AS DORES DE JESUS E O CÁLICE DE DEUS
pastor rogerio nascimento
Pregado em maio de 2007
pastor rogerio nascimento
Pregado em maio de 2007
Mt 26.36-46; Lc 22.39-46
Ao sofrer na cruz, Jesus experimentou
a ira de Deus que era para nós.
Depois de celebrar a Ceia, onde anunciou a inauguração da era da salvação, da Nova Aliança, quando seu sangue iria ser derramado na cruz, Jesus e os seus discípulos se dirigiram para um monte, chamado de Monte das Oliveiras, ali havia um jardim, chamado “Getsêmani”, que significa “fabrica de óleo”.
Chegando ali, pediu que os discípulos ficassem na entrada do jardim, e se retirou para orar, levando apenas três deles.
Ao chegar ai no Getsêmani ele revelou: “estou sentindo uma tristeza mortal”.
Quando Jesus entrou no jardim, ele já sabia de sua humilhação, daquilo que estava para vir (Jo 18.4).
Antes de pisar naquele jardim, ele sabia do cálice que tinha que beber, um cálice amargo. Por isso, sua enorme tristeza. Era uma missão muito difícil e dolorosa, por isso sua enorme tristeza.
No jardim, foi confirmada uma aliança feita pelo Pai, Filho e Espírito Santo antes do mundo ser criado.
Na sua oração, ali no jardim, ele experimentou completamente a profundidade da tristeza humana.
Ele estava experimentando a angustia da alma. Nunca saiu tanta tristeza da alma de uma só pessoa.
Vamos analisar as razões da sua angústia.
1 – A REALIDADE DE SUA ANGUSTIA V.37
Não existem palavras para explicar esta tristeza. Uma angustiante sensação de terror veio sobre o Senhor Jesus, quando ele encarou o que o esperava,
Ele não escondeu seus sentimentos. Ele seria conhecido como homem de dores (ver Is 53.3). Ele foi autentico, ele não escondeu sua dor.
2 - A PROFUNDIDADE DE SUA AGONIA – Lc 22.44
A agonia que ele sofreu no jardim, era suficiente para matá-lo – isto teria acontecido, se Deus não o tivesse preservado para o pior na cruz. Ele precisava chegar à cruz. Lucas nos informa que sua agonia era tanta que seu “suor se transformou como gotas de sangue”.
Porque tanto sofrimento?
Ele não estava com medo na cruz. Ele não temia a morte. O que o fazia sofrer tanto, era o cálice amargo de Deus.
Ele não estava tentando rever a cruz, mas o cálice (Jo 18.11)
3- A NATUREZA DE SUA AGONIA – Lc 22.42
O que era o cálice?
Não era apenas a morte. Não era a dor física da cruz. Não era o açoite ou a humilhação.
Não era a sua horrível tortura, nem sua sede horrível.
O que levou Jesus ao pavor era a ira divina que seria derramada sobre ele.
Este era o cálice. E era insuportável (ver Jr 25.15,16; 25.27,28)
Deus estava para fazer duas coisas com ele: Lançar todos os pecados do mundo sobre ele e julgá-lo pelos pecados do mundo todo. Este era o cálice.
Cristo não temia tanto a dor da crucificação. Ele não temia o que os homens pudessem fazer.
Seu pavor era que no dia seguinte ele iria levar o pecado de todo mundo (Hb 9.28).
A plenitude da ira divina cairia sobre ele.
Deus, Pai, viraria o rosto a ele, e Cristo seria cobrado, amaldiçoado, condenado pelo Pai com toda a fúria divina contra o pecado. Veja Isaias 53.10.
Cristo, foi pendurado na cruz, ele estava carregando os pecados do seu povo e estava sofrendo a ira de Deus em favor deles (ver 2 Cor 5.21).
Ou seja, Deus atribuiu nosso pecado a Cristo, e então, o castigo por isso (1Pe 2.24).
4- O PROPÓSITO DA SUA AGONIA - Mt 26.45
O preço era para ser pago por completo. O preço era a plenitude da ira divina contra o pecado. Deus o fez sentir a rejeição completa. O desprezo divino e também da humanidade que o crucificava. Por isso ele grita, o grito do abandonado (Ver Mt 27.46).
Este grito, foi o auge de sua dor, foi o inferno de angustia na alma de Jesus. ali, Jesus tomava o cálice amargo de Deus.
Ele sofreu a ira por nós.
Quando Deus julgar as pessoas por causa de seus pecados, aquelas pessoas pelas quais Jesus morreu não serão julgadas, pois Jesus os substituiu na cruz (1Ts 1.9).
Esta foi a tristeza, a angustia que sentiu sentiu.
Ele estava afligido, porque sabia que toda a culpa, de todo o pecado, de todos os tempos seria atribuída a ele.
Ele sofreria o ímpeto da ira divina em nome dos outros.
Ele, o filho de Deus, se tornaria o próprio pecado – um objeto da fúria de Deus.
Hoje, podemos ter paz com Deus e no dia da Ira de Deus, nos levantaremos e louvaremos a Jesus por sua obra maravilhosa na cruz.
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