terça-feira, 11 de dezembro de 2012

SIMÃO DE CIRENE - O HOMEM QUE CARREGOU A CRUZ DE JESUS - Mateus 27.32

Pregado em março de 2008 - em Erechim



Mt 27.32 - Ao saírem, encontraram um cireneu, chamado Simão, a quem obrigaram a carregar-lhe a cruz.
Mc 15.21- E obrigaram a Simão Cireneu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar-lhe a cruz

Quem carrega a cruz de Jesus é digno é de Jesus, pois a cruz da condenação ele levou em nosso lugar..

Jesus havia sido maltratado. Passara a noite sem dormir.
Passou horas de agonia no jardim. Foi preso. Levado a um longo interrogatório. Foi arrastado da casa de Caifás para a casa de Anás, para o palácio de Herodes e novamente foi açoitado, injuriado e recebeu em sua cabeça uma coroa de espinhos.
Após tudo, após este sofrimento, foi colocado sobre ele a parte horizontal da cruz, pesando mais de 60 kilos.
Jesus estava debaixo desta maldição, de toda esta maldição.
Sobre os ombros de Jesus, aquela cruz pesava muito mais.
Ele não conseguia anda com a cruz nos ombros.
Passando por ali, um homem, um africano, israelita de Cirene – chamado Simão – obrigaram-no a carregar a cruz.
Este Simão, pelas evidências do Novo Testamento, depois de carregar aquela cruz, nunca mais esqueceu de Jesus e se tornou um seguidor apaixonado.
Seus filhos eram bem conhecidos da igreja primitiva. Marcos o chama de pai de Alexandre e Rufus.
Paulo manda saudações a um certo Rufus e sua mãe (Rom 16.13).
Vejamos algumas lições e implicações deste ato de Simão de Cirene:

1 – QUEM CARREGA A CRUZ DE JESUS NÃO CARREGA SEU PESO, MAS SEUS BENEFÍCIOS.
Quem se dispõe a carregar a Cruz de Jesus, recebe a leveza na alma, alivio para a alma.
Ao carregar a nossa cruz – aquela que Jesus nos dá, somos beneficiados.
A cruz que o cristão carrega, alivia sua alma.
Desfaz o peso da vida. Desfaz os traumas e cura a vida de todas as feridas.
Simão, carregou o peso físico da cruz, enquanto Jesus carregava o peso espiritual da cruz. Simão carregava o peso material, Jesus carregava o peso cósmico. O peso místico da cruz.
Na cruz, existem benefícios para a humanidade e quem se dispõe a carregar sua cruz, é beneficiado por ela.

2 – QUEM CARREGA A CRUZ DE JESUS, É ABENÇOADO POR ELE.
Simão, vinha de longe, mas ao chegar a Jerusalém, foi o único digno diante de Deus e das pessoas de carregar aquela cruz para Jesus.
A cruz para Jesus, era  a maldição.
A Bíblia diz que ele se fez maldição por nós – Gl 3.13 – “Cristo, nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar.”
Ele foi amaldiçoado para sermos abençoados.
Por isso, ao carregar a cruz, Simão recebeu a benção.
Ele foi abençoado por aquela cruz.
Ele caminhou ao lado de Jesus na hora de sua dor.
Ele  experimentou o caminho de dor de Jesus. Ele subiu ao monte da morte de Jesus.

3 – QUEM CARREGA A CRUZ DE JESUS, É DIGNO DE JESUS.
Torna-se digno de Jesus. Jesus disse: “quem não toma a sua cruz e vem após mim, não é digno de mim.” Mt 10.38
Simão, não sabia no inicio quem era Jesus, mas com certeza conheceu Jesus naquele caminho. Não sabemos se Jesus falou com ele.
Mas, sabemos quem é Jesus.
O que sabemos é que quem anda ao lado de Jesus; quem anda com Jesus, não é rejeitado por ele. Nunca é esquecido por Jesus.
Nunca será desamparado por Jesus.
Simão, se tornou um discípulo e seus filhos, pregadores do Evangelho.
Foram honrados pela igreja de Jesus.
Fizeram parte da igreja de Jesus.
Aquele que vem a Jesus, torna-se  digno de Jesus.

