quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Sobre comer ou não determinados alimentos - Exposições em Levítico nº 17

Sermão pregado em 09 de dezembro de 2018



                      Exposições em Levítico nº17




                COMER OU NÃO COMER
Levítico 11
1 Falou o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo-lhes: 2 Dizei aos filhos de Israel: São estes os animais que comereis de todos os quadrúpedes que há sobre a terra: 3 todo o que tem unhas fendidas, e o casco se divide em dois, e rumina, entre os animais, esse comereis. 4 Destes, porém, não comereis: dos que ruminam ou dos que têm unhas fendidas: o camelo, que rumina, mas não tem unhas fendidas; este vos será imundo; 5o arganaz, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; este vos será imundo; 6 a lebre, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; esta vos será imunda. 7 Também o porco, porque tem unhas fendidas e o casco dividido, mas não rumina; este vos será imundo; 8 da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver. Estes vos serão imundos. 9 De todos os animais que há nas águas comereis os seguintes: todo o que tem barbatanas e escamas, nos mares e nos rios; esses comereis. 10 Porém todo o que não tem barbatanas nem escamas, nos mares e nos rios, todos os que enxameiam as águas e todo ser vivente que há nas águas, estes serão para vós outros abominação. 11 Ser-vos-ão, pois, por abominação; da sua carne não comereis e abominareis o seu cadáver. 12 Todo o que nas águas não tem barbatanas ou escamas será para vós outros abominação. 13 Das aves, estas abominareis; não se comerão, serão abominação: a águia, o quebrantosso e a águia marinha; 14 o milhano e o falcão, segundo a sua espécie, 15 todo corvo, segundo a sua espécie, 16o avestruz, a coruja, a gaivota, o gavião, segundo a sua espécie, 17 o mocho, o corvo marinho, a íbis, 18 a gralha, o pelicano, o abutre, 19 a cegonha, a garça, segundo a sua espécie, a poupa e o morcego. 20 Todo inseto que voa, que anda sobre quatro pés será para vós outros abominação. 21 Mas de todo inseto que voa, que anda sobre quatro pés, cujas pernas traseiras são mais compridas, para saltar com elas sobre a terra, estes comereis. 22 Deles, comereis estes: a locusta, segundo a sua espécie, o gafanhoto devorador, segundo a sua espécie, o grilo, segundo a sua espécie, e o gafanhoto, segundo a sua espécie. 23 Mas todos os outros insetos que voam, que têm quatro pés serão para vós outros abominação. 24 E por estes vos tornareis imundos; qualquer que tocar o seu cadáver imundo será até à tarde. 25 Qualquer que levar o seu cadáver lavará as suas vestes e será imundo até à tarde. 26 Todo animal que tem unhas fendidas, mas o casco não dividido em dois e não rumina vos será por imundo; qualquer que tocar neles será imundo. 27 Todo animal quadrúpede que anda na planta dos pés vos será por imundo; qualquer que tocar o seu cadáver será imundo até à tarde. 28 E o que levar o seu cadáver lavará as suas vestes e será imundo até à tarde; eles vos serão por imundos. 29 Estes vos serão imundos entre o enxame de criaturas que povoam a terra: a doninha, o rato, o lagarto, segundo a sua espécie, 30 o geco, o crocodilo da terra, a lagartixa, o lagarto da areia e o camaleão; 31 estes vos serão por imundos entre todo o enxame de criaturas; qualquer que os tocar, estando eles mortos, será imundo até à tarde. 32 E tudo aquilo sobre que cair qualquer deles, estando eles mortos, será imundo, seja vaso de madeira, ou veste, ou pele, ou pano de saco, ou qualquer instrumento com que se faz alguma obra, será metido em água e será imundo até à tarde; então, será limpo. 33 E todo vaso de barro, dentro do qual cair alguma coisa deles, tudo o que houver nele será imundo; o vaso quebrareis. 34 Todo alimento que se come, preparado com água, será imundo; e todo líquido que se bebe, em todo vaso, será imundo. 35 E aquilo sobre o que cair alguma coisa do seu corpo morto será imundo; se for um forno ou um fogareiro de barro, serão quebrados; imundos são; portanto, vos serão por imundos. 36 Porém a fonte ou cisterna, em que se recolhem águas, será limpa; mas quem tocar no cadáver desses animais será imundo. 37 Se do seu cadáver cair alguma coisa sobre alguma semente de semear, esta será limpa; 38mas, se alguém deitar água sobre a semente, e, se do cadáver cair alguma coisa sobre ela, vos será imunda. 39 Se morrer algum dos animais de que vos é lícito comer, quem tocar no seu cadáver será imundo até à tarde; 40 quem do seu cadáver comer lavará as suas vestes e será imundo até à tarde; e quem levar o seu corpo morto lavará as suas vestes e será imundo até à tarde. 41 Também todo enxame de criaturas que povoam a terra será abominação; não se comerá. 42 Tudo o que anda sobre o ventre, e tudo o que anda sobre quatro pés ou que tem muitos pés, entre todo enxame de criaturas que povoam a terra, não comereis, porquanto são abominação. 43 Não vos façais abomináveis por nenhum enxame de criaturas, nem por elas vos contaminareis, para não serdes imundos. 44 Eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis por nenhum enxame de criaturas que se arrastam sobre a terra. 45 Eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo. 46 Esta é a lei dos animais, e das aves, e de toda alma vivente que se move nas águas, e de toda criatura que povoa a terra, 47 para fazer diferença entre o imundo e o limpo e entre os animais que se podem comer e os animais que se não podem comer.


