domingo, 28 de julho de 2019

O Culto é para Deus e deve ser de acordo com sua regulamentação - Exposições em Levítico nº 16

Sermão pregado em 02 de Dezembro de 2018, na Capela Missional em Porto Alegre

                                              Exposições em Levítico nº 16




                                        A PROFANAÇÃO DO CULTO
Texto   -  Levítico 10

O culto é para Deus, e deve ser feito de acordo com a regulamentação do próprio Deus, por meio de sua Santa Palavra.

Esta narrativa nos fala sobre a primeira experiência relatada sobre o culto no santuário. Deus havia regulamentado toda a forma e conteúdo do sacrifício. Como fazer, detalhe por detalhe. Os papéis dos sacerdotes e dos sumo sacerdotes, que tipo de ofertas eles poderiam oferecer.
Quando os dois jovens foram oferecer o primeiro sacrifício, foram fulminados pelo Senhor. O texto diz que eles ofereceram “fogo estranho ao Senhor, que o Senhor não ordenara”.
Provavelmente eles usaram um fogo que não era do Incensário de onde os sacerdotes deveriam pegar o fogo para os sacrifícios (EX 30.9 e Lv 16.12). O que podemos concluir que eles, por arrogância e desobediência às normas do culto, ofereceram o que não deveriam ter oferecido perante o Senhor.
A consequência foi que eles foram fulminados quando o fogo verdadeiro, o do Senhor desceu. Não houve um incêndio, mas uma espécie de raio, porque eles foram consumidos, mas as vestes não.
O texto dá a entender que inclusive eles estavam bêbados ou sob efeito de bebidas. É isso que mostra o registro do verso 9, quando o Senhor proíbe o uso de bebidas antes dos sacerdotes entrarem no santuário.
 O texto deixa bem claro a necessidade de distinguir o que é santo e o que é profano. Entre aquilo que é para ser oferecido e o que não pode ser oferecido ao Senhor (v.10). O texto também nos indica por meio das intervenções de Moisés declarando a Palavra do Senhor que a pregação da Palavra, a santa proclamação da vontade de Deus é que regulamenta o culto (VS 6 ao 20).

Vamos passo a passo ver o que aconteceu.
I - OFERECERAM O QUE SENHOR NÃO HAVIA ORDENADO. V.1
Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara.
Eles foram cultuar ao Senhor com elementos estranhos  a tudo o que fora instruído. Eles ofereceram um sacrifício adequado a eles mesmos. Um culto conveniente a eles.

II - O CULTO COM FOGO ESTRANHO FOI CONSIDERADO UMA PROFANAÇÃO PELO SENHOR. V.2 Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.
O culto deve ser de acordo com o que Senhor ordenou. Não pode ser oferecido de acordo com o desejo humano, nem imaginação humana, mas de acordo com o desejo ou vontade do Senhor.

III - O CULTO AO SENHOR DEVERIA SER CONFORME SUA SANTIDADE. V.3 E falou Moisés a Arão: Isto é o que o SENHOR disse: Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão se calou.
O que as pessoas não entendem é que o culto é para Deus. Não se deve desprezar o culto. Não se deve negligenciar ao culto. O culto é um tributo, uma homenagem, uma celebração à santidade de Deus.

IV – AO OFERECER UM CULTO DE ACORDO COM A PRÓPRIA VONTADE, ELES EXPUSERAM A PRÓPRIA CONGREGAÇÃO AO JUÍZO. VS 4-6
4 Então, Moisés chamou a Misael e a Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão, e disse-lhes: Chegai, tirai vossos irmãos de diante do santuário, para fora do arraial.
5 Chegaram-se, pois, e os levaram nas suas túnicas para fora do arraial, como Moisés tinha dito.
6 Moisés disse a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não desgrenheis os cabelos, nem rasgueis as vossas vestes, para que não morrais, nem venha grande ira sobre toda a congregação; mas vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentem o incêndio que o SENHOR suscitou.
O culto oferecido de acordo com a vontade humana é uma abominação ao Senhor.
Ao não seguir a determinação divina, eles ofenderam ao Senhor, porque consideraram que poderiam cultuar, oferecer a oferta de acordo com a própria determinação e vontade.
As roupas que eles estavam usando não queimaram, mas tiveram que ser levadas para fora do acampamento porque foram consideradas impuras.