4 – QUEM CARREGA A CRUZ DE JESUS, É RECOMPENSADO POR ELE.
Veja que Simão e seus filhos tiveram seus nomes mencionados no livro de Deus – nas Escrituras.
Mais importante, porém, foi que com certeza seus nomes foram registrados no livro da salvação – o livro da vida.
Ele é o exemplo de todos os cristãos verdadeiros.
Ele é o símbolo de todos aqueles que se lançam na caminhada da fé.
Ele é o símbolo de todos aqueles que tomam sua cruz e seguem a Jesus todos os dias.
Daqueles que seguem a Jesus em qualquer circunstância ou situação.
Aqueles que não se negam a até a sofrer por Jesus, pelo nome de Jesus.
Aqueles que andam com Jesus, mesmo no caminho da dor.
Aquela caminhada de Simão mudou sua vida.
Ele era um desconhecido na galeria da história da salvação.
Ao participar daquela caminhada rumo ao Calvário, aquele desconhecido, participou do ápice, do momento mais glorioso da história da salvação.
Aquela caminhada mudou o  futuro de Simão e de sua família.
Ele subiu com Jesus ao monte da salvação. Ele ajudou Jesus a subir o monte.
Simão e sua caminhada – que caminhada!
Carregou a cruz material, o madeiro. Enquanto ao seu lado Jesus, carregava as dores de Simão, os traumas, os fracassos e a perdição de seu ajudante.

Na verdade, todos somos Simão e necessitamos fazer a mesma caminhada. Sabendo que o maior peso – Jesus carrega.

Rogério Nascimento - pastor da Capela Missional / Porto Alegre
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sábado, 8 de dezembro de 2012

A ARTE DE LEVAR PESSOAS A CRISTO - João 1.35,36


Pregado em agosto de 2010

João 1.35,36 - No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos 36 e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus!
  João Batista era o ultimo dos profetas.

