Sermão pregado em 16 de setembro de 2018 na Capela Missional em Porto Alegre.
Exposições em Levítico - Sermão nº 06
OFERTAS POR
PECADOS ESPECIFICAMENTE OFENSIVOS À SANTIDADE DE DEUS.
Levítico
5.1-13
1 Quando alguém pecar nisto: tendo ouvido a voz da imprecação, sendo testemunha de um fato, por ter visto ou sabido e, contudo, não o revelar, levará a sua iniqüidade;
2 ou quando alguém tocar em alguma coisa imunda, seja corpo morto de besta-fera imunda, seja corpo morto de animal imundo, seja corpo morto de réptil imundo, ainda que lhe fosse oculto, e tornar-se imundo, então, será culpado;
3 ou quando tocar a imundícia de um homem, seja qual for a imundícia com que se faça imundo, e lhe for oculto, e o souber depois, será culpado;
4 ou quando alguém jurar temerariamente com seus lábios fazer mal ou fazer bem, seja o que for que o homem pronuncie temerariamente com juramento, e lhe for oculto, e o souber depois, culpado será numa destas coisas.
5 Será, pois, que, sendo culpado numa destas coisas, confessará aquilo em que pecou.
6 Como sua oferta pela culpa, pelo pecado que cometeu, trará ele ao SENHOR, do gado miúdo, uma cordeira ou uma cabrita como oferta pelo pecado; assim, o sacerdote, por ele, fará expiação do seu pecado.
7 Se as suas posses não lhe permitirem trazer uma cordeira, trará ao SENHOR, como oferta pela culpa, pelo pecado que cometeu, duas rolas ou dois pombinhos: um como oferta pelo pecado, e o outro como holocausto.
8 Entregá-los-á ao sacerdote, o qual primeiro oferecerá aquele que é como oferta pelo pecado e lhe destroncará, com a unha, a cabeça, sem a separar do pescoço.
9 Do sangue da oferta pelo pecado aspergirá sobre a parede do altar e o restante do sangue, fá-lo-á correr à base do altar; é oferta pelo pecado.
10 E do outro fará holocausto, conforme o estabelecido; assim, o sacerdote, por ele, fará oferta pelo pecado que cometeu, e lhe será perdoado.
11 Porém, se as suas posses não lhe permitirem trazer duas rolas ou dois pombinhos, então, aquele que pecou trará, por sua oferta, a décima parte de um efa de flor de farinha como oferta pelo pecado; não lhe deitará azeite, nem lhe porá em cima incenso, pois é oferta pelo pecado.
12 Entregá-la-á ao sacerdote, e o sacerdote dela tomará um punhado como porção memorial e a queimará sobre o altar, em cima das ofertas queimadas ao SENHOR; é oferta pelo pecado.
13 Assim, o sacerdote, por ele, fará oferta pelo pecado que cometeu em alguma destas coisas, e lhe será perdoado; o restante será do sacerdote, como a oferta de manjares.
Deus é santo
e exige santidade de seu povo, isto é integridade e pureza em todas as áreas do
ser e da vida.
Na oferta
pelo pecado três coisas são colocadas em primeiro lugar: O falar a verdade, O
dever de evitar o que Deus considera impuro e o zelo pelas coisas que Deus
santificou ou separou para si.
Temos aqui um
vislumbre do caráter de Deus. Deus ama a verdade. Deus ama a pureza e Deus é
zeloso pelo seu nome.
Esta oferta, segue o anterior que é
sobre o sacrifício pelo pecado. E esta oferta reúne elementos das anteriores.
Na verdade as ofertas já foram apresentadas especificamente.
A Oferta de aproximação de Deus - O Holocausto – Levítico 1
A oferta de Comunhão com Deus – a
Oferta de Manjares ou Banquete – Levítico 2
A de reconciliação e paz com Deus - A
Oferta Pacífica – Levítico - 3
A
Oferta pelos pecados – Levítico 4
Agora vamos ver as ofertas por pecados
específicos – Levítico 5, 6,e 7.
Deus não pode aceitar nosso pecado – por
isso – providenciou um meio de perdão. Primeiro era pelas ofertas que deveriam
ser oferecidas – depois pelo sacrifício de Cristo.
I - OS PECADOS 5.1-5
1
– O PECADO DE NÃO FALAR A VERDADE – V.1
1 Quando
alguém pecar nisto: tendo ouvido a voz da imprecação, sendo testemunha de um
fato, por ter visto ou sabido e, contudo, não o revelar, levará a sua
iniquidade;
Deus é
verdade, ama a verdade e abomina a mentira.
O primeiro pecado mencionado neste
capitulo é ver ou saber de um fato, ser chamado para testemunhar e mentir.
Mentir ou ocultar a verdade. Sabemos que o testemunho era caso de vida ou
morte. Do testemunho dependia a integridade individual e a justiça comunitária.
