Pregado em Janeiro de 2006
COLHENDO BENÇÃOS NOS CAMPOS DO SENHOR - Rt 2.1-18
Há grande provisão de Deus e em Deus para aqueles que buscam abrigo em sua presença.
1 Tinha Noemi um parente de seu marido, senhor de muitos bens, da família de Elimeleque, o qual se chamava Boaz.
2 Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele que mo favorecer. Ela lhe disse: Vai, minha filha!
3 Ela se foi, chegou ao campo e apanhava após os segadores; por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz, o qual era da família de Elimeleque.
4 Eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O SENHOR seja convosco! Responderam-lhe eles: O SENHOR te abençoe!
5 Depois, perguntou Boaz ao servo encarregado dos segadores: De quem é esta moça?
6 Respondeu-lhe o servo: Esta é a moça moabita que veio com Noemi da terra de Moabe.
7 Disse-me ela: Deixa-me rebuscar espigas e ajuntá-las entre as gavelas após os segadores. Assim, ela veio; desde pela manhã até agora está aqui, menos um pouco que esteve na choça.
8 Então, disse Boaz a Rute: Ouve, filha minha, não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas servas.
9 Estarás atenta ao campo que segarem e irás após elas. Não dei ordem aos servos, que te não toquem? Quando tiveres sede, vai às vasilhas e bebe do que os servos tiraram.
10 Então, ela, inclinando-se, rosto em terra, lhe disse: Como é que me favoreces e fazes caso de mim, sendo eu estrangeira?
11 Respondeu Boaz e lhe disse: Bem me contaram tudo quanto fizeste a tua sogra, depois da morte de teu marido, e como deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nasceste e vieste para um povo que dantes não conhecias.
12 O SENHOR retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do SENHOR, Deus de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio.
13 Disse ela: Tu me favoreces muito, senhor meu, pois me consolaste e falaste ao coração de tua serva, não sendo eu nem ainda como uma das tuas servas.
14 À hora de comer, Boaz lhe disse: Achega-te para aqui, e come do pão, e molha no vinho o teu bocado. Ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu grãos tostados de cereais; ela comeu e se fartou, e ainda lhe sobejou.
15 Levantando-se ela para rebuscar, Boaz deu ordem aos seus servos, dizendo: Até entre as gavelas deixai-a colher e não a censureis.
16 Tirai também dos molhos algumas espigas, e deixai-as, para que as apanhe, e não a repreendais.
17 Esteve ela apanhando naquele campo até à tarde; debulhou o que apanhara, e foi quase um efa de cevada.
18 Tomou-o e veio à cidade; e viu sua sogra o que havia apanhado; também o que lhe sobejara depois de fartar-se tirou e deu a sua sogra.
Após a longa jornada, Noemi e Rute chegam a Belém. Duas viúvas em tempos de abandono social à esta condição. Depois de algum tempo pensando o que fazer, sem ter o que fazer, Rute toma uma iniciativa corajosa. Ela diz á sua sogra: “deixa-me ir ao campo, vou tentar achar provisão para nós (2.2). Indo ela chega por casualidade (2.3), aos campos de Boaz. Ali a casualidade se transforma em providência divina - Era a Providência - Ali estava a sua provisão, pois os campos de Boaz eram o campos da benção de Deus para aquela cidade e foi o campo da provisão para Rute e Noemi.
Na verdade a casualidade humana é causalidade divina. A providência divina provoca aquilo que chamamos casualidade.
Não haveria outro lugar melhor em Belém. Rute não só pode colher espigas naqueles campos como também é notada pelo dono do campo. o seu trabalho persistente chama a atenção dos trabalhadores (2.7). Quando Boaz chega ele pergunta: “quem á moça?”. Os trabalhadores informam que é a estrangeira e nora de Noemi sua parente. Boaz, então age de uma forma maravilhosa e dá os seguintes privilégios que se transformam em bênçãos para Rute:
1 – Diz à Rute que não vá a outro campo, tudo o que ela precisa está ali.
2 – Diz à Rute para acompanhar suas servas e colher o que elas colherem.
3 – Diz à Rute que nenhum empregado irá lhe assediar e que ali não correrá perigo.
4 – Diz à Rute que quando tiver sede pode beber da água dos vasos que servia para suprir todos os empregados daquele campo. Ou seja diz à Rute não passe sede, aqui há água em abundância.
5 – Diz à Rute que à hora da refeição ela compartilhe da comida de todos.
6 – Dá ordem que Deixem Rute colher à vontade não apenas das sobras da colheita.
O que podemos aprender como lições à igreja com este texto? Os campos de Boaz podem muito bem representar os campos do Senhor hoje.
Os campos de Boaz, eram para Rute os campos do Senhor. Os campos do Senhor, são lugares onde encontramos a melhores provisões para a vida.
Vejamos, portanto, as lições deste texto para os que estão nos campos do Senhor.
I
NOS CAMPOS DO SENHOR HÁ ACOLHIMENTO -V.8
Boaz diz à Rute que não vá a outro campo, pois ali há provisão para ela. Da mesma forma o Senhor nos acolhe e nos diz que não precisamos ir de um lado para outro buscando bênçãos, mas que onde estamos tem bênçãos, tem provisões, tem a graça de Deus.
