terça-feira, 9 de outubro de 2007

AS DORES DE JESUS NA CRUZ E SEUS BENEFICIOS PARA AS NOSSAS

pastor rogerio nascimento
Pregado em maio de 2007


Isaías 53.3-6;
3 Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. 4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
Mtateus 26.36-46
36 Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar;
37 e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. 39 Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. 40 E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? 41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
42 Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.
43 E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. 44 Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. 45 Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. 46 Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.


Na cruz de Cristo, temos os maiores benefícios para nossa vida.

“Somente conhecemos a Cristo, na medida em que conhecemos os benefícios de sua obra da cruz” - Calvino. Se entendermos o que Jesus fez por nós, encontraremos mudança em nossa vida. Há provisões abençoadoras na cruz de Cristo. Rios de bênçãos fluem da obra de Cristo na cruz.
Vejamos as bênçãos que nos vêm de Cristo na cruz:

O QUE ELE SOFREU (v.3)
Foi rejeitado e desprezado por todos.
Suportou dores e sofrimentos sem fim.
Foi ignorado como pessoa

POR QUE ELE SOFREU (VS 4,5 a )
Por causa de nossos pecados.
Por causa de nossas maldades.

O RESULTADO DE SEUS SOFRIMENTOS (vs 5b – 6)
Somos curados de nossas doenças pelo seu castigo.
Somos curados de nossas dores pelos seus sofrimentos.
Fomos recuperados de nossos descaminhos.
Nos substitui diante de Deus.
Vemos neste texto, portanto, a maravilhosa obra de Jesus na cruz por nós.
Vemos a grandiosidade de seus sofrimentos.
Suas feridas não foram tratadas para que as nossas fossem.
Suas aflições foram imensas para que as nossas fossem levadas embora (veja Is 52.14)
Ele sofreu injustamente e perdoou aqueles que o fizeram sofrer.
Estas afirmações nos levam a conclusões maravilhosas sobre os sofrimentos de Jesus.
Vejamos as bênçãos de seus sofrimentos para nós.

I – NO SOFRIMENTO DE JESUS NA CRUZ, ENCONTRAMOS TAMBÉM, ALÉM DO PERDÃO DE NOSSOS PECADOS, A CURA PARA NOSSAS MAIS PROFUNDAS MÁGOAS.
Assim como na cruz, nossas dividas, nossos pecados são creditados a Cristo, e sua justiça creditada a nós - nossas feridas emocionais foram transferidas para os ombros dele. Assim como os pecados de quem se arrepende.
Jesus foi ferido emocionalmente. Ele foi ignorado, rejeitado, traído e desprezado totalmente para que nossos fardos emocionais fossem lançados sobre ele (ver 1 Pe 5.7)
Jesus foi abandonado, para que nos sentíssemos acolhidos. Ele experimentou o inferno parra que pudéssemos experimentar o céu.

II -  NO SOFRIMENTO DE JESUS NA CRUZ, ELE CARREGOU NOSSAS MISÉRIAS EXISTENCIAIS PARA QUE FICASSEMOS LIVRES DELAS.
A angustia de Cristo na cruz foi extrema.
Sobre ele foram lançados todos os males do coração dos executores.
A ira de todos. O recalque de todos. A vingança de todos. O ciúme de todos.
Toda a sede de vingança. Toda a maldade humana foi descarregada sobre ele.
A vingança de todos, a fúria, a inimizade humana, tudo foi descarregado sobre ele.
No Salmo 22 temos demonstrações do que ele sofreu.
1. Ele sentiu-se abandonado por Deus v.1,2
2. Inferiorizado vs 4-6
3. Zombado v.7
4. oprimido vs 12,13
5. deprimido v.14
6. desanimado v.15
7. atacado v. v.16
Tudo o que sentimos na vida. Os piores traumas que carregamos.
Os piores complexos, as piores neuroses, as piores doenças da alma – foram sentidas por ele. Tudo foi lançado sobre ele. Não precisamos mais viver carregando estes pesos, ele carregou por nós.

III – O SOFRIMENTO DE JESUS NA CRUZ, LEMBRA QUE NOSSA AUTOCOMISERAÇÃO DEVE TER UM FIM.
A cruz de Cristo, traz uma obra que age na vida de quem crê.
Não precisamos mais ficar lembrando do passado. Precisamos receber o perdão que Deus oferece. Ninguém precisa viver na culpa. Alguns pensam que a morte de Jesus não foi suficiente para seus pecados. Não podemos duvidar – ele é capaz de salvar todo aquele que crê.
Não precisamos viver no pecado.
Não precisamos viver na culpa. Não precisamos mais ficar olhando para nosso fracasso em se santificar. Precisamos olhar para Jesus na cruz.

IV – O SOFRIMENTO DE JESUS NA CRUZ NOS POSSIBILITA VENCER AS GUERRAS TRAVADAS NA NOSSA ALMA.
Veja que ele suportou o desprezo, sem desprezar.
Foi rejeitado, sem rejeitar. Suportou dores, sem provocar dores em ninguém.
Ele foi adoecido, sem adoecer. Ele foi provocado, sem provocar.
Ele foi machucado, sem machucar. Ele foi ferido, sem ferir.
Fizeram injustiça com ele, mas ele deu justiça.
Fizeram feridas nele, mas ele ofereceu cura.
Provocaram dores, mas ele ofereceu alivio. Fizeram guerra contra ele, mas ele deu paz.
Todos se voltaram contra ele, se lançaram para matá-lo, mas enquanto o matavam – dele saia vida.
Quiseram derrotá-lo, mas ele transbordou vitória.
O seu grito – “está consumado” – mesmo sendo dito na hora de sua morte, foi o maior grito de vitória. O maior grito de guerra que já foi proclamado.
Foi dito na aparente derrota. Foi dito depois do grito de abandono. Mas, foi o grito da vitória. Derrotado para si, mas vitorioso para todos nós.

Por isso, ele oferece vida para todo o nosso ser.