Os animais impuros em Levítico representavam os gentios, os animais puros representavam o israelitas.

Neste capítulo 11 de Levítico, Deus fala sobre os animais que poderiam ser comidos e os que não poderiam.
A pureza e a impureza tinham a ver com aquilo que era sacrificialmente puro ou impuro.
É incrível como a maioria dos animais que eles poderiam comer, nós também comemos – como gado, carneiro, ovelha, cabrito.
 Alguns outros que eram proibidos, como elefante, tigre, cachorro, gato, leão,  não comemos até hoje.
Alguns outros animais que eram proibidos como os frutos do mar, camarão, lagosta eram proibidos, mas é comum as pessoas comerem hoje.
O porco, por exemplo, era proibido, mas hoje se come normalmente.
Animais como corvo, águia, que eram aves que se alimentavam de carne e sangue, também, não se come até hoje.
Alguns motivos para animais proibidos – os que se alimentavam de sangue, de outros animais e até de pessoas – como os selvagens perigosos como Leão, tigre, lobos e cães.
Outros porque transmitiam doenças – como os ratos.
Também o porco, poderia transmitir doenças.
Alguns que transmitiam perigo de alergias graves, como o camarão.

1 – ANIMAIS DA TERRA. Vs 1-8 ; 26-29
Animais de unhas fendidas que ruminam, aqueles que comem vegetais – Gado, ovelha, cervo, etc. Esta classe de animais ofereciam a maior fonte de carne comestíveis e para os sacrifícios – eram animais considerados puros.
O porco estava excluído. Este animal alimentava-se de dejetos, de lixo, de carne apodrecida e seu sistema digestivo é de apenas 4 horas e aquelas toxinas que ele não elimina, ele guarda na gordura. Este é o motivo que pode conter parasitas em sua carne. Também eram proibidos os animais carnívoros e que se alimentavam de sangue.
Os répteis, também não se poderia comer, pelos motivos já descritos.

2 – ANIMAIS AQUÁTICOS. VS 9-12
Os de barbatanas e escamas poderiam ser comidos. Os sem barbatanas e escamas, como rãs, enguias, mariscos, camarão, lagosta – podem  provocar desordem gástricas sérias e graves. Como reações alérgicas que podem levar à morte.
Se algum alimento fizesse mal a alguém, então para proteger a todos, este alimento era proibido. Esta é uma lógica divina maravilhosa, não só na questão da alimentação, mas em todas as áreas.

 3 – AS AVES. VS 13- 19  
Menciona-se as proibidas entre elas a águia, o falcão, o corvo, a avestruz, a coruja, gaivota, gralha, pelicano, abutre, garça, morcego etc.  As que não estavam descritas poderiam ser comidas. Interessante que os galináceos não estão mencionados e provavelmente não eram conhecidos como alimento em Israel. Ela somente se tornou conhecida como alimento no Império Persa e daí em diante passou a ser essencial na alimentação, tanto a carne como os ovos. Ela não está entre as características de proibições. Em Deuteronômio 14 repete-se a lista e está escrito duas vezes – toda a ave limpa comereis.
As aves proibidas, também incluíam muitas que eram carnívoras e se alimentavam de dejetos e lixo.

4 – OS INSETOS. VS 21-25 
Somente os gafanhotos poderiam ser comidos. Eles continham bastante proteína e se alimentavam de vegetação. Os demais insetos eram proibidos.