Era um grande pregador. Ele tinha um ministério profético muito eficaz.
Ele tinha uma mensagem própria – arrependimento.
Ele tinha uma cerimônia própria – o batismo nas águas como confirmação do arrependimento.
O notável em João Batista é seu testemunho sobre a pessoa de Jesus.
No dia anterior, ele já havia dado testemunho sobre Jesus, apontando que Jesus era o Messias.
Nesta passagem, ele não apenas testemunha, mas leva seus próprios discípulos a seguirem Jesus.
Os dois discípulos, eram Andre e provavelmente João.
João Batista, ele mesmo, não se tornou um seguidor de Jesus, mas tudo indica, depois que Jesus iniciou seu ministério, abriu caminho para o ministério de Jesus.
Seus próprios discípulos se tornam seguidores de Jesus – sem que fossem impedidos por João.
Os primeiros discípulos de Jesus, portanto, foram antes discípulos de Jesus.
O que João Batista fez e que serve de lição para nós – e que  devemos fazer também?
1 – ELE TESTEMUNHOU, UM TESTEMUNHO CONTINUO DE CRISTO.
Veja, que ele já havia testemunhado no dia anterior que Jesus era o cordeiro de Deus.
Ele estava na companhia de seus próprios discípulos. Ele não se cansou de testemunhar.
Ele aproveitou a oportunidade que surgiu. Ele conduziu pessoas a Jesus, pois ele mesmo sendo um pregador – não olhou para si mesmo, mas apontou para Jesus.
Esta atitude de João Batista constitui um modelo de como levar pessoas a Jesus.
a – Olhar para Jesus como salvador.
b- Testemunhar de Jesus continuamente.
C – Aproveitar as oportunidades, todas as oportunidades.
João Batista estava com seus discípulos – eles se tornaram seguidores de Jesus.
É por isso que devemos falar de Jesus – não porque alguém poderá crer, mas porque alguém certamente, vai crer.
Onde menos esperamos, tem um eleito de Deus. Uma pessoa que precisa de Jesus. Uma pessoa precisando de salvação.
Sempre há um candidato a salvação. À libertação – á vida eterna.
2 – ELE FEZ DE SEUS DISCÍPULOS, DISCÍPULOS DE CRISTO.
Sua palavra naquele momento foi para seus discípulos, levando-os a compreender que a salvação estava em Cristo.
Ele não impediu que seus discípulos o deixassem para seguir a Jesus.
Aqui aprendemos que nossa maior missão é fazer  discípulos - discípulos de Cristo.
Discípulo é um seguidor – uma pessoa que se liga intimamente a outra para aprender sua mensagem.
Discípulo, também vive a mensagem.
Discípulo segue. Discípulo, se entrega.
Ser um discípulo de Jesus, é estar unido à ele, seguindo à ele.
3 – ELE PREGOU SOBRE A MENSAGEM SALVADORA DE JESUS.
Sua mensagem aos discípulos, foi o que chamaríamos hoje de mensagem cristôcentrica.
Ele não perdeu tempo como inutilidades. Com humanidades. Com religião ou religiosidade. Ele falou sobre a obra de Jesus – “eis os cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”
A mensagem de cada cristão, de cada um que se diz um cristão – especialmente dos pregadores – é esta: Jesus é o salvador.
Toda mensagem deve seguir este modelo – Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
A mensagem deve sempre levar o pecador a Jesus.
4 – ELE COMPARTILHOU SUA FÉ PARTICULAR, LEVANDO A OUTROS TAMBÉM SUA FÉ.
Ele já sabia que Jesus era o Cristo – o salvador.
Ele já havia crido – ele, porém, não guardou para si sua fé no salvador.
Ele, no dia anterior já havia falado, no dia seguinte continuou dizendo o que cria.
Esta atitude nos ensina como devemos nos comportar – como testemunhas de Jesus.
Devemos compartilhar nossa fé. Não podemos nos esconder, nem esconder nossa fé.
João Batista ao compartilhar sua fé, ganhou, levou pessoas a Jesus. Nós aos fazermos como ele – ganharemos muitas almas. Muitas pessoas a Jesus – o salvador. 
 

 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

BARRABÁS - O HOMEM QUE ESCAPOU DA CRUZ – II - Mateus 27.15-26

Pregado em Março de 2008
 
Mt 27.15-26 -
15 Ora, por ocasião da festa, costumava o governador soltar ao povo um dos presos, conforme eles quisessem.
16 Naquela ocasião, tinham eles um preso muito conhecido, chamado Barrabás.
17 Estando, pois, o povo reunido, perguntou-lhes Pilatos: A quem quereis que eu vos solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado Cristo?
18 Porque sabia que, por inveja, o tinham entregado.
19 E, estando ele no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito.
20 Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus.
21 De novo, perguntou-lhes o governador: Qual dos dois quereis que eu vos solte? Responderam eles: Barrabás!
22 Replicou-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Seja crucificado! Responderam todos.
23 Que mal fez ele? Perguntou Pilatos. Porém cada vez clamavam mais: Seja crucificado!
24 Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco!
25 E o povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!
26 Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado.
Jesus não apenas morreu por nós, mas em nosso lugar.
Na sua morte, foi castigado por nós.
Ele levou nossos pecados e sofreu a morte que nós merecíamos, da mesma forma que morreu a morte que era de Barrabás.
Ele foi pendurado em uma cruz no lugar de Barrabás, assim como foi pendurado na cruz em nosso lugar.
Como Barrabás, nós estávamos condenados.
“mortos em nossos delitos e pecados.”
“mortos em nossas transgressões.”
O sangue de Jesus foi derramado, como sangue da substituição.
Como Barrabás estávamos condenados à morte eterna, até Jesus ter tomado nosso lugar.
Como Barrabás, fomos libertados e essa liberdade é libertação eterna.
“todos nós, tal qual ovelhas nos desviamos, cada um de nós voltou para o seu próprio caminho, e o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.” Is 53.6
Vejamos alguma lições deste fato:
- I  - 
A substituição de Cristo, não garantiu para Barrabás a salvação eterna, mas somente a salvação “daquela” cruz.