 

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A CRUZ DE CRISTO É A CRUZ DE DEUS

pastor rogerio nascimento - Pregado em abril de 2007



A CRUZ DE CRISTO É A CRUZ DE DEUS
2 Cor 5.18-21
18 Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
19 a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.
20 De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.
21 Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.

A cruz não foi um acidente no plano de Deus, mas era o próprio plano eterno de Deus.

Uma verdade fundamental no Evangelho da salvação consiste em que a iniciativa da salvação deve-se, do inicio ao fim, a Deus, o Pai. Qualquer formulação do Evangelho que tire a iniciativa de Deus e a atribui a nós, ou mesmo a Cristo, já não é mais bíblica.
Nós com certeza, não tomamos a iniciativa, pois éramos e somos pecadores, culpados e condenados, sem saída e sem esperança. Tampouco, foi Jesus Cristo quem tomou a iniciativa, no sentido de fazer algo que o pai relutava em fazer algo que o pai relutava em fazê-lo.
Cristo veio por sua própria vontade e se entregou gratuitamente, mas quem teve a iniciativa por sua graça, por seu favor absolutamente imerecido, foi Deus. Deus, vindo nos resgatar.
Graça é isso ai: Deus amando, Deus se humilhando, Deus vindo nos resgatar gratuitamente, se entregando generosamente em Jesus Cristo e por intermédio dele.
O sacrifício de Jesus era absolutamente necessário para Deus, por isso, “Deus estava em Cristo”, reconciliando consigo o mundo. Meditemos pois em algumas verdades aprendidas neste texto.

1. A CRUZ ESTAVA ACIMA DE QUALQUER COISA PARA DEUS PAI.
O texto nos diz que “tudo vem de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo...”
O ensinamento das Escrituras é que Deus ofereceu a Jesus como sacrifício. A história humana só aconteceu por causa da cruz de Cristo. A história da salvação só foi possível por causa da cruz de Cristo. Deus só criou a humanidade por causa da cruz de Cristo. Abraão, Moisés, Davi, os profetas, só puderam ter comunhão com Deus por causa da cruz de Cristo.
Cristo morreu por iniciativa divina, por graça e misericórdia divina.

2- A OBEDIÊNCIA DE CRISTO COMO O CORDEIRO DE DEUS FOI PRECIOSA PARA O PAI.
O texto diz que “Deus estava em Cristo”.
A obediência de Cristo foi o ponto alto da salvação. Ele veio voluntariamente – ele se ofereceu.
Ele se entregou voluntariamente por nós. “Cristo nos amou e se entregou por nós” (ver EF 5.2)
A disposição demonstrada pelo filho, sofrendo de acordo como plano divino, foi um sacrifício de aroma agradável a Deus. A obediência de Cristo, foi preciosa para o Pai, porque possibilitou que o plano do Pai fosse executado.

3- DEUS SE AGRADOU DO SACRIFICIO DE SEU FILHO.
O texto diz que “ele (Deus) o fez (Cristo) pecado por nós” v.21
Se fizermos a pergunta: “quem matou Jesus?”, nossa primeira resposta não deverá ser “os judeus”, ou “pilatos”, ou os “romanos”, e sim Deus. Deus esmagou seu filho.
Na pregação de Pedro ele diz exatamente isso: Ele foi entregue nas mãos de homens maus (Atos 2.23). Homens cruéis, crucificaram a Jesus, mas tudo era propósito de Deus (Atos 4.28). Isaías 53.10 diz que "ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar." Tudo isso aconteceu para que Deus em sua santidade, aceitasse pecadores como nós. Jesus morrendo na cruz é o crédito que nos torna aceitos diante de Deus. Deus se agradou do sacrifício de Jesus, pois a cruz de Cristo conciliou duas realidades totalmente opostas: A sua santidade e os pecadores.

4- NINGUÉM EXPERIMENTARÁ O FAVOR DE DEUS, SE DESVIAR-SE DA CRUZ.
Finalmente, o texto diz: “em nome de Cristo, pois, se reconciliem com Deus”.
A morte de Jesus é a única maneira de sermos salvos.
As pessoas querem ser salvas à sua maneira, mas a cruz é a única maneira de Deus.
Ou a pessoa é salva por Jesus ou não será salva por ninguém mais (Jo 14.6)
Se a pessoa recusar a Jesus, estará recusando a Deus.
Se a pessoa não depositar sua fé, sua confiança em Jesus, não estará confiando em Deus.
Se a pessoa não crer em Deus através de Jesus, não crerá em Deus algum.

Ou aceitamos a graça de Deus revelada em Jesus, ou sobrará para nós somente a “não graça”.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

A PALAVRA DA CRUZ

pastor Rogério Nascimento - Pregado março 2007

 
1 Cor 1.17-25
17 Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo.
18 Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.
19 Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos.
20 Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?
21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação.
22 Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria;
23 mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios;
24 mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.
25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.


A mensagem da cruz é a mensagem central do cristianismo e não existe cristianismo verdadeiro sem a verdadeira compreensão da obra de Cristo na cruz.