 5 – OS RÉPTEIS. V.29-31
A pergunta é: eles eram proibidos na época, mas hoje ainda são?
A resposta é não. Em Levítico, os animais limpos representavam o povo de Deus, os impuros representavam os ímpios - Atos 10.1-36. 1 Morava em Cesareia um homem de nome Cornélio, centurião da coorte chamada Italiana, 2 piedoso e temente a Deus com toda a sua casa e que fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a Deus. 3 Esse homem observou claramente durante uma visão, cerca da hora nona do dia, um anjo de Deus que se aproximou dele e lhe disse: 4 Cornélio! Este, fixando nele os olhos e possuído de temor, perguntou: Que é, Senhor? E o anjo lhe disse: As tuas orações e as tuas esmolas subiram para memória diante de Deus. 5  Agora, envia mensageiros a Jope e manda chamar Simão, que tem por sobrenome Pedro. 6 Ele está hospedado com Simão, curtidor, cuja residência está situada à beira-mar. 7 Logo que se retirou o anjo que lhe falava, chamou dois dos seus domésticos e um soldado piedoso dos que estavam a seu serviço 8 e, havendo-lhes contado tudo, enviou-os a Jope. 9 No dia seguinte, indo eles de caminho e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao eirado, por volta da hora sexta, a fim de orar. 10 Estando com fome, quis comer; mas, enquanto lhe preparavam a comida, sobreveio-lhe um êxtase; 11 então, viu o céu aberto e descendo um objeto como se fosse um grande lençol, o qual era baixado à terra pelas quatro pontas, 12  contendo toda sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. 13E ouviu-se uma voz que se dirigia a ele: Levanta-te, Pedro! Mata e come. 14 Mas Pedro replicou: De modo nenhum, Senhor! Porque jamais comi coisa alguma comum e imunda. 15 Segunda vez, a voz lhe falou: Ao que Deus purificou não consideres comum.16 Sucedeu isto por três vezes, e, logo, aquele objeto foi recolhido ao céu. 17 Enquanto Pedro estava perplexo sobre qual seria o significado da visão, eis que os homens enviados da parte de Cornélio, tendo perguntado pela casa de Simão, pararam junto à porta; 18 e, chamando, indagavam se estava ali hospedado Simão, por sobrenome Pedro. 19 Enquanto meditava Pedro acerca da visão, disse-lhe o Espírito: Estão aí dois homens que te procuram; 20 levanta-te, pois, desce e vai com eles, nada duvidando; porque eu os enviei. 21 E, descendo Pedro para junto dos homens, disse: Aqui me tendes; sou eu a quem buscais? A que viestes? 22 Então, disseram: O centurião Cornélio, homem reto e temente a Deus e tendo bom testemunho de toda a nação judaica, foi instruído por um santo anjo para chamar-te a sua casa e ouvir as tuas palavras. 23 Pedro, pois, convidando-os a entrar, hospedou-os. No dia seguinte, levantou-se e partiu com eles; também alguns irmãos dos que habitavam em Jope foram em sua companhia. 24 No dia imediato, entrou em Cesareia. Cornélio estava esperando por eles, tendo reunido seus parentes e amigos íntimos. 25 Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos pés, o adorou. 26 Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem. 27 Falando com ele, entrou, encontrando muitos reunidos ali, 28 a quem se dirigiu, dizendo: Vós bem sabeis que é proibido a um judeu ajuntar-se ou mesmo aproximar-se a alguém de outra raça; mas Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo; 29 por isso, uma vez chamado, vim sem vacilar. Pergunto, pois: por que razão me mandastes chamar? 30 Respondeu-lhe Cornélio: Faz, hoje, quatro dias que, por volta desta hora, estava eu observando em minha casa a hora nona de oração, e eis que se apresentou diante de mim um varão de vestes resplandecentes 31 e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas, lembradas na presença de Deus. 32 Manda, pois, alguém a Jope a chamar Simão, por sobrenome Pedro; acha-se este hospedado em casa de Simão, curtidor, à beira-mar. 33 Portanto, sem demora, mandei chamar-te, e fizeste bem em vir. Agora, pois, estamos todos aqui, na presença de Deus, prontos para ouvir tudo o que te foi ordenado da parte do Senhor. 34 Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; 35 pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável. 36 Esta é a palavra que Deus enviou aos filhos de Israel, anunciando-lhes o evangelho da paz, por meio de Jesus Cristo. Este é o Senhor de todos. 37 Vós conheceis a palavra que se divulgou por toda a Judeia, tendo começado desde a Galileia, depois do batismo que João pregou, 38 como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele; 39 e nós somos testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém; ao qual também tiraram a vida, pendurando-o no madeiro. 40 A este ressuscitou Deus no terceiro dia e concedeu que fosse manifesto, 41 não a todo o povo, mas às testemunhas que foram anteriormente escolhidas por Deus, isto é, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos; 42 e nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos. 43 Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados. 44 Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. 45 E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo;  46 pois os ouviam falando em línguas e engrandecendo a Deus. Então, perguntou Pedro: 47 Porventura, pode alguém recusar a água, para que não sejam batizados estes que, assim como nós, receberam o Espírito Santo? 48 E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então, lhe pediram que permanecesse com eles por alguns dias.
Este texto, interpreta  Levítico 11 e Deuteronômio 14.
A interpretação fiel do Antigo Testamento é a interpretação de Jesus e dos Apóstolos.
O Novo Testamento interpreta o Antigo.
Não podemos criar outra hermenêutica.
A revelação da interpretação do texto do Antigo Testamento já aconteceu e é o Novo Testamento.
Sobre a liberdade na alimentação na Nova Aliança – a
única restrição sobre alimento está em Atos 15.20
Mas, Paulo vai além disso.
O texto paralelo a Levítico 11 no Novo Testamento é -  Romanos 14. – Veja – 1 Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões.
 2 Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; 3 quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu. 4 Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster. 5 Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem-definida em sua própria mente. 6 Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus. 7 Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. 8 Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. 9 Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos. 10 Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus. 11 Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus. 12 Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus. 13 Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão. 14 Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura. 15 Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu. 16 Não seja, pois, vituperado o vosso bem. 17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. 18 Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. 19 Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros. 20 Não destruas a obra de Deus por causa da comida. Todas as coisas, na verdade, são limpas, mas é mau para o homem o comer com escândalo. 21 É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar [ou se ofender ou se enfraquecer]. 22 A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus. Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova. 23 Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado.