O falso testemunho ou a omissão do testemunho era um pecado gravíssimo –
Inclusive é o Nono Mandamento.
Jamais devemos mentir sobre um fato. A
mentira é proibida para um cristão. Nunca devemos mentir. Dar um falso
testemunho para proteger uma pessoa amiga quando ela está errada, não agrada a
Deus. Por isso, é melhor não ficar dando
opinião em tudo. Falar somente o necessário sobre as pessoas é uma boa atitude.
Deus ama a
verdade. Deus ama a palavra verdadeira. A mentira ou a falsidade é abominável.
Um cristão deve ser uma pessoa
totalmente confiável.
2
– O PECADO DE TOCAR COISAS IMPURAS – VS 2-3
2 ou
quando alguém tocar em alguma coisa imunda, seja corpo morto de besta-fera
imunda, seja corpo morto de animal imundo, seja corpo morto de réptil imundo,
ainda que lhe fosse oculto, e tornar-se imundo, então, será culpado;
3 ou
quando tocar a imundícia de um homem, seja qual for a imundícia com que se faça
imundo, e lhe for oculto, e o souber depois, será culpado;
Deus
é santo, por isso, ama a pureza e abomina o que é impuro.
Este segundo pecado era tocar em algum
animal morto ou em alguma coisa humana que fosse proibido na Lei de Deus.
Depois vamos ter neste mesmo livro a descrição do que era proibido.
A lição é que Deus ama a pureza, o que é
limpo.
Deus não suporta sujeira e queria que
seu povo fosse limpo. Era pecado não ser limpo. Por isso ele chamava todos a
serem santos. Santidade é limpeza total. Do corpo e da alma. O Salmo 14 – diz – mãos limpas e coração
puro.
Tiago 1.27 - A religião pura e sem mácula, para com o nosso
Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si
mesmo guardar-se incontaminado do mundo.
Colossenses
3. 5 Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza,
paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;
6 por
estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência].
7 Ora,
nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas.
8 Agora,
porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade,
maledicência, linguagem obscena do vosso falar.
9 Não
mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus
feitos
10 e
vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou;
1
Tessalonicenses 4.7 - Deus não nos chamou
para a impureza, e sim para a santificação.
3
– O PECADO DO JURAMENTO – V.4,5
4 ou
quando alguém jurar temerariamente com seus lábios fazer mal ou fazer bem, seja
o que for que o homem pronuncie temerariamente com juramento, e lhe for oculto,
e o souber depois, culpado será numa destas coisas.
5 Será,
pois, que, sendo culpado numa destas coisas, confessará aquilo em que pecou.
Deus
é santo e ama aquilo que ele santifica.
Quem fala a verdade não precisa jurar. O
juramento é uma coisa muito séria. Não que não podemos jurar. Podemos jurar
amizade com alguém. Jurar fidelidade, como os casais fazem. O Senhor mesmo
jurou cumprir a aliança. Mas Jesus disse
para não jurar, para que não corrêssemos o risco de estar pecando. Ver Mateus
5.34 - Entretanto, Eu vos afirmo: Não jureis de forma alguma; nem pelos céus, que
são o trono de Deus; 35nem pela terra, por ser o estrado onde repousam seus pés; nem por Jerusalém,
porque é a cidade do grande Rei.
Mateus 23. 16
- Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada;
mas, se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou!
17 Insensatos
e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o santuário que santifica o ouro?
18 E
dizeis: Quem jurar pelo altar, isso é nada; quem, porém, jurar pela oferta que
está sobre o altar fica obrigado pelo que jurou.
19 Cegos!
Pois qual é maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
20 Portanto,
quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo o que sobre ele está.
21 Quem
jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita;
Os juramentos era a banalização das
palavras e das coisas pelo que se jurava. No caso, as coisas pelas quais se
estava jurando, valia menos que as palavras que a pessoa falava.
O principal motivo para proibição do
juramento banal era justamente a banalização daquilo que era sagrado. Deus
expressava-se por meio de coisas sagradas. Sagrado era seu nome. Os pagãos
juravam pelos seus deuses. Eles até mesmo amaldiçoavam seus deuses. A proibição
do juramente era para que as pessoas não caíssem no pecado do sacrilégio, da
profanação, da prevaricação e da blasfêmia.
II
– A SOLUÇÃO PARA ESTES PECADOS – VS 6-
13
1
– AS OFERTAS PODERIAM SER DE ACORDO COM
O QUE A PESSOA PODIA. VS 6-11
6 Como
sua oferta pela culpa, pelo pecado que cometeu, trará ele ao SENHOR, do gado
miúdo, uma cordeira ou uma cabrita como oferta pelo pecado; assim, o sacerdote,
por ele, fará expiação do seu pecado.