V – OS SACERDOTES, POR REPRESENTAREM ALGO MAIOR, DEVERIAM AGIR DE ACORDO COM O PROPÓSITO PARA O QUE FORAM CHAMADOS. V.77 Não saireis da porta da tenda da congregação, para que não morrais; porque está sobre vós o óleo da unção do SENHOR. E fizeram conforme a palavra de Moisés.
Os outros sacerdotes não deveriam nem mesmo lamentar o ocorrido. Sobre eles estavam a ‘unção” ou seja, eles foram consagrados para oferecer o culto santo ao Senhor. Não deveriam lamentar a morte daqueles que tentaram profanar o culto, tendo eles a mesma unção.
O sacerdócio foi instituído por Deus para antecipar por meio de sombras o verdadeiro sacerdote que haveria de vir. O sacerdote da Antiga Aliança, apontava para algo maior, sendo assim ele estava de posse de um título e uma função sagrada por aquilo que ele representava. Ele deveria agir de acordo com seu encargo.

VI – ELEMENTOS NÃO ORDENADOS NO CULTO  SERIAM PROFANAÇÃO.VS 8-11
8 Falou também o SENHOR a Arão, dizendo:
9 Vinho ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações,
10 para fazerdes diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo
11 e para ensinardes aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado por intermédio de Moisés.
Temos lido o texto. Temos as Escrituras. Se o culto não for segundo as Escrituras, podemos fazer qualquer coisa e dizer que é culto.
No culto, aquilo que não é fruto da revelação é profanação
O culto é santo, porque é a um Deus santo. Não se deve tratar o culto com descaso. O culto não prescrito é culto falso. E colocar elementos estranhos à Palavra no culto é profanação.

VII – AS INSTRUÇÕES DO SENHOR DEVERIAM SER O CENTRO DO CULTO.    VS 12-19
12 Disse Moisés a Arão e aos filhos deste, Eleazar e Itamar, que lhe ficaram: Tomai a oferta de manjares, restante das ofertas queimadas ao SENHOR, e comei-a, sem fermento, junto ao altar, porquanto coisa santíssima é.
13 Comê-la-eis em lugar santo, porque isto é a tua porção e a porção de teus filhos, das ofertas queimadas do SENHOR; porque assim me foi ordenado.
14 Também o peito da oferta movida e a coxa da oferta comereis em lugar limpo, tu, e teus filhos, e tuas filhas, porque foram dados por tua porção e por porção de teus filhos, dos sacrifícios pacíficos dos filhos de Israel.
15 A coxa da oferta e o peito da oferta movida trarão com as ofertas queimadas de gordura, para mover por oferta movida perante o SENHOR, o que será por estatuto perpétuo, para ti e para teus filhos, como o SENHOR tem ordenado.
16 Moisés diligentemente buscou o bode da oferta pelo pecado, e eis que já era queimado; portanto, indignando-se grandemente contra Eleazar e contra Itamar, os filhos que de Arão ficaram, disse:
17 Por que não comestes a oferta pelo pecado no lugar santo? Pois coisa santíssima é; e o SENHOR a deu a vós outros, para levardes a iniqüidade da congregação, para fazerdes expiação por eles diante do SENHOR.
18 Eis que desta oferta não foi trazido o seu sangue para dentro do santuário; certamente, devíeis tê-la comido no santuário, como eu tinha ordenado.
19 Respondeu Arão a Moisés: Eis que, hoje, meus filhos ofereceram a sua oferta pelo pecado e o seu holocausto perante o SENHOR; e tais coisas me sucederam; se eu, hoje, tivesse comido a oferta pelo pecado, seria isso, porventura, aceito aos olhos do SENHOR?

O culto deveria ser oferecido da forma correta de acordo com as prescrições do senhor tendo a proclamação da palavra o centro do culto.
Estes últimos versos mostram como Moisés não apenas instrui como dever ser, mas também mostra na prática.
Veja que Moisés usou a revelação divina para consertar o culto profano que foi oferecido. A maior parte da narrativa são as instruções de Moisés, proclamando a revelação do Senhor.
Uma vez que o culto do Antigo Testamento foi cumprido plenamente na pessoa e obra de Jesus, o nosso culto deve ser em torno dele. Nosso culto, mais do que nunca deve ser regulamentado pelas Escrituras. Aquilo que está nas Escrituras deveria ser suficiente para oferecemos no nosso culto ao Senhor.

O que deve fazer parte do culto: Cânticos, Leitura da Palavra, Pregação e orações. Acrescente-se os sacramentos: A Ceia do Senhor e o batismo. Mais nada é previsto ou prescrito na Palavra.

Vejam se não faz sentido as seguintes palavras:
Calvino: Não podemos adotar artifício em nosso culto que pareça satisfazer a nós mesmos, e sem levar em conta as exortações daquele que tem o direito de prescrevê-las. Portanto, se desejamos que ele aprove nosso culto, esta regre que ele mesmo enfatiza com muita rigidez, tem de ser observada com zelo.
Calvino: Deus reprova todos os tipos de cultos não sancionados expressamente por sua Palavra.
John Hooper – “Na igreja não deve ser utilizado nada que não tenha a aprovação expressa das Escrituras. Que não traga qualquer proveito quando utilizado e nenhum prejuízo quando omitido.”

