é a fonte de santidade que jorra sobre nós, que nos limpa, nos purifica e nos transforma.
DEUS É SANTO E SUA SANTIDADE É TRANSCENDENTE, MAS TAMBÉM SE FAZ IMANENTE
É Transcendente porque é inigualável em todos os padrões. Nenhum ser celestial pode medir, compreender ou explicar a santidade de Deus. Nem os seres mais altos das esferas celestiais – os serafins – estão minimamente próximos de possuir esta santidade. O mais alto ser é muito pequeno em estatura para medir a santidade de Deus. A santidade de Deus ultrapassa, a santidade juntadas de todos os seres santos.
1Samuel 2.2 – ‘Não há santo como o Senhor.”
É Imanente porque Deus transmite sua santidade para que outros se santifiquem. É a mais sublime excelência divina, mas é uma excelência que ele compartilha. Deus vê os nossos pecados, mas não é contaminado por eles. Deus vê nossos pecados, mas não aprova nosso pecado. Mas ele vem e dá uma solução para nossa condição. A Cruz de Cristo é esta solução. É uma solução que vem dele. Ele é o autor de nossa fé. Ele mesmo nos escolheu para sermos “santos e irrepreensíveis perante Ele...”
Não se pode desfrutar do ser divino em nossa condição pecaminosa. No Antigo Testamento era necessário a mediação de um sacerdote para a aproximação e relacionamento com Deus. A pessoa que desejasse ter comunhão com Deus, orar, oferecer um culto deveria ir até um sacerdote com uma oferta e esta oferta era tipo, símbolo do Filho de Deus, Jesus Cristo que viria ao mundo para ser a oferta definitiva pelo pecado dos pecadores.  O Senhor Jesus ao morrer na cruz, se constituiu como nosso sacerdote perfeito. Como nosso mediador excelente. Agora não necessitamos mais da oferta, para nos aproximar de Deus, porque Ele é a oferta. Não necessitamos mais de sacerdote, porque Ele mesmo é o sacerdote. Não necessitamos mais de mediador, porque ele mesmo é o único mediador entre nós e Deus.  
Hebreus 4.15 – Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.  
Hebreus 4.16 – Acheguemo-nos, portanto, com confiança junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.

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