No plano eterno a salvação é exclusiva “oikonomia” administração de Deus. No plano eterno a salvação é questão de “eleição” eterna. De escolha divina e nisto temos de nos curvar com reverente ignorância diante de tão grandiosa verdade.
No horizonte humano e histórico a salvação é também uma decisão humana. É uma fato que envolve uma história pessoal. Um “crer”.
A morte de Cristo não garante para nós a salvação de não “crermos” nela. A não ser que creiamos nele.
Mais uma vez, estamos olhando as coisas, como evento humano e histórico.
No plano eterno, cremos, porque, Deus colocou em nós fé para exercitarmos este “crer”.
- II – 
Precisamos nos apropriar dos benefícios da obra realizada por Cristo.
Como? Crendo no sacrifício de Jesus, como solução para nossa tão grande perdição.
“porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.” (ver Rom 5.6-8)
“Cristo morreu pelos nossos pecados.” 1Cor 15.3
“Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios pecados, mas ainda pelos do mundo inteiro.” ‘João 2.2
- III –
 Somos cada um o próprio Barrabás.
Barrabás não era pior do que cada um de nós, em termos de natureza pecaminosa. A cruz que era dele, é também a nossa. Deveria ser a nossa.
Assim como Barrabás merecia ter morrido na cruz feita para ele, nós também merecíamos a nossa cruz.
Mas, houve para Barrabás um substituto. Há pra nós um substituto. Jesus Cristo.
- IV –
Ao substituir Barrabás, Cristo deu cores históricas à substituição pelos salvos.
Esta é grandeza da obra da cruz. 
É sua poderosa influência.
 Seu grandioso poder.Jesus Cristo, 
o substituto –o único que por ser Deus,
 poderia substituir a humanidade. 
Assim o fez.
Assim morreu.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