A mensagem da cruz era de crucial importante para Paulo. Ele a tem como a mais importante mensagem a ser pregada. Ele nos diz que esta mensagem é a verdadeira pregação do Evangelho.
A mensagem da cruz é o evangelho a ser pregado (v.17)
Esta mensagem a maneira como o poder de Deus se manifesta (v.18)
Esta mensagem é demonstração da sabedoria de Deus (v.19-21)
Esta mensagem é o desafio de Deus ao mundo (vs. 22-25)
A cruz de Cristo, na verdade é toda sua obra redentora. Sua humilhação e exaltação. A obra que consumou nossa salvação. Na cruz ele preparou um lugar para nós na eternidade. Na casa eterna do Pai.
“A morte de Cristo é o ponto central da história. Para aí todas as estradas do passado convergem; e daí saem todas as estradas do futuro” stephen neil.
Somente conhecemos a Cristo vendo-o na cruz. Somente encontramos Jesus se pudermos vê-lo como Cristo crucificado. Não podemos vê-lo antes da cruz somente, nem depois somente.
Muitos param antes da cruz. Outros tentam encontrá-lo somente como ressucitado. Muitos evitam a cruz, e assim fazendo rejeitam a Jesus.
“Cristo é para nós o que o é a cruz. Tudo o que Cristo foi no céu ou na terra foi colocado no que ele fez ai. Cristo é para nós justamente o que cruz o é.
A pessoa não pode compreender a Cristo, a Jesus, sem que compreenda, até que compreenda sua cruz” P:T. Forsyth.
Na sabedoria de Deus, uma cruz particular. Um madeiro real ao qual um homem foi enviado, fora dos muros de Jerusalém, tornou-se o instrumento de redenção universal.
A cruz é o centro. Tudo vem da cruz. Todas as bênçãos nos vêm de Cristo na cruz.
A cruz é o trono do Senhor de onde as bênçãos fluem.
A cruz pertence a Jesus para sempre.
Apesar de verdadeiramente ressuscitado, não pode ele ser separado de sua cruz.
Na igreja primitiva pregava-se a Jesus e sua ressurreição (At 17.18), mas também a “Jesus Cristo e este crucificado” 1Cor 2.2
A cruz deve ser assumida por cada um de nós. Quanto mais fraca nossa interpretação da cruz de Cristo, mais fraca será nossa fé. Quanto mais leve nossa cruz, mais fraco será nosso testemunho.
Quando melhor compreendermos o que a cruz significou para o Senhor, melhor compreenderemos o que ela deve significar para nós.
Se olharmos atentamente para Jesus na cruz, veremos a nós mesmos, com todas as nossas necessidades, pecados e enganos.
É na cruz que Deus opta por retirar a ira de sobre aqueles que humildemente creem que Cristo levou sobre si todos os nossos pecados.
Não podemos entender mal a obra da cruz. O que ela realmente significa.

1 . A CRUZ É O AMOR DE DEUS DEMONSTRADO PELOS PECADORES.
Alguns interpretam a cruz como o mais alto tributo ao valor humano. Eles raciocinam da seguinte forma: “ já que Deus se dispôs a mandar seu filho para morrer por nós, isso significa que somos pessoas de grande valor. Por isso, devemos usar a cruz como o meio de comprar nossa dignidade. O ser humano era tão valioso que Deus enviou Jesus”.
Assim, a condição é que o ser humano tem o direito de ser abençoado por Deus, pelo fato de ser quem é – humano.
A cruz, assim não será ofensiva, nem s era considerada uma loucura.
Pessoas assim, não captam a mensagem central da cruz.
A cruz não apenas prova o amor generoso de Deus para com os pecadores, mas também a intensidade de nosso pecado e de nossa rebelião contra ele.
A cruz não exalta ninguém que primeiramente não tenha sido humilhado.
A cruz expõe a futilidade de nosso sentimento de superioridade e nos faz recordar que somos pecadores, incapazes de salvar a nós mesmos.
Diante da cruz não nos exaltamos, mas nos humilhamos.
A mensagem central do cristianismo não é o Sermão do Monte, nem as parábolas de Jesus que ilustram o amor ao próximo.
A mensagem que transformou o mundo do primeiro século, era que os seres humanos são culpados, irremediavelmente culpados por pecados que não podem ser compensados.
Ao olhar para a cruz, eu vejo o grande amor de Deus. A grande misericórdia de Deus, e como ele desejou salvar o mundo (Jo 3.16)

2- A CRUZ É O PODER DE DEUS PARA NOSSA SALVAÇÃO.
Outra interpretação errônea, considera a cruz como uma ideologia a ser defendida. É uma ideia, uma cosmovisão a ser defendida.
É o cristianismo engajado em apologéticas. Este não é o centro da cruz. Um exemplo desse cristianismo é: Ser cristão é ser contra o aborto, contra o homossexualismo, contra o comunismo etc. Contra isso, contra aquilo-
O cristão também poder fazer isso, mas isso, a postura não torna ele um cristão.
A marca do cristão – ser cristão é crer e aceitar Jesus, e este crucificado.
Crer que Cristo morreu na cruz para salvar os pecadores da destruição eterna.
A cruz, a morte de Jesus é para nossa salvação.
A mensagem da cruz é o poder de Deus para a salvação do que crê.

3 – A CRUZ MOSTRA A GRANDEZA DE JESUS COMO NOSSO SUBSTITUTO.
Alguns olham para a cruz com profundo sentimento, mas sem espírito de arrependimento. Como aquelas pessoas que choram pelo sofrimento de Jesus, sem o verdadeiro motivo.
Choram por ele, mas não choram por si mesmos.
Choram pelos sofrimentos de Jesus na cruz, mas não pelos próprios pecados que o puseram lá.
O sofrimento de Jesus foi terrível, pelo simples fato e razão de que nosso pecado é terrível.
Devemos também lembrar, que o sofrimento de Jesus não foi somente físico. O pior foi o sofrimento espiritual que ele suportou quando a sua união como pai foi interrompida na cruz. Este foi o supremo sofrimento.
Esta agonia, nenhum ser humano jamais poderá experimentar.
Os crucificados sofriam os mesmos sofrimentos, mas o cálice de dor que o Pai deu para Jesus beber ninguém experimentou. Ele levou o castigo pelos pecados de toda a história.

