sábado, 27 de julho de 2019

A Consagração dos sacerdotes - Exposições em Levítico nº 14



Sermão pregado em 9 de novembro de 2018 na Capela Misssional, em Porto Alegre.

                                               Exposição em Levítico nº 14

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                                               A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES
Texto: Levítico 8

 Ao lermos sobre as ofertas e sobre o sacerdócio, estamos lendo sobre a obra de Jesus em nosso favor.

Neste capítulo, temos a escolha dos sacerdotes. Os primeiros sacerdotes foram escolhidos – era Arão e seus filhos.
Foi um grande acontecimento. O sacerdote seria a maior autoridade dentre o povo. Eles ofereciam sacrifícios, fariam todo o cerimonial, ensinariam a Lei e legislariam, aplicariam a Lei de Deus para que o povo andasse de acordo com a vontade de Deus.
Mais tarde, quando a classe sacerdotal se afastou de Deus, foram levantados profetas para falar em nome de Deus. Mas isso, foi bem depois.
O sacerdote teria que ser da tribo de Levi, não poderia ser de outra tribo. Eles teriam que cumprir toda a exigência de santidade ordenadas por Deus.
Eles eram os mediadores entre o povo e Deus.
Porque os sacerdotes? Eles eram  tipos de Cristo. Eles representavam Jesus até que ele viesse.

1 - A ordenação dos sacerdotes deveria seguir a prescrição divina. V.1,2   Disse mais o SENHOR a Moisés:
2 Toma Arão, e seus filhos, e as vestes, e o óleo da unção, como também o novilho da oferta pelo pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos pães asmos 
A ordenança divina é porque tudo teria um significado determinado. O sacerdócio era uma administração do Pacto divino. O sacerdócio também apontava para o ofício sacerdotal de Jesus, o verdadeiro sacerdote onde o sacerdócio do Antigo Testamento foi cumprido.
A primeira providencia foi a escolha de Arão e seus filhos para o sacerdócio.

2 – O povo todo deveria ser reunido, pois os termos do Pacto tornava Israel uma congregação. Vs 3,4   e ajunta toda a congregação à porta da tenda da congregação.
4 Fez, pois, Moisés como o SENHOR lhe ordenara, e a congregação se ajuntou à porta da tenda da congregação.
Todo o povo foi reunido. Lembrando, que eles tinham saído do Egito, todas as tribos juntas e estavam morando no deserto em tendas. Eram milhares de tendas. No meio das tendas, foi construído o tabernáculo. Eles formariam uma nação sacerdotal. O sacerdócio desenvolveria sua missão em favor da congregação. Jesus cumpriu a missão como sacerdote, pois sua obra sacerdotal foi em favor da verdadeira congregação de Deus, a igreja.

3 – A santificação dos sacerdotes estava representada na água derramada sobre eles. V.6  E fez chegar a Arão e a seus filhos e os lavou com água.
Deus não aceita menos do que santidade e pureza. Aqueles que o representam, são santificados, separados para ele, purificados de seus pecados.
Água era derramada sobre o sacerdote – Jesus era a fonte de águas purificadoras que limpa o pecador. O sacerdote era purificado com água – Jesus purifica, pois ele é a água da vida.

4 – O sacerdote seria distinguido pelas suas vestes peculiares. VS 7-9,13 Vestiu a Arão da túnica, cingiu-o com o cinto e pôs sobre ele a sobrepeliz; também pôs sobre ele a estola sacerdotal, e o cingiu com o cinto de obra esmerada da estola sacerdotal, e o ajustou com ele. 8 Depois, lhe colocou o peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim;
9 e lhe pôs a mitra na cabeça e na mitra, na sua parte dianteira, pôs a lâmina de ouro, a coroa sagrada, como o SENHOR ordenara a Moisés.
13 Também Moisés fez chegar os filhos de Arão, e vestiu-lhes as túnicas, e cingiu-os com o cinto, e atou-lhes as tiaras, como o SENHOR lhe ordenara.
Estas vestes eram para “ glória e ornamento”, ou seja além de servir para distinguir o sacerdote em seu ofício, também serviria para os propósitos divinos segundo o significado real do sacerdócio.
Eles eram vestidos com roupas especiais – A roupa do sacerdote, representava as perfeições de Jesus.