BARRABÁS - O HOMEM QUE ESCAPOU DA CRUZ - I - Mateus 27.15-26

Pregado em março de 2008



O HOMEM QUE ESCAPOU DA CRUZ  - I -
Mt 27.15-26 - Ora, por ocasião da festa, costumava o governador soltar ao povo um dos presos, conforme eles quisessem.16 Naquela ocasião, tinham eles um preso muito conhecido, chamado Barrabás.17 Estando, pois, o povo reunido, perguntou-lhes Pilatos: A quem quereis que eu vos solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado Cristo?18 Porque sabia que, por inveja, o tinham entregado.19 E, estando ele no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito.20 Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus.21 De novo, perguntou-lhes o governador: Qual dos dois quereis que eu vos solte? Responderam eles: Barrabás!22 Replicou-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Seja crucificado! Responderam todos.23 Que mal fez ele? Perguntou Pilatos. Porém cada vez clamavam mais: Seja crucificado!24 Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco!25 E o povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!26 Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Jesus, substituíndo a Barrabás, se tornou o nosso substituto. Sendo nosso substituto, substituiu, também a Barrabás.
Pilatos, estava julgando Jesus e como solução, oferece Barrabás como última opção.
Segundo muitas fontes, o primeiro nome de Barrabás, também era Jesus, por isso, Pilatos perguntas se o povo queria Barrabás ou Jesus chamado Cristo.
Veja que são os sacerdotes e os lideres que fazem a opção.Barrabás era um prisioneiro condenado a ser crucificado. Era um homicida, um assassino (At 3.14)
Se algum homem no planeta soube realmente o que significa Jesus ter tomado a sua cruz e morrido em seu lugar, esse homem foi Barrabás.
Se existe uma pessoa com a qual cada um de nós pode se identificar, essa pessoa é Barrabás.
Barrabás foi o homem liberto no lugar de Jesus.
Mas, porque Pilatos, diante de tantos prisioneiros oferece justamente Barrabás?
O texto diz que Barrabás era muito conhecido – episemon- “popular”, “marcado” – talvez fosse um herói para muitos.
A verdade, é que Pilatos escolheu o pior prisioneiro.
Barrabás significa – “filho do pai”. Talvez fosse de uma família notória.
O certo, é que seria crucificado naquele dia.
A terceira cruz, a cruz do meio era destinada à ele.
Barrabás, soube da notícia. Ao invés de ser crucificado, é declarado livre, e sabe que outro será crucificado em seu lugar.
Vejamos as verdades que este acontecimento nos traz:
I – BARRABÁS ESCAPOU DA CRUZ POR CAUSA DA OPÇÃO DO MUNDO PELO PECADO.
O mundo é atraído pelo pecado. Pilatos escolhe o pior bandido para oferecer como opção a Jesus.
Três prisioneiros estavam condenados à morte. O líder do bando, mais dois comparsas.
O pior homem do povo foi oferecido como opção ao melhor homem que já existiu.
Um criminoso e um justo.
Um filho do diabo diante do filho de Deus.
Os lideres escolheram Barrabás. Os religiosos escolheram Barrabás. Isto revela duas intrigantes realidades:
1 – As soluções e escolhas do mundo são pelas piores opções e pela razão pecaminosa.
O pecado trouxe cegueira às pessoas. Assim, as pessoas escolheram as piores atitudes.
Escolheram o mal. Fazem as piores opções possíveis.
Entre o bom e ruim, escolhem o ruim.
Entre o bem e o mal, escolhem o mal.
O bem é criticado. Quem anda certo é criticado. Quem quer se santificar é ridicularizado.
O melhor, sempre é considerado o pior. O pior, sempre é considerado o melhor.
Escolhe-se a pior opção. Escolhe-se pelo prazer, pela satisfação. Pelo egoísmo.
Odeia-se o bem. Ama-se o mal.
2 – Os valores do mundo são condicionados e movidos pelo desejo pecaminoso.
O povo não quis o filho de Deus. O povo não aceitou a justiça. A escolha do povo era contrária à vontade de Deus.
Escolheram um homicida, rejeitando a vida.
O mundo valoriza o erro. O mundo valoriza quem não tem valor.
O prazer, a satisfação, a diversão, o sucesso, a fama, os aplausos, a aprovação, o reconhecimento, o dinheiro – nada disso tem valor para Deus.Prefere-se o ódio ao amor. Prefere-se a vingança ao perdão.
II – BARRABÁS, ESCAPOU DA CRUZ POR CAUSA DA OPÇÃO DE DEUS PELA GRAÇA.
"Lá entre os dois ladrões,e na mesma cruz em que Barrabás, o líder do bando deveria ser crucificado, seu substituto morreu’ A.T.Robertson
O condenado foi posto em liberdade. Aquele que não tinha culpa, foi condenado à morte.
Isto revela duas maravilhosas realidades.
1 – A escolha iníqua das pessoas, foi a oportunidade da graça se manifestar.
A palavra de Deus diz: “onde aumentou o pecado, aumentou ainda mais a graça.” Rom 5.20
Onde as pessoas erraram, Deus fez deste erro a oportunidade da manifestação da misericórdia.
Por isso, hoje a graça e a misericórdia alcançam o necessitado, o pecador, o desesperado.
Nem tudo está perdido para os perdidos.
2 – A escolha de Barrabás foi a maneira de Deus para nos salvar.
Na pior escolha da humanidade, Deus agiu com a maior manifestação da graça.
Jesus, substituíndo a Barrabás, se tornou o nosso substituto. Sendo nosso substituto, substituiu, também a Barrabás.
Jesus foi crucificado na cruz que era para Barrabás.
Ele morreu no lugar do bandido.
Ele, Barrabás, se tornou o símbolo daqueles que se arrependem.
Barrabás, ilustra da doutrina da expiação. Jesus morreu como substuto.
Ele substituiu a todos nós. Ele morreu em nosso lugar.
Nosso papel é aceitar sua morte como nossa.
Ao substituir Barrabás, Jesus o livrou apenas da pena da cruz.
Ao aceitar sua morte na cruz, não somos apenas livres de uma cruz, mas da condenação eterna.
Esta é a grande doutrina da expiação.
Jesus morrendo não por nós, mas em nosso lugar.
Jesus morrendo em nosso lugar – sua morte se torna morte “por nós”.
Mas tenha isso em mente, primeiramente devemos pensar sua morte como substituição. Ele substituiu você na cruz. Diante de Deus.
Creia nesta grandiosa revelação. Nesta maravilhosa revelação.