É preciso não esquecer que nossa salvação e redenção foram conquistados na cruz. E que não devemos nos envergonhar dela, nem evitar a cruz de Cristo.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

TENDO JESUS, TEMOS TUDO - João 14.6

Pastor Rogério Nascimento - Erechim-Rs
Pregado em agosto de 2007





João 14.6 -  Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
O Senhor Jesus veio ao mundo para ser tudo para todos que creem, até que ele seja tudo em todos, tudo para todos.
Tudo o que precisamos está em Jesus e fora dele não há o que vale a pena. Toda a essência da vida está em Jesus. A palavra de Jesus neste texto foi dita em um contexto de afirmação de sua missão como salvador. Era o penúltimo dia seu como ser humano. Ele estava para enfrentar a morte. Ele estava para ser feito sacrifício em favor de pecadores. A sua vida e sua obra foram dádivas de Deus para a nossa mais plena redenção.
A sua vida foi a graça de Deus se manifestando na desgraça do mundo.
Nossa confissão de fé nele nos garante:
1 – TEMOS UM SALVADOR – “ eu sou o caminho...”
Ele diz que é o caminho, ou seja, ele é o meio que temos para Deus. É o caminho para a salvação.
Ele é o libertador do pecado, e nos tirou da condenação eterna. Ele morreu para nos salvar resgatar da condição de pecadores condenados.
Ele é a manifestação da graça de Deus que nos amou e providenciou salvação aos pecadores. Ele é a provisão de Deus para quem se encontra na escuridão do pecado e sem a direção e sem o saber o caminho da salvação. Tendo Jesus, temos um salvador. Quem tem Jesus tem um salvador, tem o salvador. Quem tem Jesus tem a salvação. Salvação eterna, salvação que não perde. Salvação garantida. Nada nos salva, a não ser Jesus. Nada pode ser acrescentado à salvação, pois tendo Jesus, tem-se a salvação eterna. Gratuita, imerecida e segura.
2 – TEMOS UM SENHOR – “eu sou a verdade...”
Ele diz que é a verdade. Verdade para um mundo confuso. Verdade para um mundo enganado; primeiro pela mentira do diabo, e também pelas mentiras dos homens.
O diabo enganou o ser humano, ao oferecer a autonomia. O ser humano se engana ao aceitar a ilusão da independência. A humanidade se engana ao criar religiões. Jesus traz a libertação de todo engano, para vencer todas as mentiras.
Jesus conquistou o senhorio sobre todo o universo.
Ele tem o direito sobre toda a criação. Ele tem a primazia.
Ele tem o direito sobre a vida.
Ele tem o direito sobre a nossa vida.
Ele na cruz, venceu aquele que se achava o maior conquistador. Ele conquistou o conquistador. Ele é o maior vencedor. Na cruz, Jesus destronou o diabo e agora é o Senhor. Na cruz, Jesus conquistou o mundo para si. Aquilo que foi oferecido pelo diabo no monte mais alto, foi conquistado na cruz. Tendo Jesus, temos um Senhor. Um verdadeiro Senhor. Não um Senhor que escraviza, aprisiona, mas um Senhor que liberta. Ele é Senhor para libertar. A sua verdade nos liberta do falso senhor e dos falsos senhores – humanos e espirituais.
3- TEMOS PODER SOBRE A MORTE – “eu sou a vida...”
Ele diz que é a vida. A morte, foi a consequência do pecado. A morte foi o salário do pecado. O ser humano foi colocado sob a lei da morte. O pecado matou a vida do ser humano. Toda a decadência veio pelo pecado. O caos humano, o caos do mundo, as dores do mundo, a angustia que assolou a existência da humanidade, que marcou a vida humana foi a obra de arte do pecado. A morte foi lançada sobre o destino humano. Não apenas a morte física, mas todas as mortes. A decadência atingiu todas os projetos humanos, todos os sonhos, todos os caminhos da vida.
Jesus veio para dar vida. Se o pecado trouxe a morte, Jesus veio para vencer a morte.
Na cruz Jesus conquistou a morte e conquistou poder sobre o poder da morte. A sua ressurreição foi o grande triunfo sobre a morte. A sua ressurreição foi a grande vitória da vida. A morte de Jesus venceu a morte. A morte foi vencida na morte de Cristo. Tendo Jesus temos poder sobre a morte. Temos poder sobre todas forças decadentes da vida.
4- TEMOS UM DEUS VIVO – “ninguém vem ao Pai a não ser ...”
Ele disse que por meio dele podemos ir ao Pai.
Em Jesus temos um Pai. Não apenas um criador, pois passamos da condição de filhos criados, para a condição de filhos herdeiros. Somos adotados com todos os direitos da casa. Temos direitos à casa do Pai e na casa do Pai. Não somos mais rejeitados, alienados, perdidos ou desamparados. Em Jesus fomos adotados. Pertencemos à família eterna, do Pai eterno. O pecado nos afastou do Pai, nos fez ingratos, nos fez rebeldes. Em Jesus fomos reconciliados e temos um Pai que cuida de nós. Um pai que nos recebe. Um pais que não nos rejeita.
5- TEMOS VIDA PLENA E ABUNDANTE .- ...em mim”
Temos o que precisamos “nele”. Ele é a provisão para nossa vida. Ele é a provisão para a nossa vida.
Por tudo isso, a vida cristã é uma vida abençoada.
Esta vida, é a vida eterna. E a vida que temos “em seu nome”.
A vida cristã não é um fardo.
Ele nos prometeu vida abundante. Não podemos viver num vazio, no vazio espiritual, pois ele é a vida. Temos vida nele. Temos tudo nele.
A vida abundante é isso . Não são riquezas materiais. Não é uma vida de conforto. Não uma “vida boa” segundo o mundo. A vida abundante, não é o que as pessoas chamam de “mar de rosas”. A vida abundante é vivida no meio dos desafios do mundo. Dos desafios das dores. Dos desafios da vida. A vida abundante surge no meio das crises.
Em Jesus temos vitórias. Não as vitórias patéticas dos “falsos prósperos”. Não vitória patética da fé na fé. Não a vitória triunfalista dos desejos egoístas, dos testemunhos da fé egoísta, dos testemunhos shows.
A vida vitoriosa é ter o com do céu presente no dia a dia. É ter alegria de ser salvo. É ter alegria ter estar vencendo o mundo. De estas vencendo o mal. De estar vencendo a carne, o diabo e todos os poderes do inferno.