5 – A consagração ou separação para o ofício seria representado pelo derramamento de óleo sobre a cabeça do sacerdote. Vs10-12  Então, Moisés tomou o óleo da unção, e ungiu o tabernáculo e tudo o que havia nele, e o consagrou; 11 e dele aspergiu sete vezes sobre o altar e ungiu o altar e todos os seus utensílios, como também a bacia e o seu suporte, para os consagrar. 12 Depois, derramou do óleo da unção sobre a cabeça de Arão e ungiu-o, para consagrá-lo.
Esta é a unção – o ato de derramar óleo. O termo aqui é Massah, de onde vem o nosso termo Messias, o ungido. Existia vários tipos de “unções”. Por exemplo no Salmo 23 – está escrito – ‘unges a minha cabeça com óleo” – ali não é esta unção, mas o termo ali é “dashen” – que era ungir ou passar óleo. Existia também a expressão Sukh – quando Noemi diz para Rute “banha-te e unge-te” (para se encontrar com Boaz em Rute 3.3 – ali o significado é passar o óleo para perfumar-se.
Óleo era derramado sobre a cabeça do sacerdote – Jesus era o ungido de Deus. Hb 1.8-9
6 E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. 7 Ainda, quanto aos anjos, diz: Aquele que a seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labareda de fogo; 8 mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de equidade é o cetro do seu reino. 9 Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros. 10 Ainda: No princípio, Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os céus são obra das tuas mãos;

6 -  Na consagração dos sacerdotes deveria ser oferecido todas as ofertas expiatórias, ou que tinham relação com o pecado deles. Vs14 - 25
14 Então, fez chegar o novilho da oferta pelo pecado; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do novilho da oferta pelo pecado;
15 e Moisés o imolou, e tomou o sangue, e dele pôs, com o dedo, sobre os chifres do altar em redor, e purificou o altar; depois, derramou o resto do sangue à base do altar e o consagrou, para fazer expiação por ele. 16 Depois, tomou toda a gordura que está sobre as entranhas, e o redenho do fígado, e os dois rins, e sua gordura; e Moisés os queimou sobre o altar. 17 Mas o novilho com o seu couro, e a sua carne, e o seu excremento queimou fora do arraial, como o SENHOR ordenara a Moisés. 18 Depois, fez chegar o carneiro do holocausto; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro. 19 E Moisés o imolou e aspergiu o sangue sobre o altar, em redor. 20 Partiu também o carneiro nos seus pedaços; Moisés queimou a cabeça, os pedaços e a gordura. 21 Porém as entranhas e as pernas lavou com água; e Moisés queimou todo o carneiro sobre o altar; holocausto de aroma agradável, oferta queimada era ao SENHOR, como o SENHOR ordenara a Moisés.
22 Então, fez chegar o outro carneiro, o carneiro da consagração; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro.
23 E Moisés o imolou, e tomou do seu sangue, e o pôs sobre a ponta da orelha direita de Arão, e sobre o polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito. 24 Também fez chegar os filhos de Arão; pôs daquele sangue sobre a ponta da orelha direita deles, e sobre o polegar da mão direita, e sobre o polegar do pé direito; e aspergiu Moisés o resto do sangue sobre o altar, em redor. 25 Tomou a gordura, e a cauda, e toda a gordura que está nas entranhas, e o redenho do fígado, e ambos os rins, e a sua gordura, e a coxa direita.

Os sacerdotes ofereciam sacrifícios por si mesmos – Jesus é o sacrifício. Todos os sacrifícios representavam Jesus. Jesus, portanto, é o sacerdote e o sacrifício. Ele é o nosso mediador e o nosso sacrifício. Hebreus 7.22-28  por isso mesmo, Jesus se tem tornado fiador de superior aliança. 23 Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar; 24 este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável. 25 Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. 26 Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, 27 que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu. 28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre.