LUZ DE DEUS PARA NOSSAS HORAS MAIS ESCURAS - Salmos 18

pregado em outubro de 2010

    



SL 18.4-6, 16-18
4 Laços de morte me cercaram, torrentes de impiedade me impuseram terror.
5 Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam.
6 Na minha angústia, invoquei o SENHOR, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos.
16 Do alto me estendeu ele a mão e me tomou; tirou-me das muitas águas.
17 Livrou-me de forte inimigo e dos que me aborreciam, pois eram mais poderosos do que eu.
18 Assaltaram-me no dia da minha calamidade, mas o SENHOR me serviu de amparo.

Todos passamos por noites escuras, porém o Senhor não nos deixa na escuridão, iluminando-nos em nossos piores momentos.

Este salmo por Davi depois de uma grande vitória sobre seus inimigos liderados por Saul. Saul o perseguiu tanto que Davi teve que se refugiar dentro de uma caverna escura. Lá dentro daquela caverna, no meio da escuridão ele aprendeu sobre a ação do Senhor na noite escura.
Ali no escuro ele aprendeu sobre a luz do Senhor. Ali ele aprende tudo sobre o Senhor. Ali ele forma através de sua experiência o cuidado de Javé e forma também sua confissão de fé para toda a sua vida.
Aquele que antes fora celebrado como o grande campeão, agora está fazendo um estágio no abandono de um abrigo, de um refúgio escuro.
Mas ali na escuridão ele não permite que sua vida fosse apagada pela falta de luz, pois ele sabia que ainda que a escuridão o rodeasse, a verdadeira luz estava ali com ele.
Ele aprendeu que ainda que a escuridão o cercasse, não havia razões para o desespero.
Existem alguns momentos em que nos sentimos sem luz, como que abandonados numa caverna qualquer da vida.
Estes momentos são descritos como:

1.A NOITE ESCURA DA ALMA – “laços de morte me cercaram...” (V.4).
Acontece quando os temores nos assaltam, quando perdemos a substância da confiança, a autoestima, as forças interiores que nos faz vencer.
Quando algumas coisas começam a não fazer mais sentido.
Quando procuramos pela esperança, mas ela já foi embora.
Quando procuramos pela fé, mas ela está fraca.
Quando procuramos pelo entusiasmo, mas ele já nos abandonou.
É a escuridão da alma. É a alma da gente dominada pelo terror, pelo pavor, pela a angústia existencial, pelos medos que nos assombram, pelos imprevistos que nos batem à porta.
Mas na noite escura da alma brilha a luz do Senhor, ele “derrama luz nas nossas trevas”.