O culto todo deve ser em torno da Santíssima Trindade. Ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Tudo o que fizermos no culto deve ser para a glória de Deus.
O culto antropocêntrico, centrado nas emoções humanas, sensível aos interessados, nada disso é o culto bíblico.
O culto bíblico é centrado em Deus. Centrado no Evangelho. Centrado na obra da cruz.
A música precisa ser bíblica. A música precisa ser extraída da Palavra.
A oração precisa ser de acordo com a vontade de Deus, como todas as orações verdadeiras.
A pregação deve ser centrada na Palavra. Centrada no Evangelho e que anuncie a pessoa e a obra de Cristo para a glória de Deus.
Tyndale – Busque a Palavra de Deus em todas as coisas, e sem ela não faça nada, mesmo que pareça glorioso.
Confissão de Fé de Westminster – A forma aceitável de cultuar ao Deus verdadeiro é instituída por ele mesmo e é limitada por sua vontade revelada, de modo que ele não pode ser cultuado segundo as imaginações e invenções humanas, nem segundo as sugestões de Satanás, sob alguma representação visível, ou por qualquer outra forma não prescrita da Sagrada Escritura.

O alvo do culto do ponto de vista de Deus é que conheçamos a obra de seu filho. É que conheçamos a Cristo na cruz.
No culto, Cristo deve ser mostrado vindo ao mundo para salvar os pecadores.
No culto, Cristo deve ser mostrado “padecendo sob o poder de Pôncio Pilatos, sendo crucificado, morto e sepultado” – por nós pecadores.
No culto, Cristo deve ser mostrando – ressuscitado. “Ressurgiu dos mortos ao terceiro dia, está assentado à direita de Deus Pai, Todo Poderoso.”
No culto, Cristo deve ser mostrado vivo e presente com seu povo. Até que ele venha, glorioso, para finalmente – nos mostrar o mundo que há de vir.

Dito isto, eu preciso fazer algumas considerações finais.
Valorizemos o culto como regulamentado e determinado por Deus, zelando pelo culto bíblico em sua forma e essência.
Não despreze a importância do culto – pois o culto é para Deus e é o meio de sermos alimentados, instruídos, conduzidos, incluídos na igreja e ministrados por Ele.
É pecado negligenciar o culto, uma vez que o culto é para Deus e na para nós.
O culto não deveria ser aquele evento que fica na primeira opção de descarte em caso de uma agenda cheia no final de semana.
Ensine a sua família o que é culto, a importância do culto e como o Culto deve ser o centro da vida familiar.
O culto sendo é um meio de graça, onde Deus ministra à família.
A família recebe as manifestações da graça, participando do culto.
Que venhamos sempre à presença do Senhor – com um culto verdadeiro, espontâneo, apaixonado – em nome de Cristo – para a glória de Deus.

sábado, 27 de julho de 2019

O Primeiro Sacrifício e a Manifestação da Glória de Deus - Exposições em Levítico nº 15

Sermão pregado em 18 de novembro de 2018 na Capela Missional em Porto Alegre


                                                  Exposições em Levítico nº 15

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                                           A OBEDIÊNCIA E A APROVAÇÃO DE DEUS
Texto: Levítico 9

No primeiro sacrifício da era sacerdotal, Deus mesmo acendeu o fogo no altar.

No primeiro sacrifício da era sacerdotal, Deus mesmo acendeu o fogo sobre o altar.
Este fogo sobre o altar foi a manifestação da sua glória.
A manifestação de sua glória apontava para aquilo que aqueles sacrifícios representavam que era a glória do último sacrifício que aconteceria na cruz, quando o próprio Filho de Deus, Jesus, foi oferecido como oferta para salvação dos pecadores, para a glória de Deus.

No final do capítulo 8 vimos que depois que os sacerdotes foram consagrados, eles ficaram 7 dias dentro da tenda sem poder sair. Era uma ordem divina. Era um teste de obediência. O sacerdote precisava demonstrar que era totalmente obediente a Deus.
No capitulo 9 eles podem sair e deveriam oferecer dois sacrifícios – um por eles mesmos e outro pelo povo todo. Depois do sacrifício, Deus promete que sua glória iria se manifestar.
Eles oferecem o sacrifício e depois disso a glória do Senhor realmente se manifesta. Esta glória se manifestou em forma de fogo que desceu sobre o altar do sacrifício.