7 -  Na consagração dos sacerdotes, também deveria ser oferecidas as ofertas relacionadas à comunhão com Deus. v.26 Também do cesto dos pães asmos, que estava diante do SENHOR, tomou um bolo asmo, um bolo de pão azeitado e uma obreia e os pôs sobre a gordura e sobre a coxa direita.
Jesus, sendo o sacerdote e a oferta ele não apenas é a oferta pelos pecados. Ele não apenas salva o pecador da culpa. Ele não apenas salva o pecador da condenação. Mas sendo a oferta de comunhão – de manjares e pacifica – ele garante acesso a Deus. Jesus é nossa oferta de comunhão – de manjares e pacifica.
Hebreus 9.24 -28  Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; 25 nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. 26 Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. 27 E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, 28 assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.
 
8 - Na consagração dos sacerdotes, deveriam ser oferecidas as ofertas relacionadas aos benefícios da congregação. VS 29-32  Tomou Moisés o peito e moveu-o por oferta movida perante o SENHOR; era a porção que tocava a Moisés, do carneiro da consagração, como o SENHOR lhe ordenara.
30 Tomou Moisés também do óleo da unção e do sangue que estava sobre o altar e o aspergiu sobre Arão e as suas vestes, bem como sobre os filhos de Arão e as suas vestes; e consagrou a Arão, e as suas vestes, e a seus filhos, e as vestes de seus filhos.
31 Disse Moisés a Arão e a seus filhos: Cozei a carne diante da porta da tenda da congregação e ali a comereis com o pão que está no cesto da consagração, como tenho ordenado, dizendo: Arão e seus filhos a comerão.
32 Mas o que restar da carne e do pão queimareis.

Assim como a sacerdote oficiava em favor da congregação, Jesus em sua obra beneficia o seu povo. Hebreus 8.1 -  Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus,
Hebreus 4.14-16 Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. 15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. 16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.


9 – O ofício sacerdotal exigiria deles obediência incondicional ao Senhor. Vs 33 -36
Aqui Cristo é representado, pois sua obra foi de obediência ao Pai. Hebreus 2. 9-10, 17-18 /   9 vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem. 10 Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles. 17 Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. 18 Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.
Vejam que ao lermos sobre os sacrifícios, estamos lendo sobre Jesus.
Ao lermos sobre o sacerdócio, estamos lendo sobre Jesus.
Devemos encontrar Jesus lendo este texto. É sobre Jesus. É sobre nossa visão da vida cristã.
Jesus cumpriu o sacerdócio, sendo ele o verdadeiro sacerdote.
Jesus ao cumprir o sacerdócio aboliu o sistema sacerdotal, uma vez que este sistema era uma sombra de Cristo.
Jesus ao cumprir o sacerdócio tornou-se o último sacerdote.
O sacerdote era o mediador entre Deus e o povo. Ele oferecia as ofertas a Deus, intercendo pelo pelo povo.
Hoje não temos mais sacerdotes, pois Jesus foi o último e é o único sacerdote que temos.
O povo de Israel era um povo sacerdotal, pois os sacerdotes eram seus representantes.
Hoje a igreja é o povo sacerdotal, justamente porque temos Jesus como sacerdote que é nosso mediador.
É importante que saibamos disso: hoje ninguém leva mais ninguém diante de Deus a não ser Jesus.
É importante saber que, não existe mais ofertas que nos aproximem de Deus, pois Jesus foi a oferta definitiva e a única que realmente valeu, antes e depois de seu sacrifício, pois a anteriores tinha valor apenas porque antecipavam sua morte na cruz.
É importante saber que ninguém mais nos representa diante de Deus a não ser Jesus.
É importante saber que não dependemos de ninguém para nos aproximar de Deus a não ser de Jesus.
É importante saber que não dependemos da bênção de ninguém para sermos abençoados a não ser de Jesus.
Se alguém diz ser teu sacerdote está te enganando.
Se alguém diz que você depende de ofertas, de sacrifícios para ser abençoado está enganando e mentindo.
Se alguém diz que depende dele, da bênção dele para você ser abençoado é mentira. Maldito seja, por negar a suficiência de Jesus.
Jesus é o nosso sacerdote. Único. Suficiente! Para sempre.


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