Este texto é transposição cristã de Levítico 11.  Neste texto de Romanos 14 – é dito que nenhuma coisa – é em si mesmo impura – e um cristão pode escolher o que comer – inclusive se quer comer carne ou não.
Em 1 Coríntios 10.25 – diz – coma de tudo o que se vende no mercado –
Em 1 Coríntios 10. 27 – diz – se alguém te convidar para comer, coma de tudo o que for colocado à mesa.
Na Nova Aliança, temos a liberdade de comer ou não qualquer coisa – e ninguém pode ficar julgando um ao outro – em 1Coríntios 8.8 – diz que comer ou não comer, tanto faz – não se ganha e não se perde nada.
Romanos 14.3 – quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o escolheu.
Romanos 14.6 – Quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus;  e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus.
Colossenses 2.16-19 16 Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, 17 porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo. 18 Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal, 19 e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem-vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus.
Então, o cristão instruído é livre pra seguir sua consciência ensinada pela Palavra de Deus.
O cristão instruído é maduro para não discutir estas coisas que a Palavra ordena liberdade.
O cristão é livre para comer a carne que quiser – e é livre até para não comer carne se não quiser.
O que o cristão deve fazer é glorificar a Deus sempre  dar graças a Deus sempre.

domingo, 28 de julho de 2019

O Culto é para Deus e deve ser de acordo com sua regulamentação - Exposições em Levítico nº 16

Sermão pregado em 02 de Dezembro de 2018, na Capela Missional em Porto Alegre

                                              Exposições em Levítico nº 16




                                        A PROFANAÇÃO DO CULTO
Texto   -  Levítico 10

O culto é para Deus, e deve ser feito de acordo com a regulamentação do próprio Deus, por meio de sua Santa Palavra.

Esta narrativa nos fala sobre a primeira experiência relatada sobre o culto no santuário. Deus havia regulamentado toda a forma e conteúdo do sacrifício. Como fazer, detalhe por detalhe. Os papéis dos sacerdotes e dos sumo sacerdotes, que tipo de ofertas eles poderiam oferecer.
Quando os dois jovens foram oferecer o primeiro sacrifício, foram fulminados pelo Senhor. O texto diz que eles ofereceram “fogo estranho ao Senhor, que o Senhor não ordenara”.
Provavelmente eles usaram um fogo que não era do Incensário de onde os sacerdotes deveriam pegar o fogo para os sacrifícios (EX 30.9 e Lv 16.12). O que podemos concluir que eles, por arrogância e desobediência às normas do culto, ofereceram o que não deveriam ter oferecido perante o Senhor.
A consequência foi que eles foram fulminados quando o fogo verdadeiro, o do Senhor desceu. Não houve um incêndio, mas uma espécie de raio, porque eles foram consumidos, mas as vestes não.
O texto dá a entender que inclusive eles estavam bêbados ou sob efeito de bebidas. É isso que mostra o registro do verso 9, quando o Senhor proíbe o uso de bebidas antes dos sacerdotes entrarem no santuário.
 O texto deixa bem claro a necessidade de distinguir o que é santo e o que é profano. Entre aquilo que é para ser oferecido e o que não pode ser oferecido ao Senhor (v.10). O texto também nos indica por meio das intervenções de Moisés declarando a Palavra do Senhor que a pregação da Palavra, a santa proclamação da vontade de Deus é que regulamenta o culto (VS 6 ao 20).

Vamos passo a passo ver o que aconteceu.
I - OFERECERAM O QUE SENHOR NÃO HAVIA ORDENADO. V.1
Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara.
Eles foram cultuar ao Senhor com elementos estranhos  a tudo o que fora instruído. Eles ofereceram um sacrifício adequado a eles mesmos. Um culto conveniente a eles.

II - O CULTO COM FOGO ESTRANHO FOI CONSIDERADO UMA PROFANAÇÃO PELO SENHOR. V.2 Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.
O culto deve ser de acordo com o que Senhor ordenou. Não pode ser oferecido de acordo com o desejo humano, nem imaginação humana, mas de acordo com o desejo ou vontade do Senhor.

III - O CULTO AO SENHOR DEVERIA SER CONFORME SUA SANTIDADE. V.3 E falou Moisés a Arão: Isto é o que o SENHOR disse: Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão se calou.
O que as pessoas não entendem é que o culto é para Deus. Não se deve desprezar o culto. Não se deve negligenciar ao culto. O culto é um tributo, uma homenagem, uma celebração à santidade de Deus.

IV – AO OFERECER UM CULTO DE ACORDO COM A PRÓPRIA VONTADE, ELES EXPUSERAM A PRÓPRIA CONGREGAÇÃO AO JUÍZO. VS 4-6
4 Então, Moisés chamou a Misael e a Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão, e disse-lhes: Chegai, tirai vossos irmãos de diante do santuário, para fora do arraial.
5 Chegaram-se, pois, e os levaram nas suas túnicas para fora do arraial, como Moisés tinha dito.
6 Moisés disse a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não desgrenheis os cabelos, nem rasgueis as vossas vestes, para que não morrais, nem venha grande ira sobre toda a congregação; mas vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentem o incêndio que o SENHOR suscitou.
O culto oferecido de acordo com a vontade humana é uma abominação ao Senhor.
Ao não seguir a determinação divina, eles ofenderam ao Senhor, porque consideraram que poderiam cultuar, oferecer a oferta de acordo com a própria determinação e vontade.
As roupas que eles estavam usando não queimaram, mas tiveram que ser levadas para fora do acampamento porque foram consideradas impuras.