                                           I – NOTAS TEXTUAIS
1 –  DEUS PROMETE MANIFESTAR SUA GLÓRIA AOS SACERDOTES. – VS 1 - 6
1 Ao oitavo dia, chamou Moisés a Arão, e a seus filhos, e aos anciãos de Israel
2 e disse a Arão: Toma um bezerro, para oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto, ambos sem defeito, e traze-os perante o SENHOR.
3 Depois, dirás aos filhos de Israel: Tomai um bode, para oferta pelo pecado, um bezerro e um cordeiro, ambos de um ano e sem defeito, como holocausto;
4 e um boi e um carneiro, por oferta pacífica, para sacrificar perante o SENHOR, e oferta de manjares amassada com azeite; porquanto, hoje, o SENHOR vos aparecerá.
5 Então, trouxeram o que ordenara Moisés, diante da tenda da congregação, e chegou-se toda a congregação e se pôs perante o SENHOR.
6 Disse Moisés: Esta coisa que o SENHOR ordenou fareis; e a glória do SENHOR vos aparecerá.
Veja que Deus pede três ofertas – holocausto que era para tratar a questão do pecado.
A Pacífica e Banquete para o relacionamento com Deus.
Os sacerdotes haviam sido nomeados e consagrados. Para que estivessem aptos a oficiar em favor do povo, eles deveriam estar qualificados. Aprovados por Deus. Eles seriam mediadores de Deus com o povo. Ele foram submetidos a um teste de obediência.
A glória se referia à manifestação divina entre o povo. O termo glória no hebraico é Kabod ou Kavod – significava o “peso ou valor”. Por exemplo, a gordura era a glória do animal, pois era o que lhe dava valor. Também significava “excelência”, “majestade”, “grandeza”. No grego do NT é Doxa, que significa brilho, fulgor, majestade.
Por isso, Deus diz que iria fazer aparecer sua glória – que era mostrar que ele estaria presente.
 2 – O ESTABELECIMENTO DO SISTEMA DE SACRIFICIOS PELOS SACERDOTES. V.7
 Depois, disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar, faze a tua oferta pelo pecado e o teu holocausto; e faze expiação por ti e pelo povo; depois, faze a oferta do povo e a expiação por ele, como ordenou o SENHOR.
Deus exige que seja oferecido sacrifício pelo pecado dos sacerdotes e também pelo pecado do povo.
Havia a necessidade antes da manifestação da glória de Deus, antes de Deus se manifestar – de que fossem oferecidas ofertas em favor dos próprios sacerdotes e pelo povo. Deus se manifestaria em resposta aos sacrifícios. Lembrando que este era o sistema de culto da Antiga Aliança. Na Nova Aliança, Jesus cumpriu este sistema e ele é o sistema.
 3 – A NECESSIDADE DE TRATAR O PECADO. VS 8-16
8 Chegou-se, pois, Arão ao altar e imolou o bezerro da oferta pelo pecado que era por si mesmo.
9 Os filhos de Arão trouxeram-lhe o sangue; ele molhou o dedo no sangue e o pôs sobre os chifres do altar; e o resto do sangue derramou à base do altar. 10 Mas a gordura, e os rins, e o redenho do fígado da oferta pelo pecado queimou sobre o altar, como o SENHOR ordenara a Moisés. 11 Porém a carne e o couro queimou fora do arraial. 12 Depois, imolou o holocausto, e os filhos de Arão lhe entregaram o sangue, e ele o aspergiu sobre o altar, em redor. 13 Também lhe entregaram o holocausto nos seus pedaços, com a cabeça; e queimou-o sobre o altar.
14 E lavou as entranhas e as pernas e as queimou sobre o holocausto, no altar. 15 Depois, fez chegar a oferta do povo, e, tomando o bode da oferta pelo pecado, que era pelo povo, o imolou, e o preparou por oferta pelo pecado, como fizera com o primeiro.
16 Também fez chegar o holocausto e o ofereceu segundo o rito.
O primeiro sacrifício foi pelo pecado, tanto do sacerdote como do povo.
Esta era a demonstração da sublimidade de Deus e sua santidade. Só pode existir um Deus se ele for santo, caso contrário não seria Deus. Ver Deus como santo. Entender Deus como santo, nos leva a crer na sua justiça, na sua bondade e no seu amor. Principalmente na sua justiça. A santidade é o que dá credibilidade. O termo santo é Kadosh – que significa Separado. Aquele que é separado, superior, excelso, que está acima, que é puro, que é absolutamente perfeito. A necessidade de tratar o pecado tanto do sacerdote como do povo é devido à santidade de Deus.
4 –  O RELACIONAMENTO PACTUAL ENTRE DEUS E O POVO. Vs 17-22
17 Fez chegar a oferta de manjares, e dela tomou um punhado, e queimou sobre o altar, além do holocausto da manhã.
18 Depois, imolou o boi e o carneiro em sacrifício pacífico, que era pelo povo; e os filhos de Arão entregaram-lhe o sangue, que aspergiu sobre o altar, em redor,
19 como também a gordura do boi e do carneiro, e a cauda, e o que cobre as entranhas, e os rins, e o redenho do fígado.
20 E puseram a gordura sobre o peito, e ele a queimou sobre o altar;
21 mas o peito e a coxa direita Arão moveu por oferta movida perante o SENHOR, como Moisés tinha ordenado.
22 Depois, Arão levantou as mãos para o povo e o abençoou; e desceu, havendo feito a oferta pelo pecado, e o holocausto, e a oferta pacífica.
O Segundo Sacrifício foi pela comunhão com Deus.
As duas outras ofertas foram a de Manjares ou Banquete e a Pacifica. As três foram colocadas no altar. O pecado deveria ser tratado, este era o objetivo da oferta de holocausto. A comunhão com Deus deveria ser estabelecida, este era o propósito da oferta de manjares ou banquete. A comunhão com Deus deveria ser mantida, este era o objetivo da oferta pacífica.
Mais uma vez lembrando que todo este ritual representava Jesus. Antes de Jesus vir ao mundo morrer na cruz, havia a necessidade destes rituais. Jesus cumpriu, deu significado aos rituais. Ele é o significa e ele é o verdadeiro ritual.
5 – A MANIFESTAÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS. VS 23-24
23 Então, entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; e, saindo, abençoaram o povo; e a glória do SENHOR apareceu a todo o povo.
24 E eis que, saindo fogo de diante do SENHOR, consumiu o holocausto e a gordura sobre o altar; o que vendo o povo, jubilou e prostrou-se sobre o rosto.
A manifestação da glória foi o sinal da aceitação do sacríficio.
A manifestação da glória foi o sinal de que o sacrifício representava algo maior que havia de vir.
Estava inaugurado pacto de Deus com o povo hebreu.
A glória de Deus se manifestou na forma de fogo.
Fogo desceu sobre o altar e queimou o sacrifício.
Este fogo foi uma manifestação miraculosa. Ele não foi acendido por um homem, ele foi aceso de forma sobrenatural.
O povo todo ficou assombrado e todos se curvaram em sinal de adoração.