Quem tem Jesus, tem o melhor de Deus, que já veio e está presente no coração de quem creu e crê.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

TRANSFORMAR O EVANGELHO E NÃO SER TRANSFORMADO POR ELE.

Pregado em agosto de 2007




Marcos 8.22-26
22 Então, chegaram a Betsaida; e lhe trouxeram um cego, rogando-lhe que o tocasse.
23 Jesus, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa?
24 Este, recobrando a vista, respondeu: Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando.
25 Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia de modo perfeito.
26 E mandou-o Jesus embora para casa, recomendando-lhe: Não entres na aldeia.



Existe uma perigosa tendência de minimizar o poder do Evangelho, fazendo com que as pessoas não conheçam a essência do Evangelho de Jesus.
Este homem foi tocado por Jesus, porque era cego. Era para ter sido curado, mas foi a única situação em que Jesus não fez o milagre imediantamente. Ele foi tocado por Jesus, mas sua cura não aconteceu no primeiro toque.
Este homem foi tocado por Jesus, era para o milagre ter acontecido, mas depois de ter sido tocado por Jesus ele foi apenas parcialmente abençoado. Apenas parcialmente transformado, apenas parcialmente curado.
Há muitas pessoas que são como este homem, e há muitas pessoas que parecem que ainda estão no primeiro estágio que este homem atravessou, no processo
É difícil descrever este homem. Não podemos dizer que ele é cego, porque pode ver, mas ao mesmo tempo ele não enxerga direito. Ele não nem uma coisa nem outra.
Tal é a condição de muitos cristãos.
As pessoas olham para eles e dizem: ele não pode ser cristão se age dessa forma, se fala dessa forma ou se vive dessa forma.
Eles não vêem claramente o evangelho e nem experimenta o evangelho pleno em suas vidas. Vivem o Evangelho mas não distinguem o verdadeiro evangelho de Jesus. Muitos distorcem o Evangelho inserindo elementos estranhos nele. Não achando o Evangelho suficiente acrescentam leis ao Evangelho. É o Evangelho, mais alguma coisa. O Evangelho mais alguma regra.
Outros aceitaram o Evangelho, mas não recebem o poder do Evangelho. Acham que ainda precisam de “cura interior”. Acham que ainda precisam quebrar maldições hereditárias. Acham que precisam fazer guerra espiritual. Descarregos, desencapetamentos etc.
Outros acham que precisam pagar por bênçãos, oferecer sacrifícios.
Outros acham que precisam fazer campanhas, atos proféticos e outros artificios. São pessoas que não crêem nem na simplicidade do Evangelho, nem na eficácia do Evangelho. Com isso, roubam a essência do Evangelho.

I – A SITUAÇÃO DESTAS PESSOAS
1 . Estas pessoas não tem uma compreensão clara do poder transformador de Jesus.Geralmente estas pessoas escolhem alguns princípios a seguir e esquecem de outros.
Elas compreendem que Cristo é de algum modo o salvador, mas não se deixaram transformar totalmente. Elas aceitaram a palavra, o evangelho, mas não levaram o evangelho para a vida toda, mas apenas par algumas áreas de suas vidas.
O resultado é que ainda não foram transformadas totalmente.
2. Estas pessoas não tem o ser inteiro envolvido e transformado pelo evangelho.Elas estão parcialmente envolvidas, mas não totalmente. Ela é exigente em algumas áreas da vida, mas não em outras. Geralmente são realizadas em algumas áreas e infelizes em outras.
3. Estas pessoas não entendem que o cristão precisa deixar de fazer certas coisas que somente são aceitáveis na vida sem cristo.Geralmente estas pessoas ainda estão presas a atitudes que as deixam infelizes. Elas não conseguem vencer certas áreas de suas vidas. Elas ainda estão vivendo na cegueira em muitas áreas.
4. Estas pessoas experimentam apenas parcialmente o evangelho.Muitas pessoas receberam Jesus, tornaram-se evangélicas, mas ainda são supersticiosas. Fazem de suas vidas e de sua família uma vida de medo. Outras experimentam o poder de Jesus apenas espiritualmente. São crentes mas não prosperam. São crentes, mas não experimentam o poder do evangelho nas suas finanças. Na sua postura, na sua vida emocional, no seu casamento, nos seus filhos...
5. Estas pessoas devido à insuficiência de suas experiências, elas se tornam juizes dos outros.Toda a pessoa que vive criticando a vida dos outros, a vida cristão dos outros. Que vive exigindo santidade dos outros é porque não estão vivendo a vida cristã plena.
Quem exige demais dos outros é porque esconde suas próprias deficiências, justificando-se na exigência do outro.
o cristão assim desenvolve: hipocrisia, falsa demonstração de piedade e santidade e geralmente assume uma postura do certinho do mais correto, da referência para os outros, mas quando vamos ver sua vida é uma vida de desgraças de infelicidade...

II – COMO SAIR DESTA SITUAÇÃO
Então como sair dessa situação e experimentar o poder de Jesus atuando totalmente em nossa vida?
1. È preciso ser sincero e reconhecer como este homem reconheceu: Senhor eu não vejo perfeitamente. O que salvou este homem foi sua honestidade. É preciso reconhecer que o que a pessoa realmente precisa é viver o Evangelho. Não de alguma tecnica, não de algo mais, mas somente o toque de Jesus.
2. É preciso admitir a real condição da vida. O que vemos realmente? Vivemos realmente a vida cristã?
Conhecemos a Deus? Conhecemos a Jesus Cristo?. Muitos não conhecem o Evangelho de Jesus. conhecem o Evangelho dos homens. Conhecem o evangelho dos evangelicos. Estão sempre com medo de algo, medo de Deus, medo de não serem salvos, medo de não serem aceitos por Deus.
3. É preciso parar de viver o evangelho parcialmente, e experimentar o evangelho que não apenas nos salva futuramente, mas que nos transforma hoje.