2. A NOITE ESCURA DAS CIRCUNSTÂNCIAS ADVERSAS “ cadeias infernais me cingiram...tramas de morte me surpreenderam” (v.5)
É quando tudo está bem, de repente as coisas mudam, algo ruim acontece, quando não vemos uma luz no fim do túnel dos acontecimentos.
É quando parece que já não temos mais onde recorrer, não temos mais a situação sob nosso controle.
Mas na escuridão de nossas circunstâncias mais adversas: “ele faz resplandecer a nossa lâmpada”

3. A NOITE ESCURA DAS EMOÇÕES FRAGILIZADAS. “na minha angustia....” (v.6)
É quando nos sentimos abandonados na vida. quando as forças mais confiáveis de nosso ser nos abandonam. É quando não temos mais a confiança de que vamos sobreviver á crise, não temos mais certeza onde o caminho vai dar. Não temos mais certeza se nosso barco vai chegar algum dia á terra firme.

4. A NOITE ESCURA DA PERDA DO CONTROLE. “Tirou-me das muitas águas” (v. 16b)
É quando nos vemos no meio da mais tenebrosa tempestade. Parece que estamos em alto mar. Como nosso barco afundando.
Os discípulos passaram por isso (Mc 6.45-50).
Eles estavam sozinhos no barco. Eles haviam perdido o controle. Parecia que ninguém estava vendo a luta deles.
Mas não, alguém estava acordado, alguém estava vigiando. Alguém andou para dentro da tempestade, chegou perto do barco e disse: “eu estou aqui”. Ele- Jesus – estava no escuro – no escuro da experiência deles.
Na escuridão do mar. No pavor do momento. No terror – quando só se via a tragédia – Jesus falou uma palavra. Jesus derramou luz naquela escuridão toda. O Senhor não nos desampara (vs.16,17)

5- A NOITE ESCURA DAS IMPOSSIBILIDADES. "assaltaram-me no dia na minha calamidade...(V.18)
Sempre tem o dia da calamidade. Temos o dia do nada, que a noite chega antes, que a dor acontece, que a graça parece que não dá as caras. É o dia do abandono. É o dia que se faz escuro.

A noite escura é uma realidade na vida. 
Não há como não enfrentar a dor.
 Não como ver a luz sempre. Nem sempre há consolo. 
Nem sempre nossas lágrimas são enxugadas.
 Nem sempre as coisas são como deveriam ser. 
Uma coisa é certa; a luz muitas vezes é simplesmente
 a graça especial, especialmente preparada para cada momento de nossa vida. 
Mesmo na mais densa escuridão. 
Por isso, sempre temos a possibilidade de nos levantarmos e 
seguir em frente, sem parar – sem desanimar. 
Jesus no alto daquela cruz de dor nos abriu o céu e nos garantiu um lugar espaçoso (v.19).
Ele é nossa garantia que a noite não durará para sempre.
A noite de choro passará e o dia da alegria 
vai finalmente se fazer 
realidade
 em
 nossa vida.
 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

MAS ELE, SOZINHO FICOU NA CRUZ - Mateus 27.33-50

Pregado em abril de 2008
              
               
 MAS ELE, SOZINHO FICOU NA CRUZ
MT 27.33-50

33 E, chegando a um lugar chamado Gólgota, que significa Lugar da Caveira,
34 deram-lhe a beber vinho com fel; mas ele, provando-o, não o quis beber.
35 Depois de o crucificarem, repartiram entre si as suas vestes, tirando a sorte.
36 E, assentados ali, o guardavam.
37 Por cima da sua cabeça puseram escrita a sua acusação: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS.
38 E foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda.
39 Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo:
40 Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!
41 De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam:
42 Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele.
43 Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus.
44 E os mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões que haviam sido crucificados com ele.
45 Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra.
46 Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
47 E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Ele chama por Elias.
48 E, logo, um deles correu a buscar uma esponja e, tendo-a embebido de vinagre e colocado na ponta de um caniço, deu-lhe a beber.
49 Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo.
50 E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.