V – OS SACERDOTES, POR REPRESENTAREM ALGO MAIOR, DEVERIAM AGIR DE ACORDO COM O PROPÓSITO PARA O QUE FORAM CHAMADOS. V.77 Não saireis da porta da tenda da congregação, para que não morrais; porque está sobre vós o óleo da unção do SENHOR. E fizeram conforme a palavra de Moisés.
Os outros sacerdotes não deveriam nem mesmo lamentar o ocorrido. Sobre eles estavam a ‘unção” ou seja, eles foram consagrados para oferecer o culto santo ao Senhor. Não deveriam lamentar a morte daqueles que tentaram profanar o culto, tendo eles a mesma unção.
O sacerdócio foi instituído por Deus para antecipar por meio de sombras o verdadeiro sacerdote que haveria de vir. O sacerdote da Antiga Aliança, apontava para algo maior, sendo assim ele estava de posse de um título e uma função sagrada por aquilo que ele representava. Ele deveria agir de acordo com seu encargo.

VI – ELEMENTOS NÃO ORDENADOS NO CULTO  SERIAM PROFANAÇÃO.VS 8-11
8 Falou também o SENHOR a Arão, dizendo:
9 Vinho ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações,
10 para fazerdes diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo
11 e para ensinardes aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado por intermédio de Moisés.
Temos lido o texto. Temos as Escrituras. Se o culto não for segundo as Escrituras, podemos fazer qualquer coisa e dizer que é culto.
No culto, aquilo que não é fruto da revelação é profanação
O culto é santo, porque é a um Deus santo. Não se deve tratar o culto com descaso. O culto não prescrito é culto falso. E colocar elementos estranhos à Palavra no culto é profanação.

VII – AS INSTRUÇÕES DO SENHOR DEVERIAM SER O CENTRO DO CULTO.    VS 12-19
12 Disse Moisés a Arão e aos filhos deste, Eleazar e Itamar, que lhe ficaram: Tomai a oferta de manjares, restante das ofertas queimadas ao SENHOR, e comei-a, sem fermento, junto ao altar, porquanto coisa santíssima é.
13 Comê-la-eis em lugar santo, porque isto é a tua porção e a porção de teus filhos, das ofertas queimadas do SENHOR; porque assim me foi ordenado.
14 Também o peito da oferta movida e a coxa da oferta comereis em lugar limpo, tu, e teus filhos, e tuas filhas, porque foram dados por tua porção e por porção de teus filhos, dos sacrifícios pacíficos dos filhos de Israel.
15 A coxa da oferta e o peito da oferta movida trarão com as ofertas queimadas de gordura, para mover por oferta movida perante o SENHOR, o que será por estatuto perpétuo, para ti e para teus filhos, como o SENHOR tem ordenado.
16 Moisés diligentemente buscou o bode da oferta pelo pecado, e eis que já era queimado; portanto, indignando-se grandemente contra Eleazar e contra Itamar, os filhos que de Arão ficaram, disse:
17 Por que não comestes a oferta pelo pecado no lugar santo? Pois coisa santíssima é; e o SENHOR a deu a vós outros, para levardes a iniqüidade da congregação, para fazerdes expiação por eles diante do SENHOR.
18 Eis que desta oferta não foi trazido o seu sangue para dentro do santuário; certamente, devíeis tê-la comido no santuário, como eu tinha ordenado.
19 Respondeu Arão a Moisés: Eis que, hoje, meus filhos ofereceram a sua oferta pelo pecado e o seu holocausto perante o SENHOR; e tais coisas me sucederam; se eu, hoje, tivesse comido a oferta pelo pecado, seria isso, porventura, aceito aos olhos do SENHOR?

O culto deveria ser oferecido da forma correta de acordo com as prescrições do senhor tendo a proclamação da palavra o centro do culto.
Estes últimos versos mostram como Moisés não apenas instrui como dever ser, mas também mostra na prática.
Veja que Moisés usou a revelação divina para consertar o culto profano que foi oferecido. A maior parte da narrativa são as instruções de Moisés, proclamando a revelação do Senhor.
Uma vez que o culto do Antigo Testamento foi cumprido plenamente na pessoa e obra de Jesus, o nosso culto deve ser em torno dele. Nosso culto, mais do que nunca deve ser regulamentado pelas Escrituras. Aquilo que está nas Escrituras deveria ser suficiente para oferecemos no nosso culto ao Senhor.

O que deve fazer parte do culto: Cânticos, Leitura da Palavra, Pregação e orações. Acrescente-se os sacramentos: A Ceia do Senhor e o batismo. Mais nada é previsto ou prescrito na Palavra.

Vejam se não faz sentido as seguintes palavras:
Calvino: Não podemos adotar artifício em nosso culto que pareça satisfazer a nós mesmos, e sem levar em conta as exortações daquele que tem o direito de prescrevê-las. Portanto, se desejamos que ele aprove nosso culto, esta regre que ele mesmo enfatiza com muita rigidez, tem de ser observada com zelo.
Calvino: Deus reprova todos os tipos de cultos não sancionados expressamente por sua Palavra.
John Hooper – “Na igreja não deve ser utilizado nada que não tenha a aprovação expressa das Escrituras. Que não traga qualquer proveito quando utilizado e nenhum prejuízo quando omitido.”