7 Se
as suas posses não lhe permitirem trazer uma cordeira, trará ao SENHOR, como
oferta pela culpa, pelo pecado que cometeu, duas rolas ou dois pombinhos: um
como oferta pelo pecado, e o outro como holocausto.
8 Entregá-los-á
ao sacerdote, o qual primeiro oferecerá aquele que é como oferta pelo pecado e
lhe destroncará, com a unha, a cabeça, sem a separar do pescoço.
9 Do
sangue da oferta pelo pecado aspergirá sobre a parede do altar e o restante do
sangue, fá-lo-á correr à base do altar; é oferta pelo pecado.
10 E
do outro fará holocausto, conforme o estabelecido; assim, o sacerdote, por ele,
fará oferta pelo pecado que cometeu, e lhe será perdoado.
11 Porém,
se as suas posses não lhe permitirem trazer duas rolas ou dois pombinhos,
então, aquele que pecou trará, por sua oferta, a décima parte de um efa de flor
de farinha como oferta pelo pecado; não lhe deitará azeite, nem lhe porá em
cima incenso, pois é oferta pelo pecado.
A
condição social não é impedimento para cultuar a Deus.
Quem tinha condições deveria oferecer
uma oferta de maior valor.
Os mais pobres poderiam oferecer ofertas
mais simples.
Se alguém fosse muito pobre, poderia
trazer um pouco de farinha, e isso seria aceito. Assim o gasto com a oferta
pelo pecado era reduzido mais que qualquer outro, para ensinar que a pobreza
não obstrui o caminho do perdão a alguém. Da mesma forma, uma lição paralela é
que todos podem colaborar com as coisas que pertencem a Deus.
Se
o transgressor trazia duas rolas, uma era para oferta pelo pecado e a outra
para o holocausto.
Devemos nos certificar primeiramente que
nossa paz esteja estabelecida com Deus, e então podemos esperar que nossos
serviços para sua glória sejam aceitos por Ele. Quando se oferecia farinha, não
se devia fazer de maneira que fosse agradável ao paladar com azeite, nem ao
olfato com incenso, para indicar como o pecado é odioso.
Por meio destes sacrifícios, Deus falava de
consolo para os que haviam pecado, a fim de que não se desesperassem nem se
enfraquecessem em seus pecados. De igual forma falava de cautela para não
pecarem mais, a fim de recordar quão incômodo era fazer expiação
2 -
OS SACERDOTES DEVERIAM OFERECER ESTAS OFERTAS AO SENHOR VS 12-13
12 Entregá-la-á ao sacerdote, e o
sacerdote dela tomará um punhado como porção memorial e a queimará sobre o
altar, em cima das ofertas queimadas ao SENHOR; é oferta pelo pecado.
13 Assim, o sacerdote, por ele,
fará oferta pelo pecado que cometeu em alguma destas coisas, e lhe será
perdoado; o restante será do sacerdote, como a oferta de manjares.
O sacerdote era o represente de Deus
entre o povo.
O sacerdote era um homem escolhido por
Deus para oferecer sacrifícios pelos pecadores. Eles deveriam primeiro oferecer sacrifícios
por eles mesmos e depois fazer os sacrifícios pelo povo. Eles deveriam ser da
tribo de Levi.
Eles representavam Jesus. Jesus foi o
nosso sacerdote que ofereceu o melhor sacrifício, porque era o melhor
sacerdote.
Hoje não existe mais sacerdotes, porque
Jesus é o nosso sacerdote.
Ele ofereceu a oferta por nossos
pecados. A oferta era ele mesmo.
Hebreus 4.
14 - Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que
penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão.
15 Porque
não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. 16 Acheguemo-nos,
portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos
misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.
O QUE PODEMOS CONCLUIR DIANTE DO QUE FOI
EXPOSTO:
A verdade deve nos acompanhar a vida em toda a vida e em todos os sentidos. A
verdade é um pressuposto divino.
A Palavra de Deus é a Verdade. O Senhor Jesus Cristo é a Verdade. O
Espírito Santo é o Espírito da Verdade.
Assim como Deus odeia o que é impuro, também nós devemos zelar pela pureza em
nossa vida. Façamos uma limpeza em nossa vida.
Amemos tudo o que
é limpo.
O que Deus considera impuro e imundo – assim também devemos considerar
– pois somos o seu povo.
Não podemos banalizar aquilo que é sagrado.
Aquilo que
é prescrito pelas Escrituras não pode ser relativizado. O povo de Israel foi
chamado a ser separado das outras nações. Este é o sentido do livro de
Levítico. A igreja é o povo de Deus, e fomos separados para sermos santos, ou
seja pensar como Deus pensa neste mundo miserável e imundo. Nesta cultura
imunda.
1
Pedro 2.9 - Vós, porém, sois raça eleita,
sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz;
Não há um impedimento, que seja ou
sirva de justificativa, motivo ou desculpa para não cultuarmos a Deus.
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