                                           II – NOTAS HOMILÉTICAS
1 – A OBEDIÊNCIA DO SACERDOTE REPRESENTAVA A OBEDIÊNCIA DE JESUS.
A promessa de Deus em manifestar sua glória foi feita após os sete dias de obediência dos sacerdotes. Os sacerdotes representavam Jesus até que ele viesse ao mundo. Jesus foi o verdadeiro sacerdote. Ele foi totalmente obediente ao Pai. A morte de Jesus na cruz em nosso lugar e em nosso favor foi uma obra de obediência ao Pai. Ele várias vezes afirmou que tinha prazer em obedecer ao Pai.
João 5.38 - Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.
2 –   OS SACRIFÍCIOS REPRESENTAVAM O PRÓPRIO SACRIFÍCIO DE JESUS.
Os sacrifícios oferecidos pelos sacerdotes representavam Jesus sendo morto na cruz.
O holocausto representava a morte de Jesus.
As  ofertas de banquete representava a vida perfeita de Jesus. 
A Oferta Pacífica representava a obra completa e realizada por Jesus.
Ele deu sua própria vida em nosso favor. Sua morte é o sacrifício que nos salva da condenação eterna. Sua morte é o sacrifício que nos abençoa.
Sua morte é o sacrifício que nos torna filhos de Deus. Sua morte é o sacrifício que Deus aceitou para nos aceitar.
3 - A GLÓRIA DO SENHOR ERA A PROVA DA PRESENÇA DO SENHOR. 
No Antigo Testamento a glória do Senhor era a presença do Senhor se manifestando.
Como Deus não podia ser visto, o povo via algo como um fogo, um brilho grandioso.
Este sinal era para mostrar como Deus era grandioso e majestoso. Como ele era santo e poderoso. Esta manifestação divina representava a excelência da pessoa de Jesus que se manifestou vindo ao mundo. João 1.14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
Jesus é a maior manifestação de Deus, porque é Deus vindo ao mundo.
Muitas pessoas pensam que Deus ainda vai se manifestar com brilho e fogo – mas não entendem que aqueles sinais representavam a Excelência, a majestade e preciosidade da pessoa de Jesus.
4 -  O FOGO DESCENDO SOBRE O ALTAR SIGNIFICA A ACEITAÇÃO DE DEUS DO SACRIFÍCIO.
O fogo descendo sobre o sacrifício mostrava que aquele sacrifício apontava para algo maior.
O fogo descendo sobre o sacrifício apontava para a glória do verdadeiro sacrifício que aquele representava.
Aquele primeiro sacrifício, apontava como sombra para o último e definitivo sacrifício; a oferta divina, a morte do Filho de Deus.
Representava a aceitação de Deus do sacrifício de Jesus. Deus aceitou o sacrifício de Jesus e sua glória se manifestou – Isto é, o melhor aconteceu – a nossa salvação chegou – que é a melhor coisa que poderia ter acontecido e aconteceu.
Não necessitamos mais oferecer sacrifícios, Jesus é o nosso sacrifício.
Não necessitamos mais de manifestação divina para crermos, Jesus é a manifestação de Deus em quem nós cremos.
Não necessitamos mais oferecer nada como oferta para Deus, porque a oferta definitiva já foi apresentada.
Jesus é a oferta sobre o altar. Todas as religiões exigem ofertas aos deuses. No cristianismo, Deus é quem oferece a oferta no altar. Esta oferta foi oferecida a si mesmo, como sacrifício em favor de seus escolhidos.
Esta é a glória do sacrifício de Jesus - ele mesmo. Deus sendo oferecido no altar em favor dos pecadores que Deus quis salvar.