O evangelho que muitos vivem é o evangelho do medo. Tem maldições tudo. um quadro pode ter maldição, uma casa, uma familia, uma palavra. É uma vida de terror. É um inferno ser evangélico em muitas igrejas.
4. É preciso se deixar tocar novamente por Jesus.
Saiamos do evangelho das igrejas, e aceitemos o evangelho da Bíblia, de Jesus.
Muitos vivem o evangelho do poder, mas não o da palavras.
Outros vivem o evangelho da palavra, mas não o do poder.
Outros vivem o evangelho dos milagres, das revelações, mas não aquele que transforma a vida.
5. E preciso decidir sair desta situação
O evangelho verdadeiro é aquele que crê nos milagres, mas também ensina como viver. Não apenas poder para mudar algumas áreas, mas a vida toda.
Muitos se enganam , achando que podem viver a vida cristã, sem uma transformação. Outros se conformam com uma vida cristã sem profundidade e sem essência.
Jesus nos chamou para o discipulado. Jesus nos chamou para vermos a vida de cima para baixo. Estamos assentados nos lugares celestiais. Não podemos andar nas trevas. Jesus é a luz do mundo. Ele iluminou nossa vida. nos transportou das trevas para a luz. Ele já abriu nossos olhos. Já podemos ver. Já podemos ir adiante.

sábado, 11 de agosto de 2007

Do Alto me Estendeu a Mão - Salmos 18


Salmos 18.16-19
16 Do alto me estendeu ele a mão e me tomou; tirou-me das muitas águas.
17 Livrou-me de forte inimigo e dos que me aborreciam, pois eram mais poderosos do que eu.
18 Assaltaram-me no dia da minha calamidade, mas o SENHOR me serviu de amparo.
19 Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque ele se agradou de mim.
 
O Senhor não promete nos livrar de tribulações e sofrimentos, mas promete estar conosco em qualquer circunstância.

Seja qual for a situação que estejamos vivendo, o Senhor tem meios para nos tirar de lá.
O texto fala de coisas muitos peculiares a todos nós. O texto fala de tribulações.
O texto fala de inimigos poderosos, de calamidades e imprevistos, mas também fala de liberdade. Fala de oposição, de angústias, de imprevistos mas também de livramento.
Algumas coisas nos pegam desprevenidos.
Não somos suficientemente preparados para enfrentar as dificuldades.
Qualquer imprevisto nos surpreende.
Já fizemos cursos de muitas coisas, mas não existe um curso para vencer problemas.
Uma cena de minha adolescência me marcou muito. Uma menina de uns 8 anos carregava uma pequena garrafa com cachaça. Ela tinha comprado um real de cachaça e caiu e todo o liquido derramou. Na mesma hora ela se levanta e quando vê que a garrafa estava vazia começa a chorar muito em desespero, mas um moço que estava ao lado diz: não precisa chorar eu te dou mais um real e você vai lá e compra de novo. Aquela menina certamente iria ser espancada pelo pai alcoólatra, mas aquele moço estava no lugar certo, estava passando por ali justamente naquela hora e a livrou.
O Senhor Jesus age da mesma forma.
Se não fosse aquele moço, a menininha seria espancada. Se não fosse o Senhor Jesus seriamos derrotados pelo inimigo.
Seja qual for o tropeço, a queda ou fracasso que aconteça conosco o Senhor Jesus está conosco.
Jesus está ao nosso lado e não seremos espancados pelo inimigo.

Este texto nos ensina as seguintes lições:
1 – O SENHOR NOS LIVRA NA HORA DA MAIOR TRIBULAÇÃO V.16
As muitas águas significam as muitas angústias. Os “de repente” da vida acontecem.
Alguns sucumbem aos “de repente” da vida...
As muitas tribulações são as muitas águas que nos querem afundar.
Lá do alto ele estende a mão e nos tira das muitas águas, das muitas dificuldades.
O moço disse: não chore eu vou te ajudar.
O Senhor nos diz a mesma coisa.
Se você está no meio das muitas águas ...no meio das dificuldades: o texto diz: “ele me tomou”.... “do alto me estendeu a mão”.
Não existe um meio de evitar que as tribulações venham, mas há um meio de sermos salvos quando elas chegam.
2 – O SENHOR É NOSSO PROTETOR CONTRA O INIMIGO . V.17
Temos sempre alguma coisa a nos ameaçar. Situações que nos confrontam.
O diabo existe e quer sempre nos entristecer, nos derrotar.
O forte inimigo é o que nos fala em 1Pe 4.8 “o diabo, vosso adversário anda em derredor, como um leão que ruge procurando alguém para devorar”.
Ele sabe os nossos pontos fracos, ele sabe o que nos aborrece, incomoda, mas....
Temos um forte protetor.
O inimigo é mais forte que nós, mas o Senhor é mais forte que nosso inimigo.
3 – O SENHOR NÃO É SURPREENDIDO PELOS NOSSOS IMPREVISTOS V.18
Quando o imprevisto chegar surpreenderá a nós, mas não ao Senhor.
Quando a menina precisou tinha um moço juntinho dela.
Quando formos surpreendidos por alguma coisa o Senhor estará lá.
A tristeza faz parte da vida, o choro, as lágrimas são fatos....temos surpresas, imprevistos.
Lembro de uma frase que eu ouvi de marceneiro, nosso conhecido que um dia disse “não se preocupe eu jamais vou fazer alguma coisa para me complicar”.
Mas, por mais organizados que sejamos, o imprevisto vai acontecer, mas quando ou se acontecer lembre-se que o texto diz: “...no dia da minha calamidade, o Senhor me serviu de amparo”.
4 – O SENHOR É A NOSSA GARANTIA DE QUE O FINAL SERÁ SEMPRE DE LIVRAMENTO. V.19
O final com Deus sempre acompanha o livramento.
Fernando Sabino tem uma frase: “no final tudo dará certo, se ainda não deu certo é porque ainda não chegou o final”.
Seja o que for que você esteja passando, ou enfrentando.
Se você está no verso 16 em meio às muitas tribulações.
Se você está no verso 17 cercado de muitos inimigos, ou se você está no verso 18 surpeendido por imprevistos, saiba que no final o verso 19 diz: “Trouxe-para um lugar espaçoso e me livrou”.
Tem inimigo...tem
Tem tribulações..tem imprevistos...
Mas no final tem o Senhor.
Com o Senhor tem final feliz. No final o Senhor prevalece. A vitória será nossa e estaremos num lugar espaçoso.

