terça-feira, 23 de julho de 2019

Ofertas Por Pecados de Sacrilégio - Exposições em Levítico


                       Sermão pregado em 16 de setembro de 2018 na Capela Missional em Porto Alegre.

                         Exposições em Levítico - Sermão nº 06

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OFERTAS POR PECADOS ESPECIFICAMENTE OFENSIVOS À SANTIDADE DE DEUS.
Levítico 5.1-13
1 Quando alguém pecar nisto: tendo ouvido a voz da imprecação, sendo testemunha de um fato, por ter visto ou sabido e, contudo, não o revelar, levará a sua iniqüidade;
2 ou quando alguém tocar em alguma coisa imunda, seja corpo morto de besta-fera imunda, seja corpo morto de animal imundo, seja corpo morto de réptil imundo, ainda que lhe fosse oculto, e tornar-se imundo, então, será culpado;
3 ou quando tocar a imundícia de um homem, seja qual for a imundícia com que se faça imundo, e lhe for oculto, e o souber depois, será culpado;
4 ou quando alguém jurar temerariamente com seus lábios fazer mal ou fazer bem, seja o que for que o homem pronuncie temerariamente com juramento, e lhe for oculto, e o souber depois, culpado será numa destas coisas.
5 Será, pois, que, sendo culpado numa destas coisas, confessará aquilo em que pecou.
6 Como sua oferta pela culpa, pelo pecado que cometeu, trará ele ao SENHOR, do gado miúdo, uma cordeira ou uma cabrita como oferta pelo pecado; assim, o sacerdote, por ele, fará expiação do seu pecado.
7 Se as suas posses não lhe permitirem trazer uma cordeira, trará ao SENHOR, como oferta pela culpa, pelo pecado que cometeu, duas rolas ou dois pombinhos: um como oferta pelo pecado, e o outro como holocausto.
8 Entregá-los-á ao sacerdote, o qual primeiro oferecerá aquele que é como oferta pelo pecado e lhe destroncará, com a unha, a cabeça, sem a separar do pescoço.
9 Do sangue da oferta pelo pecado aspergirá sobre a parede do altar e o restante do sangue, fá-lo-á correr à base do altar; é oferta pelo pecado.
10 E do outro fará holocausto, conforme o estabelecido; assim, o sacerdote, por ele, fará oferta pelo pecado que cometeu, e lhe será perdoado.
11 Porém, se as suas posses não lhe permitirem trazer duas rolas ou dois pombinhos, então, aquele que pecou trará, por sua oferta, a décima parte de um efa de flor de farinha como oferta pelo pecado; não lhe deitará azeite, nem lhe porá em cima incenso, pois é oferta pelo pecado.
12 Entregá-la-á ao sacerdote, e o sacerdote dela tomará um punhado como porção memorial e a queimará sobre o altar, em cima das ofertas queimadas ao SENHOR; é oferta pelo pecado.
13 Assim, o sacerdote, por ele, fará oferta pelo pecado que cometeu em alguma destas coisas, e lhe será perdoado; o restante será do sacerdote, como a oferta de manjares.


Deus é santo e exige santidade de seu povo, isto é integridade e pureza em todas as áreas do ser e da vida.

Na oferta pelo pecado três coisas são colocadas em primeiro lugar: O falar a verdade, O dever de evitar o que Deus considera impuro e o zelo pelas coisas que Deus santificou ou separou para si.
Temos aqui um vislumbre do caráter de Deus. Deus ama a verdade. Deus ama a pureza e Deus é zeloso pelo seu nome.
Esta oferta, segue o anterior que é sobre o sacrifício pelo pecado. E esta oferta reúne elementos das anteriores. Na verdade as ofertas já foram apresentadas especificamente.
A Oferta de aproximação de Deus  - O Holocausto – Levítico 1
A oferta de Comunhão com Deus – a Oferta de Manjares ou Banquete – Levítico 2
A de reconciliação e paz com Deus - A Oferta Pacífica – Levítico - 3
A  Oferta pelos pecados – Levítico 4
Agora vamos ver as ofertas por pecados específicos – Levítico 5, 6,e 7.
Deus não pode aceitar nosso pecado – por isso – providenciou um meio de perdão. Primeiro era pelas ofertas que deveriam ser oferecidas – depois pelo sacrifício de Cristo.