Muitas pessoas vão de um lado para outro, são caçadores de bênçãos, mas a benção nunca chega e nem a “benção que chegue” para elas.
Assim como Boaz diz a Rute não vá para outro campo, nossa igreja precisa dizer às pessoas que ali existe a benção, mas, veja, ali realmente havia a provisão. Onde não há a manifestação de Deus não pessoas colhendo. Quem colhe em campo seco, procura outro campo.
II
NOS CAMPOS DO SENHOR HÁ PROTEÇÃO E SEGURANÇA V.9
Também Boaz diz à Rute que ali ela estará protegida, bem cuidada e em absoluta segurança. Os campos de Boaz era seguro para quem quisesse ali colher. Quem colhe nos campos do Senhor está seguro debaixo das asas do Senhor (ver v.12). A palavra nos garante que se habitarmos no Senhor teremos abrigo e proteção (Sl 91.1,2). A grande condição de segurança para nossa vida é permanecermos nos campos do Senhor. Não podemos sair fora dos limites deste campo. Não podemos não obedecer a Palavra a ainda assim termos vitórias contra o inimigo. Não preciso viver lutando contra o inimigo, podemos viver em permanente vitória contra ele. Muitas pessoas estão sofrendo na luta contra o diabo, porque estão lutando apenas com sua fé, com suas orações de guerra, mas não está a Palavra. A nossa vitória contra o inimigo é estarmos debaixo da mão do Senhor, ou seja, obedecendo a Deus (ver João 10.1-6) Se estivermos debaixo da proteção do Senhor Jesus então estaremos bem protegidos. Ele mesmo afugentará o inimigo (ver também Tg 4.7). Não existe batalha espiritual contra forças invisíveis do mal, a não ser nos termos da Palavra.
III
NOS CAMPOS DO SENHOR HÁ PROVISÃO CONTINUA V.9B
Boaz também oferece à Rute que beba da água que ele providencia para seus empregados. Diz ele: quando tiveres sede venha às águas e beba. Ou seja, não passe sede. A mesma palavra Jesus diz àqueles que querem lhe seguir. No Evangelho de João 7.37, Jesus diz: “aquele que tem sede, venha a mim e beba”. Não precisamos viver a vida sem a presença de alegria em nosso coração. Não precisamos viver nossa vida na secura, sem felicidade, sem prazer de viver e sem a graça de Deus. A água de Boaz era um presente para o dia de sol que Rute tinha que enfrentar. A água que Jesus oferece é a graça que sacia nossa alma neste deserto que é o mundo.
IV
NOS CAMPOS DO SENHOR HÁ PROVISÃO ABUNDANTE V.14
Quando chega a hora da refeição, Boaz não deixa que Rute fique sem juntar-se aos seus empregados. Ele diz para Rute compartilhar da refeição que ele todos os dias providenciava para seus trabalhadores. A frase marcante é: “sirva-se do pão e molha o teu bocado no vinho”. Assim ao invés de Rute ficara à margem, ele serve-se à vontade e diz o texto que ela comeu até fartar-se.
Esse fato ilustra muito bem o que acontece àqueles que servem-se da graça de Deus. No mundo comemos o “pão que o diabo amassou”. No mundo comemos o “pão seco” da solidão e do desaparo. No mundo comemos o “pão de lágrimas”, mas Jesus diz “eu sou o pão da vida”( Jo 8.35 e 48). Ele é o pão de Deus “ que desceu do céu” (Jo 8. 32,33). O pão de Deus é Jesus, é pão molhado no vinho, e Ele nos convida hoje a “molhar nosso bocado no vinho”. Chega de viver na secura da vida, chega de comer no deserto, chega de viver sem alegria, de viver sem vida.
V
NOS CAMPOS DO SENHOR HÁ A RECOMPENSA À FIDELIDADE V.15-18
Depois de alimentada ela colheu à vontade. Ela teve forças para trabalhar. Colher mais do que esperava. Voltou para casa com alegria. Voltou com os braços pesados. Noemi quase não acreditou quando viu. Rute saiu naquele apenas fazer uma tentativa, voltou alegre, voltou feliz, como a muito não acontecia. Trabalhou o dia inteiro. Seu trabalho fiel, seu coração crente teve a recompensa e aquele dia foi o primeiro dia do resto de uma vida feliz e abençoada.
CONCLUSÃO
Na vida precisamos tomar iniciativas. Não adianta ficar parado esperando que aconteça algum milagre. Não vai acontecer. Precisamos ir ao Senhor, buscar a benção, buscar a solução. A solução é o próprio Senhor. Não podemos ficar pensando em benção materiais, quando o grande bem do Senhor para nós são os benefícios da salvação. Não adiante também tentar colher bênçãos, senão nos campos do Senhor. Fique nos campos do Senhor e seja abençoado. Seja feliz, experimentando a alegria da salvação.
Um comentário:
Que nunca falte dos recursos do Senhor para a sua vida e para todo o "Seu" povo, esperamos ansiosos a volta do Nosso Messias e glorificamos por tão rica bênção que é ter pessoas usadas pelo Espírito Santo a nos conceder tal palavra revelada e de grande base para futuros estudos. Que Deus te abençoe sempre meu irmão!
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