A Consagração dos sacerdotes - Exposições em Levítico nº 14



Sermão pregado em 9 de novembro de 2018 na Capela Misssional, em Porto Alegre.

                                               Exposição em Levítico nº 14

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                                               A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES
Texto: Levítico 8

 Ao lermos sobre as ofertas e sobre o sacerdócio, estamos lendo sobre a obra de Jesus em nosso favor.

Neste capítulo, temos a escolha dos sacerdotes. Os primeiros sacerdotes foram escolhidos – era Arão e seus filhos.
Foi um grande acontecimento. O sacerdote seria a maior autoridade dentre o povo. Eles ofereciam sacrifícios, fariam todo o cerimonial, ensinariam a Lei e legislariam, aplicariam a Lei de Deus para que o povo andasse de acordo com a vontade de Deus.
Mais tarde, quando a classe sacerdotal se afastou de Deus, foram levantados profetas para falar em nome de Deus. Mas isso, foi bem depois.
O sacerdote teria que ser da tribo de Levi, não poderia ser de outra tribo. Eles teriam que cumprir toda a exigência de santidade ordenadas por Deus.
Eles eram os mediadores entre o povo e Deus.
Porque os sacerdotes? Eles eram  tipos de Cristo. Eles representavam Jesus até que ele viesse.

1 - A ordenação dos sacerdotes deveria seguir a prescrição divina. V.1,2   Disse mais o SENHOR a Moisés:
2 Toma Arão, e seus filhos, e as vestes, e o óleo da unção, como também o novilho da oferta pelo pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos pães asmos 
A ordenança divina é porque tudo teria um significado determinado. O sacerdócio era uma administração do Pacto divino. O sacerdócio também apontava para o ofício sacerdotal de Jesus, o verdadeiro sacerdote onde o sacerdócio do Antigo Testamento foi cumprido.
A primeira providencia foi a escolha de Arão e seus filhos para o sacerdócio.

2 – O povo todo deveria ser reunido, pois os termos do Pacto tornava Israel uma congregação. Vs 3,4   e ajunta toda a congregação à porta da tenda da congregação.
4 Fez, pois, Moisés como o SENHOR lhe ordenara, e a congregação se ajuntou à porta da tenda da congregação.
Todo o povo foi reunido. Lembrando, que eles tinham saído do Egito, todas as tribos juntas e estavam morando no deserto em tendas. Eram milhares de tendas. No meio das tendas, foi construído o tabernáculo. Eles formariam uma nação sacerdotal. O sacerdócio desenvolveria sua missão em favor da congregação. Jesus cumpriu a missão como sacerdote, pois sua obra sacerdotal foi em favor da verdadeira congregação de Deus, a igreja.

3 – A santificação dos sacerdotes estava representada na água derramada sobre eles. V.6  E fez chegar a Arão e a seus filhos e os lavou com água.
Deus não aceita menos do que santidade e pureza. Aqueles que o representam, são santificados, separados para ele, purificados de seus pecados.
Água era derramada sobre o sacerdote – Jesus era a fonte de águas purificadoras que limpa o pecador. O sacerdote era purificado com água – Jesus purifica, pois ele é a água da vida.