   I - OS PECADOS 5.1-5
1 – O PECADO DE NÃO FALAR A VERDADE – V.1
1 Quando alguém pecar nisto: tendo ouvido a voz da imprecação, sendo testemunha de um fato, por ter visto ou sabido e, contudo, não o revelar, levará a sua iniquidade;
Deus é verdade, ama a verdade e abomina a mentira.
O primeiro pecado mencionado neste capitulo é ver ou saber de um fato, ser chamado para testemunhar e mentir. Mentir ou ocultar a verdade. Sabemos que o testemunho era caso de vida ou morte. Do testemunho dependia a integridade individual e a justiça comunitária. O falso testemunho ou a omissão do testemunho era um pecado gravíssimo – Inclusive é o Nono Mandamento.
Jamais devemos mentir sobre um fato. A mentira é proibida para um cristão. Nunca devemos mentir. Dar um falso testemunho para proteger uma pessoa amiga quando ela está errada, não agrada a Deus.  Por isso, é melhor não ficar dando opinião em tudo. Falar somente o necessário sobre as pessoas é uma boa atitude.
Deus ama a verdade. Deus ama a palavra verdadeira. A mentira ou a falsidade é abominável.
Um cristão deve ser uma pessoa totalmente confiável.
2 – O PECADO DE TOCAR COISAS IMPURAS – VS 2-3
2 ou quando alguém tocar em alguma coisa imunda, seja corpo morto de besta-fera imunda, seja corpo morto de animal imundo, seja corpo morto de réptil imundo, ainda que lhe fosse oculto, e tornar-se imundo, então, será culpado;
3 ou quando tocar a imundícia de um homem, seja qual for a imundícia com que se faça imundo, e lhe for oculto, e o souber depois, será culpado;
Deus é santo, por isso, ama a pureza e abomina o que é impuro.
Este segundo pecado era tocar em algum animal morto ou em alguma coisa humana que fosse proibido na Lei de Deus. Depois vamos ter neste mesmo livro a descrição do que era proibido.
A lição é que Deus ama a pureza, o que é limpo.
Deus não suporta sujeira e queria que seu povo fosse limpo. Era pecado não ser limpo. Por isso ele chamava todos a serem santos. Santidade é limpeza total. Do corpo e da alma.  O Salmo 14 – diz – mãos limpas e coração puro.
Tiago 1.27 - A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.
Colossenses 3. 5 Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;
6 por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência].
7 Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas.
8 Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar.
9 Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos
10 e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;
1 Tessalonicenses 4.7 -   Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.
3 – O PECADO DO JURAMENTO – V.4,5
4 ou quando alguém jurar temerariamente com seus lábios fazer mal ou fazer bem, seja o que for que o homem pronuncie temerariamente com juramento, e lhe for oculto, e o souber depois, culpado será numa destas coisas.
5 Será, pois, que, sendo culpado numa destas coisas, confessará aquilo em que pecou.
Deus é santo e ama aquilo que ele santifica.
Quem fala a verdade não precisa jurar. O juramento é uma coisa muito séria. Não que não podemos jurar. Podemos jurar amizade com alguém. Jurar fidelidade, como os casais fazem. O Senhor mesmo jurou cumprir  a aliança. Mas Jesus disse para não jurar, para que não corrêssemos o risco de estar pecando.  Ver Mateus 5.34 - Entretanto, Eu vos afirmo: Não jureis de forma alguma; nem pelos céus, que são o trono de Deus; 35nem pela terra, por ser o estrado onde repousam seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. 
Mateus 23. 16 - Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas, se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou!
17 Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o santuário que santifica o ouro?
18 E dizeis: Quem jurar pelo altar, isso é nada; quem, porém, jurar pela oferta que está sobre o altar fica obrigado pelo que jurou.
19 Cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
20 Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo o que sobre ele está.
21 Quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita;
Os juramentos era a banalização das palavras e das coisas pelo que se jurava. No caso, as coisas pelas quais se estava jurando, valia menos que as palavras que a pessoa falava.
O principal motivo para proibição do juramento banal era justamente a banalização daquilo que era sagrado. Deus expressava-se por meio de coisas sagradas. Sagrado era seu nome. Os pagãos juravam pelos seus deuses. Eles até mesmo amaldiçoavam seus deuses. A proibição do juramente era para que as pessoas não caíssem no pecado do sacrilégio, da profanação, da prevaricação e da blasfêmia.