O culto todo deve ser em torno da Santíssima Trindade. Ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Tudo o que fizermos no culto deve ser para a glória de Deus.
O culto antropocêntrico, centrado nas emoções humanas, sensível aos interessados, nada disso é o culto bíblico.
O culto bíblico é centrado em Deus. Centrado no Evangelho. Centrado na obra da cruz.
A música precisa ser bíblica. A música precisa ser extraída da Palavra.
A oração precisa ser de acordo com a vontade de Deus, como todas as orações verdadeiras.
A pregação deve ser centrada na Palavra. Centrada no Evangelho e que anuncie a pessoa e a obra de Cristo para a glória de Deus.
Tyndale – Busque a Palavra de Deus em todas as coisas, e sem ela não faça nada, mesmo que pareça glorioso.
Confissão de Fé de Westminster – A forma aceitável de cultuar ao Deus verdadeiro é instituída por ele mesmo e é limitada por sua vontade revelada, de modo que ele não pode ser cultuado segundo as imaginações e invenções humanas, nem segundo as sugestões de Satanás, sob alguma representação visível, ou por qualquer outra forma não prescrita da Sagrada Escritura.

O alvo do culto do ponto de vista de Deus é que conheçamos a obra de seu filho. É que conheçamos a Cristo na cruz.
No culto, Cristo deve ser mostrado vindo ao mundo para salvar os pecadores.
No culto, Cristo deve ser mostrado “padecendo sob o poder de Pôncio Pilatos, sendo crucificado, morto e sepultado” – por nós pecadores.
No culto, Cristo deve ser mostrando – ressuscitado. “Ressurgiu dos mortos ao terceiro dia, está assentado à direita de Deus Pai, Todo Poderoso.”
No culto, Cristo deve ser mostrado vivo e presente com seu povo. Até que ele venha, glorioso, para finalmente – nos mostrar o mundo que há de vir.

Dito isto, eu preciso fazer algumas considerações finais.
Valorizemos o culto como regulamentado e determinado por Deus, zelando pelo culto bíblico em sua forma e essência.
Não despreze a importância do culto – pois o culto é para Deus e é o meio de sermos alimentados, instruídos, conduzidos, incluídos na igreja e ministrados por Ele.
É pecado negligenciar o culto, uma vez que o culto é para Deus e na para nós.
O culto não deveria ser aquele evento que fica na primeira opção de descarte em caso de uma agenda cheia no final de semana.
Ensine a sua família o que é culto, a importância do culto e como o Culto deve ser o centro da vida familiar.
O culto sendo é um meio de graça, onde Deus ministra à família.
A família recebe as manifestações da graça, participando do culto.
Que venhamos sempre à presença do Senhor – com um culto verdadeiro, espontâneo, apaixonado – em nome de Cristo – para a glória de Deus.

sábado, 27 de julho de 2019

O Primeiro Sacrifício e a Manifestação da Glória de Deus - Exposições em Levítico nº 15

Sermão pregado em 18 de novembro de 2018 na Capela Missional em Porto Alegre


                                                  Exposições em Levítico nº 15

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                                           A OBEDIÊNCIA E A APROVAÇÃO DE DEUS
Texto: Levítico 9

No primeiro sacrifício da era sacerdotal, Deus mesmo acendeu o fogo no altar.

No primeiro sacrifício da era sacerdotal, Deus mesmo acendeu o fogo sobre o altar.
Este fogo sobre o altar foi a manifestação da sua glória.
A manifestação de sua glória apontava para aquilo que aqueles sacrifícios representavam que era a glória do último sacrifício que aconteceria na cruz, quando o próprio Filho de Deus, Jesus, foi oferecido como oferta para salvação dos pecadores, para a glória de Deus.

No final do capítulo 8 vimos que depois que os sacerdotes foram consagrados, eles ficaram 7 dias dentro da tenda sem poder sair. Era uma ordem divina. Era um teste de obediência. O sacerdote precisava demonstrar que era totalmente obediente a Deus.
No capitulo 9 eles podem sair e deveriam oferecer dois sacrifícios – um por eles mesmos e outro pelo povo todo. Depois do sacrifício, Deus promete que sua glória iria se manifestar.
Eles oferecem o sacrifício e depois disso a glória do Senhor realmente se manifesta. Esta glória se manifestou em forma de fogo que desceu sobre o altar do sacrifício.

