quinta-feira, 29 de novembro de 2012

JUNTO À CRUZ - RETRATOS DA CRUZ

Pregado em abril de 2008
 


João 19.1-16
1 Então, por isso, Pilatos tomou a Jesus e mandou açoitá-lo.
2 Os soldados, tendo tecido uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e vestiram-no com um manto de púrpura.
3 Chegavam-se a ele e diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas.
4 Outra vez saiu Pilatos e lhes disse: Eis que eu vo-lo apresento, para que saibais que eu não acho nele crime algum.
5 Saiu, pois, Jesus trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Disse-lhes Pilatos: Eis o homem!
6 Ao verem-no, os principais sacerdotes e os seus guardas gritaram: Crucifica-o! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós outros e crucificai-o; porque eu não acho nele crime algum.
7 Responderam-lhe os judeus: Temos uma lei, e, de conformidade com a lei, ele deve morrer, porque a si mesmo se fez Filho de Deus.
8 Pilatos, ouvindo tal declaração, ainda mais atemorizado ficou,
9 e, tornando a entrar no pretório, perguntou a Jesus: Donde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta.
10 Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?
11 Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem.
12 A partir deste momento, Pilatos procurava soltá-lo, mas os judeus clamavam: Se soltas a este, não és amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César!
13 Ouvindo Pilatos estas palavras, trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, no hebraico Gabatá.
14 E era a parasceve pascal, cerca da hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei.
15 Eles, porém, clamavam: Fora! Fora! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Responderam os principais sacerdotes: Não temos rei, senão César!
16 Então, Pilatos o entregou para ser crucificado.

Este texto narra nas entrelinhas o retrato fiel, o perfil de alguns personagens envolvidos diretamente na morte do Senhor Jesus.
Diante de Jesus, ninguém fica indiferente.
Jesus sempre provoca reações fortes.
Diante do Senhor Jesus, a pessoa se revela como realmente é.
Vejamos quem são as pessoas que estão à sombra e ao pé da cruz:

1 – OS JUDEUS INCRÉDULOS. O primeiro retrato que encontramos é o dos judeus incrédulos (vejam bem os judeus da época, não todos, mas aqueles representados principalmente pelos fariseus e saduceus.)
Nós os vemos por mais quatro horas rejeitando a oferta de Pilatos para libertar a Jesus.
Eles não querem saber, eles exigem com ferocidade sua crucificação.
Clamam agressivamente por sua condenação à morte.
Eles rejeitam a Jesus e assumem a culpa maior pela morte de Jesus.
Os judeus eram filhos de Israel. Descendentes de Abrãao; à eles pertenciam os dons de Deus.
A Lei pertencia à eles. As promessas, as cerimônias da Lei, os sacrifícios e o templo.
Eles professavam aguardar o messias. O profeta maior do que Moisés, um descendente de Davi que estabeleceria um Reino eterno.
Eles estavam cegos espiritualmente insensíveis à obra de Deus, com a consciência cauterizada. Seus olhos estavam fechados à benção e não viram que Deus os tinha escolhido para serem abençoados.

2 – PÔNCIO PILATOS E SUA FALTA DE PRINCÍPIOSO segundo retrato que encontramos é o de Pilatos, governador romano ali.
Nós o vemos sem saber que decisão tomar.
Ele sabia o que era correto, mas com medo de agir.
Escondeu sua covardia atrás de seu cargo.
Sacrificou a justiça em nome do status e da aceitação popular.
Amou a opinião das pessoas. Revelou um coração sem nobreza, sem grandeza.
Revelou-se um homem sem dignidade.
Vendeu Jesus pelo preço de sua própria fama.
Trocou a verdade pela vaidade. Trocou o céu pela terra. Desprezou a verdade iludido pelo povo.

3 – O SENHOR JESUS E SUA MISSÃO REDENTORA. Vemos também, em seguida, o salvador da humanidade – o Filho de Deus. O Deus encarnado – sendo chicoteado, coroado com uma coroa de espinhos, escarnecido, esbofeteado, rejeitado pelo povo, injustamente condenado ao mais indigno tipo de morte.
No entanto, ele era o eterno filho de Deus. Aquele que havia criado o mundo. Aquele que tinha toda a glória desde antes da fundação do mundo. Aquele a quem todos os anjos adoravam.
Ele veio ao mundo para salvar os pecadores – pregou o Evangelho e cumpriu sua missão.
Ele fez tudo por amor.
Não existe amor para comparar com este amor. E amor perfeito, celestial – divinal.
Jamais devemos esquecer que Jesus sofreu por causa de nossos pecados, o justo pelos injustos. Ele foi traspassado por causa de nossas transgressões e ferido por causa de nossas iniquidades.
Precisamos seguir o exemplo de Jesus em todas as aflições e provas de nossas vidas.
Precisamos seguir seu exemplo de paciência.
Vejamos o retrato dele. Vemos o retrato de Jesus diante da situação.
Quando ele foi rejeitado.
Quando foi ultrajado, não fez ameaças, mas entregou-se a Deus.
Ao ser maltratado, suportou.
Precisamos nos revestir destas mesmas atitudes.
Olhemos atentamente para aquele que sem murmurar, suportou tamanha oposição da parte dos pecadores e esforcemo-nos para glorificá-lo através do sofrimento e da prática do Evangelho.

4 – NÓS MESMOS, CADA UM DE NÓS COM TODOS NOSSOS DEFEITOS E NECESSIDADES. Também precisamos nos ver diante do cenário da Cruz.
Também nós, somos colocados diante de Jesus.
Também nós diante de Jesus somos expostos.
Nosso verdadeiro ser se manifesta.
Não temos o que esconder diante dele.
À semelhança dos judeus da época – nossos olhos também se fecham.
Muitas e muitas vezes não vemos a benção.
Ficamos cegos em nossas razões. Nos fechamos para a vontade de Deus.
Por causa da ignorância do nossos coração. Por causa da nossa vontade, de nosso egoísmo e vaidade, perdemos a benção e nos afastamos da graça.
Por causa da dureza de nosso coração.
Não vemos as coisas de Deus.
Não damos ouvidos á voz do Senhor.
Não valorizamos os dons de Deus.
Não praticamos a Palavra.
Não obedecemos.
Não mudamos.
Não imitamos a Jesus.
Sabemos por onde ir, mas não vamos.
Sabemos o procedimento certo, mas como Caim – procedemos errado.
Sabemos que sem Jesus nos perdemos.
Sabemos que sem olhar para Jesus, o que sobra são trevas.
Sabemos que sem Jesus, não temos luz alguma.
O que nos falta?
Assumir nossa posição com Jesus.
Nos unirmos à ele. Permanecer nele. Olhar para ele.
Olhar para a Cruz de Cristo é a maneira de não nos desviarmos para as perdições da vida.



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