                 II –  A SOLUÇÃO PARA ESTES PECADOS – VS 6- 13
1 –  AS OFERTAS PODERIAM SER DE ACORDO COM O QUE A PESSOA PODIA. VS 6-11
6 Como sua oferta pela culpa, pelo pecado que cometeu, trará ele ao SENHOR, do gado miúdo, uma cordeira ou uma cabrita como oferta pelo pecado; assim, o sacerdote, por ele, fará expiação do seu pecado.
7 Se as suas posses não lhe permitirem trazer uma cordeira, trará ao SENHOR, como oferta pela culpa, pelo pecado que cometeu, duas rolas ou dois pombinhos: um como oferta pelo pecado, e o outro como holocausto.
8 Entregá-los-á ao sacerdote, o qual primeiro oferecerá aquele que é como oferta pelo pecado e lhe destroncará, com a unha, a cabeça, sem a separar do pescoço.
9 Do sangue da oferta pelo pecado aspergirá sobre a parede do altar e o restante do sangue, fá-lo-á correr à base do altar; é oferta pelo pecado.
10 E do outro fará holocausto, conforme o estabelecido; assim, o sacerdote, por ele, fará oferta pelo pecado que cometeu, e lhe será perdoado.
11 Porém, se as suas posses não lhe permitirem trazer duas rolas ou dois pombinhos, então, aquele que pecou trará, por sua oferta, a décima parte de um efa de flor de farinha como oferta pelo pecado; não lhe deitará azeite, nem lhe porá em cima incenso, pois é oferta pelo pecado.
A condição social não é impedimento para cultuar a Deus.
Quem tinha condições deveria oferecer uma oferta de maior valor.
Os mais pobres poderiam oferecer ofertas mais simples.
Se alguém fosse muito pobre, poderia trazer um pouco de farinha, e isso seria aceito. Assim o gasto com a oferta pelo pecado era reduzido mais que qualquer outro, para ensinar que a pobreza não obstrui o caminho do perdão a alguém. Da mesma forma, uma lição paralela é que todos podem colaborar com as coisas que pertencem a Deus.
 Se o transgressor trazia duas rolas, uma era para oferta pelo pecado e a outra para o holocausto.
Devemos nos certificar primeiramente que nossa paz esteja estabelecida com Deus, e então podemos esperar que nossos serviços para sua glória sejam aceitos por Ele. Quando se oferecia farinha, não se devia fazer de maneira que fosse agradável ao paladar com azeite, nem ao olfato com incenso, para indicar como o pecado é odioso.
 Por meio destes sacrifícios, Deus falava de consolo para os que haviam pecado, a fim de que não se desesperassem nem se enfraquecessem em seus pecados. De igual forma falava de cautela para não pecarem mais, a fim de recordar quão incômodo era fazer expiação
2 -  OS SACERDOTES DEVERIAM OFERECER ESTAS OFERTAS AO SENHOR VS 12-13
12 Entregá-la-á ao sacerdote, e o sacerdote dela tomará um punhado como porção memorial e a queimará sobre o altar, em cima das ofertas queimadas ao SENHOR; é oferta pelo pecado.
13 Assim, o sacerdote, por ele, fará oferta pelo pecado que cometeu em alguma destas coisas, e lhe será perdoado; o restante será do sacerdote, como a oferta de manjares.
O sacerdote era o represente de Deus entre o povo.
O sacerdote era um homem escolhido por Deus para oferecer sacrifícios pelos pecadores.  Eles deveriam primeiro oferecer sacrifícios por eles mesmos e depois fazer os sacrifícios pelo povo. Eles deveriam ser da tribo de Levi.
Eles representavam Jesus. Jesus foi o nosso sacerdote que ofereceu o melhor sacrifício, porque era o melhor sacerdote.
Hoje não existe mais sacerdotes, porque Jesus é o nosso sacerdote.
Ele ofereceu a oferta por nossos pecados. A oferta era ele mesmo.
Hebreus 4. 14 - Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão.
15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. 16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.

O QUE PODEMOS CONCLUIR DIANTE DO QUE FOI EXPOSTO:
A verdade deve nos acompanhar a vida em toda a vida e em todos os sentidos. A verdade é um pressuposto divino.  A Palavra de Deus é a Verdade. O Senhor Jesus Cristo é a Verdade. O Espírito Santo é o Espírito da Verdade.
Assim como Deus odeia o que é impuro, também nós devemos zelar pela pureza em nossa vida. Façamos uma limpeza em nossa vida.
Amemos tudo o que é limpo. 
O que Deus considera impuro e imundo – assim também devemos considerar – pois somos o seu povo.
Não podemos banalizar aquilo que é sagrado.
Aquilo que é prescrito pelas Escrituras não pode ser relativizado. O povo de Israel foi chamado a ser separado das outras nações. Este é o sentido do livro de Levítico. A igreja é o povo de Deus, e fomos separados para sermos santos, ou seja pensar como Deus pensa neste mundo miserável e imundo. Nesta cultura imunda.
1 Pedro 2.9 - Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
Não há um impedimento, que seja ou sirva de justificativa, motivo ou desculpa para não cultuarmos a Deus.

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