Não precisamos temer o inimigo, Jesus já o derrotou na Cruz. Hoje temos autoridade sobre o inimigo.

Não precisamos ter medo de maldições. O Senhor Jesus na cruz, nos resgatou de toda maldição.

Não precisamos ter medo da vida, o Senhor Jesus na cruz, nos providenciou toda sorte de cura, para todo tipo de doenças, sejam emocionais, existencias, espirituais...

Não precisamos ter medo de nenhuma derrota...O Senhor Jesus na cruz nos faz mais que vencedores em todas as coisas...sobre todas as coisas.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

O QUE FALTA À PREGAÇÃO DE HOJE


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pregador puritano



A PREGAÇÃO PRECISA SER

1. CRISTOCÊNTRICA
Existem hoje, muitos tipos de pregações. Temos a pregação Temática, Textual e Expositiva. Dentro destes tipos temos várias categorias como: Doutrinária, exegética, Teológica, litúrgica, evangelistica e exortativa. Temos as formas; Biográficas, narrativas, analíticas, proclamativa ou em forma de monólogo.
Seja como for, a pregação precisa ter um centro, e este centro é Cristo. A pregação precisa ser cristocêntrica. Um grande defeito nas pregações de hoje é que a maioria dos pregadores são teocêntricos e esquecem que a função da pregação é apresentar Cristo. A pessoa de Jesus aos ouvintes.
As grandes frases das pregações hoje são:
“Deus vai ou quer te abençoar”. “Deus vai mover ou se mover”
“Mover de Deus” . “Deus vai te prosperar”
“Deus vai te curar”. “Adorar a Deus”
“Servir a Deus” . “Ouvir a Deus”
“Relacionamento com Deus” . “Buscar a Deus”.
Não lembro agora de nenhuma frase marcante sobre Jesus. Absolutamente nada a respeito da pessoa de Cristo.
Mesmo um texto do Antigo Testamento, precisa ter um caminho para Cristo.
A salvação é através de Jesus (At 4.12).
A benção de Deus vem através de Jesus (Ef 1.3).
Vamos a Deus, por meio de Jesus (Jo 14.6).
Conhecemos a Deus por meio de Jesus, a oração é em nome de Jesus, curamos os enfermos em nome de Jesus, tudo é em nome de Jesus.
Veja o que Paulo diz: “Não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor” (2 Cor 4.5).

2. RELEVANTE.
Um dos pontos mais críticos e difíceis da pregação é a aplicação. Muitos trazem uma grande pregação, mas falham na aplicação. O pregador precisa saber fazer a ponte entre os mundos da Palavra de Deus e a realidade da vida das pessoas.
Segundo Larsen, “um sermão que começa na Bíblia e permanece na Biblia, não é bíblico”. A pregação precisa estar firmada no texto bíblico e dele ela deve fluir, mas precisamos lembrar a lição de Martyn Lloyd Jones o maior expositor das Escrituras do século XX: “a verdade deve sempre ser aplicada. A compreensão genuína da verdade sempre conduz à aplicação. Portanto, se um pregador não aplica a verdade, seu real problema é que não a compreendeu”.
Quando pregamos sobre Naamã, o leproso, por exemplo, devemos responder a pergunta que os ouvinte fazem o tempo todo, “e daí”? E daí, que o leproso é você - responde o pregador. A pregação precisa chegar ao ponto em que a pessoa que ouve, se indentifique com aquilo que foi pregado.
Segundo John Stott, o pregador deve “construir pontes” que atravessem o abismo das eras. Estas pontes devem unir o texto bíblico às pessoas que ouvem a pregação; “é por cima deste abismo amplo e profundo de dois mil anos de cultura (ainda mais no caso do Antigo Testamento) que os comunicadores cristãos precisam lançar pontes. Nossa tarefa é deixar a verdade revelada por Deus fluir das Escrituras para a vida de homens e mulheres de nossos dias."
As Escrituras por mais antigas que sejam, serão sempre relevantes às pessoas de todas as eras.

Do Toque Mágico ao Compromisso com Jesus - Marcos 5.24-34

Rogério Nascimento - Pregado em agosto de 2007 





Marcos 5.24-34
24 Jesus foi com ele. Grande multidão o seguia, comprimindo-o.
25 Aconteceu que certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia
26 e muito padecera à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior,
27 tendo ouvido a fama de Jesus, vindo por trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste.
28 Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada.
29 E logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo.
30 Jesus, reconhecendo imediatamente que dele saíra poder, virando-se no meio da multidão, perguntou: Quem me tocou nas vestes?
31 Responderam-lhe seus discípulos: Vês que a multidão te aperta e dizes: Quem me tocou?
32 Ele, porém, olhava ao redor para ver quem fizera isto.
33 Então, a mulher, atemorizada e tremendo, cônscia do que nela se operara, veio, prostrou-se diante dele e declarou-lhe toda a verdade.
34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal.