                                           I – NOTAS TEXTUAIS
1 –  DEUS PROMETE MANIFESTAR SUA GLÓRIA AOS SACERDOTES. – VS 1 - 6
1 Ao oitavo dia, chamou Moisés a Arão, e a seus filhos, e aos anciãos de Israel
2 e disse a Arão: Toma um bezerro, para oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto, ambos sem defeito, e traze-os perante o SENHOR.
3 Depois, dirás aos filhos de Israel: Tomai um bode, para oferta pelo pecado, um bezerro e um cordeiro, ambos de um ano e sem defeito, como holocausto;
4 e um boi e um carneiro, por oferta pacífica, para sacrificar perante o SENHOR, e oferta de manjares amassada com azeite; porquanto, hoje, o SENHOR vos aparecerá.
5 Então, trouxeram o que ordenara Moisés, diante da tenda da congregação, e chegou-se toda a congregação e se pôs perante o SENHOR.
6 Disse Moisés: Esta coisa que o SENHOR ordenou fareis; e a glória do SENHOR vos aparecerá.
Veja que Deus pede três ofertas – holocausto que era para tratar a questão do pecado.
A Pacífica e Banquete para o relacionamento com Deus.
Os sacerdotes haviam sido nomeados e consagrados. Para que estivessem aptos a oficiar em favor do povo, eles deveriam estar qualificados. Aprovados por Deus. Eles seriam mediadores de Deus com o povo. Ele foram submetidos a um teste de obediência.
A glória se referia à manifestação divina entre o povo. O termo glória no hebraico é Kabod ou Kavod – significava o “peso ou valor”. Por exemplo, a gordura era a glória do animal, pois era o que lhe dava valor. Também significava “excelência”, “majestade”, “grandeza”. No grego do NT é Doxa, que significa brilho, fulgor, majestade.
Por isso, Deus diz que iria fazer aparecer sua glória – que era mostrar que ele estaria presente.
 2 – O ESTABELECIMENTO DO SISTEMA DE SACRIFICIOS PELOS SACERDOTES. V.7
 Depois, disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar, faze a tua oferta pelo pecado e o teu holocausto; e faze expiação por ti e pelo povo; depois, faze a oferta do povo e a expiação por ele, como ordenou o SENHOR.
Deus exige que seja oferecido sacrifício pelo pecado dos sacerdotes e também pelo pecado do povo.
Havia a necessidade antes da manifestação da glória de Deus, antes de Deus se manifestar – de que fossem oferecidas ofertas em favor dos próprios sacerdotes e pelo povo. Deus se manifestaria em resposta aos sacrifícios. Lembrando que este era o sistema de culto da Antiga Aliança. Na Nova Aliança, Jesus cumpriu este sistema e ele é o sistema.
 3 – A NECESSIDADE DE TRATAR O PECADO. VS 8-16
8 Chegou-se, pois, Arão ao altar e imolou o bezerro da oferta pelo pecado que era por si mesmo.
9 Os filhos de Arão trouxeram-lhe o sangue; ele molhou o dedo no sangue e o pôs sobre os chifres do altar; e o resto do sangue derramou à base do altar. 10 Mas a gordura, e os rins, e o redenho do fígado da oferta pelo pecado queimou sobre o altar, como o SENHOR ordenara a Moisés. 11 Porém a carne e o couro queimou fora do arraial. 12 Depois, imolou o holocausto, e os filhos de Arão lhe entregaram o sangue, e ele o aspergiu sobre o altar, em redor. 13 Também lhe entregaram o holocausto nos seus pedaços, com a cabeça; e queimou-o sobre o altar.
14 E lavou as entranhas e as pernas e as queimou sobre o holocausto, no altar. 15 Depois, fez chegar a oferta do povo, e, tomando o bode da oferta pelo pecado, que era pelo povo, o imolou, e o preparou por oferta pelo pecado, como fizera com o primeiro.
16 Também fez chegar o holocausto e o ofereceu segundo o rito.
O primeiro sacrifício foi pelo pecado, tanto do sacerdote como do povo.
Esta era a demonstração da sublimidade de Deus e sua santidade. Só pode existir um Deus se ele for santo, caso contrário não seria Deus. Ver Deus como santo. Entender Deus como santo, nos leva a crer na sua justiça, na sua bondade e no seu amor. Principalmente na sua justiça. A santidade é o que dá credibilidade. O termo santo é Kadosh – que significa Separado. Aquele que é separado, superior, excelso, que está acima, que é puro, que é absolutamente perfeito. A necessidade de tratar o pecado tanto do sacerdote como do povo é devido à santidade de Deus.
4 –  O RELACIONAMENTO PACTUAL ENTRE DEUS E O POVO. Vs 17-22
17 Fez chegar a oferta de manjares, e dela tomou um punhado, e queimou sobre o altar, além do holocausto da manhã.
18 Depois, imolou o boi e o carneiro em sacrifício pacífico, que era pelo povo; e os filhos de Arão entregaram-lhe o sangue, que aspergiu sobre o altar, em redor,
19 como também a gordura do boi e do carneiro, e a cauda, e o que cobre as entranhas, e os rins, e o redenho do fígado.
20 E puseram a gordura sobre o peito, e ele a queimou sobre o altar;
21 mas o peito e a coxa direita Arão moveu por oferta movida perante o SENHOR, como Moisés tinha ordenado.
22 Depois, Arão levantou as mãos para o povo e o abençoou; e desceu, havendo feito a oferta pelo pecado, e o holocausto, e a oferta pacífica.
O Segundo Sacrifício foi pela comunhão com Deus.
As duas outras ofertas foram a de Manjares ou Banquete e a Pacifica. As três foram colocadas no altar. O pecado deveria ser tratado, este era o objetivo da oferta de holocausto. A comunhão com Deus deveria ser estabelecida, este era o propósito da oferta de manjares ou banquete. A comunhão com Deus deveria ser mantida, este era o objetivo da oferta pacífica.
Mais uma vez lembrando que todo este ritual representava Jesus. Antes de Jesus vir ao mundo morrer na cruz, havia a necessidade destes rituais. Jesus cumpriu, deu significado aos rituais. Ele é o significa e ele é o verdadeiro ritual.
5 – A MANIFESTAÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS. VS 23-24
23 Então, entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; e, saindo, abençoaram o povo; e a glória do SENHOR apareceu a todo o povo.
24 E eis que, saindo fogo de diante do SENHOR, consumiu o holocausto e a gordura sobre o altar; o que vendo o povo, jubilou e prostrou-se sobre o rosto.
A manifestação da glória foi o sinal da aceitação do sacríficio.
A manifestação da glória foi o sinal de que o sacrifício representava algo maior que havia de vir.
Estava inaugurado pacto de Deus com o povo hebreu.
A glória de Deus se manifestou na forma de fogo.
Fogo desceu sobre o altar e queimou o sacrifício.
Este fogo foi uma manifestação miraculosa. Ele não foi acendido por um homem, ele foi aceso de forma sobrenatural.
O povo todo ficou assombrado e todos se curvaram em sinal de adoração.