4 – O sacerdote seria distinguido pelas suas vestes peculiares. VS 7-9,13 Vestiu a Arão da túnica, cingiu-o com o cinto e pôs sobre ele a sobrepeliz; também pôs sobre ele a estola sacerdotal, e o cingiu com o cinto de obra esmerada da estola sacerdotal, e o ajustou com ele. 8 Depois, lhe colocou o peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim;
9 e lhe pôs a mitra na cabeça e na mitra, na sua parte dianteira, pôs a lâmina de ouro, a coroa sagrada, como o SENHOR ordenara a Moisés.
13 Também Moisés fez chegar os filhos de Arão, e vestiu-lhes as túnicas, e cingiu-os com o cinto, e atou-lhes as tiaras, como o SENHOR lhe ordenara.
Estas vestes eram para “ glória e ornamento”, ou seja além de servir para distinguir o sacerdote em seu ofício, também serviria para os propósitos divinos segundo o significado real do sacerdócio.
Eles eram vestidos com roupas especiais – A roupa do sacerdote, representava as perfeições de Jesus.

5 – A consagração ou separação para o ofício seria representado pelo derramamento de óleo sobre a cabeça do sacerdote. Vs10-12  Então, Moisés tomou o óleo da unção, e ungiu o tabernáculo e tudo o que havia nele, e o consagrou; 11 e dele aspergiu sete vezes sobre o altar e ungiu o altar e todos os seus utensílios, como também a bacia e o seu suporte, para os consagrar. 12 Depois, derramou do óleo da unção sobre a cabeça de Arão e ungiu-o, para consagrá-lo.
Esta é a unção – o ato de derramar óleo. O termo aqui é Massah, de onde vem o nosso termo Messias, o ungido. Existia vários tipos de “unções”. Por exemplo no Salmo 23 – está escrito – ‘unges a minha cabeça com óleo” – ali não é esta unção, mas o termo ali é “dashen” – que era ungir ou passar óleo. Existia também a expressão Sukh – quando Noemi diz para Rute “banha-te e unge-te” (para se encontrar com Boaz em Rute 3.3 – ali o significado é passar o óleo para perfumar-se.
Óleo era derramado sobre a cabeça do sacerdote – Jesus era o ungido de Deus. Hb 1.8-9
6 E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. 7 Ainda, quanto aos anjos, diz: Aquele que a seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labareda de fogo; 8 mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de equidade é o cetro do seu reino. 9 Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros. 10 Ainda: No princípio, Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os céus são obra das tuas mãos;

6 -  Na consagração dos sacerdotes deveria ser oferecido todas as ofertas expiatórias, ou que tinham relação com o pecado deles. Vs14 - 25
14 Então, fez chegar o novilho da oferta pelo pecado; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do novilho da oferta pelo pecado;
15 e Moisés o imolou, e tomou o sangue, e dele pôs, com o dedo, sobre os chifres do altar em redor, e purificou o altar; depois, derramou o resto do sangue à base do altar e o consagrou, para fazer expiação por ele. 16 Depois, tomou toda a gordura que está sobre as entranhas, e o redenho do fígado, e os dois rins, e sua gordura; e Moisés os queimou sobre o altar. 17 Mas o novilho com o seu couro, e a sua carne, e o seu excremento queimou fora do arraial, como o SENHOR ordenara a Moisés. 18 Depois, fez chegar o carneiro do holocausto; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro. 19 E Moisés o imolou e aspergiu o sangue sobre o altar, em redor. 20 Partiu também o carneiro nos seus pedaços; Moisés queimou a cabeça, os pedaços e a gordura. 21 Porém as entranhas e as pernas lavou com água; e Moisés queimou todo o carneiro sobre o altar; holocausto de aroma agradável, oferta queimada era ao SENHOR, como o SENHOR ordenara a Moisés.
22 Então, fez chegar o outro carneiro, o carneiro da consagração; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro.
23 E Moisés o imolou, e tomou do seu sangue, e o pôs sobre a ponta da orelha direita de Arão, e sobre o polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito. 24 Também fez chegar os filhos de Arão; pôs daquele sangue sobre a ponta da orelha direita deles, e sobre o polegar da mão direita, e sobre o polegar do pé direito; e aspergiu Moisés o resto do sangue sobre o altar, em redor. 25 Tomou a gordura, e a cauda, e toda a gordura que está nas entranhas, e o redenho do fígado, e ambos os rins, e a sua gordura, e a coxa direita.