O lugar onde Jesus foi crucificado chama-se Gólgota ou Calvário.
Situa-se fora de Jerusalém.
Depois de ser açoitado, humilhado, ultrajado, levar o escárnio, receber uma coroa de espinhos, carregar a cruz e finalmente ser pregado na cruz – ali ele está pendurado. Levantado entre o céu e a terra.
Ali, na cruz, Jesus está desfigurado.
Ele é crucificado no meio de dois ladrões (transgressores, criminosos, revolucionário, que seja...) como se fosse um criminoso qualquer.
Ali, na cruz, Jesus está sobrecarregado, o mundo inteiro desaba sobre ele.
Ele estava tomando sobre si (levando sobre si) as nossas enfermidades, as nossas dores, o castigo que nos traz a paz, a iniquidade de todos nós, o pecado de muitos.
Ele estava se entregando e sendo entregue por nós.
Ele está sentindo dores indescritíveis.
Ele não procurou fugir da dor.
Ofereceram a ele vinho misturado com mirra – uma espécie de anestésico, capaz de amenizar sua dor. Assim, ele poderia manter sua sanidade mental até o fim. Ele recusou.
As dores de Jesus são voluntárias e conscientes até o fim.
Ele suporta tudo sem reclamar.
Zombam dele, cospem nele, rasgam seu corpo com uma lança e ele não revida, nem mesmo em palavras.
Ele morre em paz, depois do tormento.
Ele entrega o espírito, ele se rende ao pai. Ele fica sozinho, pendurado – levantado entre o céu e a terra.
Não foi uma solidão qualquer.
Estava suspenso, abandonado pelo amigos.
Abandonado pelos discípulos e abandonado pelos seguidores.
O principal abandono, porém, foi o abandono do Pai.
O pai , o ABBÁ, o abandona.
Não há força nele, não vem força de nenhum lugar.
Não haverá socorro do céu.
Não haverá livramento.
Não haverá intervenção sobrenatural.
A mão do Todo-Poderoso não vai agir
A mão salvadora não vai se manifestar
A graça especial, aquela força que invadia a alma dos mártires não se manifestaria, porque ele abriu mão disso.
Ninguém pode vir em seu socorro. Este foi o horror da cruz.
Não havia esperança para Jesus.
Foi o horror maior da cruz de Cristo.

AS IMPLICAÇÕES DA CRUZ
1 – Não havia esperança para Jesus.

Por isso, há esperança para nós. Esperança agora e esperança eterna.

2 – Ele estava sozinho, absolutamente só.
Por isso não somos e jamais seremos abandonados. Nunca mais precisaremos enfrentar as nossas dores sozinhos. Temos a graça de Deus que sempre se manifestará como providência para nós.

3 – Ele enfrentou sozinho a Pilatos e a Herodes.
Por isso, os poderes do mundo não podem nos vencer. Não podem impedir que preguemos o evangelho da esperança para o mundo.

4 – Ele enfrentou a ira dos religiosos.
Por isso ser cristão é seguir a Jesus, não ser escravo de algum sistema religioso.

5 – Sozinho, foi cuspido, açoitado, ultrajado e humilhado.
Para que possa vencer todas os nossos traumas, dores, humilhações. Esta provisão está em nós. Flui da cruz. De Jesus ali levantado.

6 – Sozinho, carregou a cruz.
Não precisamos mais fazer sacrifícios para nos salvar. 
Não precisamos mais lutar pelo nossa salvação. 
Ele fez tudo o que precisava para nossa salvação. Para a nossa justificação. 
Para a nossa redenção. Para a nossa glorificação. 
Tudo esta ao nosso alcance – pela fé.

7 – Sozinho, foi pregado na cruz.
Sozinho foi levantado. Sozinho, consumou a obra da salvação.
Na cruz e da cruz vem a nossa salvação. 
A cruz de Cristo é a obra total de Jesus nos substituindo diante de Deus.
Creiamos nele.
Nos apropriemos da obra da cruz.

VIVER COM PACIÊNCIA, ESPERANÇA E PERSEVERANÇA – Romanos 8.18-25

  Pregado em 03 de maio de 2020 sexto sermão na Pademia                                                                                     ...