                                           II – NOTAS HOMILÉTICAS
1 – A OBEDIÊNCIA DO SACERDOTE REPRESENTAVA A OBEDIÊNCIA DE JESUS.
A promessa de Deus em manifestar sua glória foi feita após os sete dias de obediência dos sacerdotes. Os sacerdotes representavam Jesus até que ele viesse ao mundo. Jesus foi o verdadeiro sacerdote. Ele foi totalmente obediente ao Pai. A morte de Jesus na cruz em nosso lugar e em nosso favor foi uma obra de obediência ao Pai. Ele várias vezes afirmou que tinha prazer em obedecer ao Pai.
João 5.38 - Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.
2 –   OS SACRIFÍCIOS REPRESENTAVAM O PRÓPRIO SACRIFÍCIO DE JESUS.
Os sacrifícios oferecidos pelos sacerdotes representavam Jesus sendo morto na cruz.
O holocausto representava a morte de Jesus.
As  ofertas de banquete representava a vida perfeita de Jesus. 
A Oferta Pacífica representava a obra completa e realizada por Jesus.
Ele deu sua própria vida em nosso favor. Sua morte é o sacrifício que nos salva da condenação eterna. Sua morte é o sacrifício que nos abençoa.
Sua morte é o sacrifício que nos torna filhos de Deus. Sua morte é o sacrifício que Deus aceitou para nos aceitar.
3 - A GLÓRIA DO SENHOR ERA A PROVA DA PRESENÇA DO SENHOR. 
No Antigo Testamento a glória do Senhor era a presença do Senhor se manifestando.
Como Deus não podia ser visto, o povo via algo como um fogo, um brilho grandioso.
Este sinal era para mostrar como Deus era grandioso e majestoso. Como ele era santo e poderoso. Esta manifestação divina representava a excelência da pessoa de Jesus que se manifestou vindo ao mundo. João 1.14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
Jesus é a maior manifestação de Deus, porque é Deus vindo ao mundo.
Muitas pessoas pensam que Deus ainda vai se manifestar com brilho e fogo – mas não entendem que aqueles sinais representavam a Excelência, a majestade e preciosidade da pessoa de Jesus.
4 -  O FOGO DESCENDO SOBRE O ALTAR SIGNIFICA A ACEITAÇÃO DE DEUS DO SACRIFÍCIO.
O fogo descendo sobre o sacrifício mostrava que aquele sacrifício apontava para algo maior.
O fogo descendo sobre o sacrifício apontava para a glória do verdadeiro sacrifício que aquele representava.
Aquele primeiro sacrifício, apontava como sombra para o último e definitivo sacrifício; a oferta divina, a morte do Filho de Deus.
Representava a aceitação de Deus do sacrifício de Jesus. Deus aceitou o sacrifício de Jesus e sua glória se manifestou – Isto é, o melhor aconteceu – a nossa salvação chegou – que é a melhor coisa que poderia ter acontecido e aconteceu.
Não necessitamos mais oferecer sacrifícios, Jesus é o nosso sacrifício.
Não necessitamos mais de manifestação divina para crermos, Jesus é a manifestação de Deus em quem nós cremos.
Não necessitamos mais oferecer nada como oferta para Deus, porque a oferta definitiva já foi apresentada.
Jesus é a oferta sobre o altar. Todas as religiões exigem ofertas aos deuses. No cristianismo, Deus é quem oferece a oferta no altar. Esta oferta foi oferecida a si mesmo, como sacrifício em favor de seus escolhidos.
Esta é a glória do sacrifício de Jesus - ele mesmo. Deus sendo oferecido no altar em favor dos pecadores que Deus quis salvar.

VIVER COM PACIÊNCIA, ESPERANÇA E PERSEVERANÇA – Romanos 8.18-25

  Pregado em 03 de maio de 2020 sexto sermão na Pademia                                                                                     ...