 
Há um defeito fatal na vida da igreja hoje. A falta de discipulado. Discipulado significa seguir a Jesus obedecendo-o e vivendo a vida que ele nos chama a viver.
Há crentes que à semelhança desta mulher tocaram em Jesus. foram à frente em um apelo, desceram às águas, se tornaram membros da igreja, mas apenas tocaram e continuam tocando na orla dos vestidos de Jesus. E se mantém assim, jamais passam da impessoalidade de um toque de poder, para o relacionamento profundo com Jesus.
Jesus não quer que estas pessoas vivam vidas miseráveis e fracassadas, por isso ele chamou aquela mulher de volta.
As pessoas são ensinadas sobre o poder de Deus, sobre a fé e sua operosidade, sobre as vitórias, mas não são levadas à uma vida de profundidade com Jesus.
Elas são ensinadas a cumprir uma lista de exigências. Isso você pode, isso você não pode. Colocam uma saia na moça, tiram a bola dos pés do rapaz. Tiram os enfeites das mulheres e colocam uma calça social no homem e uma gravata no pescoço, colocam uma Bíblia debaixo do braço e dizem: pronto você é um cristão.
Acontece que as pessoas vão pra casa sem saber quem é Jesus. Acontece também que embora haja muita conversa sobre Cristo e muita atividade, poucos estão seguindo o próprio Cristo. E na maioria dos lugares, existe pouquíssimas evidências do verdadeiro cristianismo.
O culpa disso são duas coisas:
a primeira é aqueles que separam fé de discipulado e graça da obediência.
A segunda são aqueles que confundem discipulado e obediência com isto pode e aquilo não pode.
As duas opções nos levam a uma fé fácil. A mulher deste texto e parecida com as pessoas de hoje. Ela diz: ”se eu apenas tocar em Jesus”, mas Jesus diz: espere, onde você pensa que vai. Vem cá, eu não quero que você apenas seja curada, apenas receba um milagre; eu quero mudar sua vida. Se você voltar pra casa assim sua vida vai ser um inferno, não adianta vencer o inferno de fora, você tem que vencer o inferno que mora no seu coração.

Neste acontecimento, aprendermos algumas lições sobre as verdadeira condições de uma relacionamento verdadeiro, pessoal com Jesus.

 A primeira ação de Jesus é que ele nos chama com um “segue-me”.
Esta é a condição de Jesus. segue-me. Ele sempre dizia isso. Leia os evangelhos....
Ser cristão é seguir Jesus de forma pessoal. Não é apenas fazer parte de uma igreja. Ser batizado nas águas, ser membro de uma igreja. Jesus não era um curandeiro qualquer. Sua missão não era prioritariamente curar enfermidades, mas salvar os pecadores. Verdade que milagres o acompanhava, Curas maravilhosas aconteciam, mas sua grande obra era a salvação. Por isso ele não ignorava as pessoas. Ele não ignorou esta mulher. Ele sente que a mulher é curada. Mas aquela mulher poderia ser curada, sem receber a salvação. Apenas a cura física, não é benção completa. A mulher fora curada, ela buscava a cura, Jesus buscava pecadores para salvar. Aquela mulher além da cura, precisava ser salva. Seguir Jesus é mais do que ser curado. Seguir Jesus é ser curado do pecado. É ser livre da maior doença, o pecado.

A  segunda condição é conhecer a Jesus.
Aquela mulher queria uma cura de uma grave enfermidade. Ela queria queria tocar em Jesus, afim de obter sua benção. Ela não pensava conhecer Jesus. Ela não buscava um Senhor para sua vida, mas um milagre. Ela não buscava amor, mas um poder. Ela não era movida por paixão, mas por uma necessidade. Ela era movida por um chamado, mas pelo desespero. Ela podia muito bem ser curada e não falar mais com Jesus, não conhecer Jesus. Não ser tocada por Jesus. Ela poderia ser ignorada por Jesus, voltar para sua casa, esquecer de Jesus e lembrar apenas de sua cura.

A terceira condição é transformação.
Ele diz “quem me tocou”. Ele não aceita que a mulher vá embora. Ele diz te apresenta. Agora que você foi curada, eu quero te fazer algo mais tremendo, maravilhoso. Agora que teu corpo está curado eu quero curar tua alma, curar teu coração.
Eu quero te fazer nascer de novo. Nicodemos, segundo o cap. 3 de João tentou a mesma coisa que a mulher em questão. A diferença é que enquanto a mulher tocou Jesus com a mão, Nicodemos tocou Jesus com a mente, tentou com a inteligência, com o intelecto. Ele chega e reconhece que Jesus é o filho de Deus, mas Jesus diz: Isso não é o suficiente, você tem que nascer de novo. A sua vida precisa precisa mudar. Não por esforço pessoal , mas apenas deseje mudar e eu te darei poder para mudar.
O que acontece com você? O problemas é que você não quer mudar. O poder de Deus só é acionado depois que desejamos.

A quarta condição é a decisão de seguir a Jesus.
Ninguém é obrigado. O crente tem a possibilidade de viver a vida miserável, de ter que sempre ter que tocar em Jesus. sempre buscando uma benção. Sempre correndo atrás do milagre.
Sempre vivendo da misericórdia e não na graça. Esta realidade está muito presente hoje na vida das igrejas. Admite-se o toque superficial. Admite-se o toque apenas do milagre.
Admite-se apenas gostar da benção. Jesus não deixa aquela mulher sem uma opção de vida. Ele não deixa que ela apenas seja curada. Aquele que toca em Jesus, precisa deixar-se ser tocado. Precisa seguir o caminho de Jesus. Aprender com Jesus.

Hoje busca-se o toque mágico. Busca-se a benção, mas a verdadeira obra de Jesus, a salvação dos pecadores é esquecida. A salvação hoje virou sinônimo de prosperidade e cura. Fala-se de situações, fala-se de vitórias sobre circunstâncias, mas a verdadeira salvação – a salvação eterna é uma mensagem que poucos valorizam e desejam ouvir. É preciso sair da superficialidade. É preciso ir além do toque mágico. É preciso conhecer Jesus, se relacionar com ele e viver nele. Estar em Jesus. Ficar em Jesus. Permanecer em Jesus.


VIVER COM PACIÊNCIA, ESPERANÇA E PERSEVERANÇA – Romanos 8.18-25

  Pregado em 03 de maio de 2020 sexto sermão na Pademia                                                                                     ...