Os sacerdotes ofereciam sacrifícios por si mesmos – Jesus é o sacrifício. Todos os sacrifícios representavam Jesus. Jesus, portanto, é o sacerdote e o sacrifício. Ele é o nosso mediador e o nosso sacrifício. Hebreus 7.22-28  por isso mesmo, Jesus se tem tornado fiador de superior aliança. 23 Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar; 24 este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável. 25 Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. 26 Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, 27 que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu. 28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre.

7 -  Na consagração dos sacerdotes, também deveria ser oferecidas as ofertas relacionadas à comunhão com Deus. v.26 Também do cesto dos pães asmos, que estava diante do SENHOR, tomou um bolo asmo, um bolo de pão azeitado e uma obreia e os pôs sobre a gordura e sobre a coxa direita.
Jesus, sendo o sacerdote e a oferta ele não apenas é a oferta pelos pecados. Ele não apenas salva o pecador da culpa. Ele não apenas salva o pecador da condenação. Mas sendo a oferta de comunhão – de manjares e pacifica – ele garante acesso a Deus. Jesus é nossa oferta de comunhão – de manjares e pacifica.
Hebreus 9.24 -28  Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; 25 nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. 26 Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. 27 E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, 28 assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.
 
8 - Na consagração dos sacerdotes, deveriam ser oferecidas as ofertas relacionadas aos benefícios da congregação. VS 29-32  Tomou Moisés o peito e moveu-o por oferta movida perante o SENHOR; era a porção que tocava a Moisés, do carneiro da consagração, como o SENHOR lhe ordenara.
30 Tomou Moisés também do óleo da unção e do sangue que estava sobre o altar e o aspergiu sobre Arão e as suas vestes, bem como sobre os filhos de Arão e as suas vestes; e consagrou a Arão, e as suas vestes, e a seus filhos, e as vestes de seus filhos.
31 Disse Moisés a Arão e a seus filhos: Cozei a carne diante da porta da tenda da congregação e ali a comereis com o pão que está no cesto da consagração, como tenho ordenado, dizendo: Arão e seus filhos a comerão.
32 Mas o que restar da carne e do pão queimareis.

Assim como a sacerdote oficiava em favor da congregação, Jesus em sua obra beneficia o seu povo. Hebreus 8.1 -  Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus,
Hebreus 4.14-16 Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. 15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. 16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.


9 – O ofício sacerdotal exigiria deles obediência incondicional ao Senhor. Vs 33 -36
Aqui Cristo é representado, pois sua obra foi de obediência ao Pai. Hebreus 2. 9-10, 17-18 /   9 vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem. 10 Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles. 17 Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. 18 Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.
Vejam que ao lermos sobre os sacrifícios, estamos lendo sobre Jesus.
Ao lermos sobre o sacerdócio, estamos lendo sobre Jesus.
Devemos encontrar Jesus lendo este texto. É sobre Jesus. É sobre nossa visão da vida cristã.
Jesus cumpriu o sacerdócio, sendo ele o verdadeiro sacerdote.
Jesus ao cumprir o sacerdócio aboliu o sistema sacerdotal, uma vez que este sistema era uma sombra de Cristo.
Jesus ao cumprir o sacerdócio tornou-se o último sacerdote.
O sacerdote era o mediador entre Deus e o povo. Ele oferecia as ofertas a Deus, intercendo pelo pelo povo.
Hoje não temos mais sacerdotes, pois Jesus foi o último e é o único sacerdote que temos.
O povo de Israel era um povo sacerdotal, pois os sacerdotes eram seus representantes.
Hoje a igreja é o povo sacerdotal, justamente porque temos Jesus como sacerdote que é nosso mediador.
É importante que saibamos disso: hoje ninguém leva mais ninguém diante de Deus a não ser Jesus.
É importante saber que, não existe mais ofertas que nos aproximem de Deus, pois Jesus foi a oferta definitiva e a única que realmente valeu, antes e depois de seu sacrifício, pois a anteriores tinha valor apenas porque antecipavam sua morte na cruz.
É importante saber que ninguém mais nos representa diante de Deus a não ser Jesus.
É importante saber que não dependemos de ninguém para nos aproximar de Deus a não ser de Jesus.
É importante saber que não dependemos da bênção de ninguém para sermos abençoados a não ser de Jesus.
Se alguém diz ser teu sacerdote está te enganando.
Se alguém diz que você depende de ofertas, de sacrifícios para ser abençoado está enganando e mentindo.
Se alguém diz que depende dele, da bênção dele para você ser abençoado é mentira. Maldito seja, por negar a suficiência de Jesus.
Jesus é o nosso sacerdote. Único. Suficiente! Para sempre.


VIVER COM PACIÊNCIA, ESPERANÇA E PERSEVERANÇA – Romanos 8.18-25

  Pregado em 03 de maio de 2020 sexto sermão na Pademia                                                                                     ...