sexta-feira, 14 de março de 2008

AOS PREGADORES

 

1- Seja uma pessoa satisfeita em Deus e com Deus.

2 -Compreenda a obra de Cristo em sua plenitude, como obra substitutiva por você.

3 - Seja uma pessoa sensível à atuação transformadora do Espírito pela Palavra.

4 - Considere a suficiência de Cristo em sua vida (você não precisa de nenhum artificio extra).

5 - Seja um cativo da Palavra de Deus.

6 - Seja cristocêntrico.

7 - Pregue como uma testemunha, não um advogado de Jesus e da Palavra.

8 - Mergulhe nos grandes interpretes da Palavra - Agostinho, Lutero, Calvino, Mathew Henry, J.C. Ryle, John Stott e Hendriksen.

9 - Se faça acompanhar dos grandes mestres da espiritualidade prática - Agostinho, John Owen, Richard Baxter, Dietrich Bonhoeffer, Richard Foster, Dallas Willard, James Houston, Eugene Petersen, e Brenno Maning.

10 - Apegue-se sem reservas aos grandes expositores da Palavra - Agostinho, Lutero, Calvino, Jonathan Edwards, Robert McCheyne, Spurgeon, Martyn Lloyd Jones, John McCartur, Russel Shedd, Charles Swindoll.

11 - Aprenda sempre com os pregadores e expoentes da teologia prática - John Owen, J.C. Ryle, James Packer, Sproul, A.W. Pink, Stott e John Piper.
12 - Conheça as Teologias Sistemáticas de Hodge, Dagg, Berkhof, Wayne Grundem e Franklin Ferreira

12 - Seja uma pessoa satisfeita em Deus e com Deus.
Pastor Rogerio Nascimento

terça-feira, 11 de março de 2008

JESUS SOFREU SOZINHO, O TERROR DA NOITE

Rogério Nascimento
Pregado em junho de 2007

Mt 26.36-46 - 36
Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; 37 e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
39 Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. 40 E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? 41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. 42 Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. 43 E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. 44 Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. 45 Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. 46 Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.

JESUS SOFREU SOZINHO O TERROR DA NOITE
Jesus sofreu sozinho, porque ninguém poderia sofrer o sofrimento substitutivo por todos os atingidos pela queda e pelas dores causadas pelo pecado.
Estes versos falam da agonia de Jesus no Getsêmani. Quando ele entra no jardim, a tristeza o abate.
Ali começa sua paixão. Ali, Deus começou a feri-lo, ali ele foi moído por nós.
Era o momento de sua angustia. Não se tratava, porém, de nenhuma dor corporal ou tormento exterior.
Não era também um conflito interior, nem com o Pai. Não era desespero, nem desconfiança. A sua angustia tinha as seguintes razões:

I- ELE ESTAVA EMPENHADO CONTRA OS PODERES DAS TREVAS.
Ele estava enfrentando a oposição das trevas.
Jesus disse: “ Esta é a hora das trevas reinarem” Lc 22.53
A pressão dos poderes das trevas era muito grande. Os terrores das forças malignas geravam dores e angustias em Jesus. O diabo sabia que Jesus viera para salvar e resgatar pecadores e queria impedi-los.
Jesus veio para nos resgatar como um grande vencedor (Colossenses 2.13-15).

II - ELE ESTAVA LEVANDO A INIQUIDADE DE MUITOS.
As iniquidades do mundo seriam lançadas sobre Jesus. O Pai havia posto esta missão para ele. Os sofrimentos que iria padecer era por nossos pecados.
Muitos hoje, sofrem por seus próprios erros, seus pecados, suas ignorâncias, seus erros, suas escolhas e suas más obras.
Jesus, estava sofrendo porque estava obedecendo ao Pai, renunciando à sua própria vontade.

III - ELE ESTAVA TENDO UMA VISÃO CLARA E PLENA DE TODOS OS SOFRIMENTOS QUE O AGUARDAVAM.
Ele conhecia antecipadamente a traição de Judas, a negação de Pedro, a maldade e ingratidão dos judeus.
A morte em seu aspecto mais aterrador, a morte com toda a sua pompa e seus terrores se lançava em seu rosto.
A morte substituta por nós seria o pagamento para alcançar para nós o perdão pelos nossos pecados. Ele sabia também como seria amargo o cálice da ira de Deus que ele teria que beber.

IV - ELE TINHA CONHECIMENTO QUE AO ENFRENTAR TUDO ISSO, ELE NÃO RECEBERIA AJUDA NENHUMA, DE NINGUÉM.
Seu sacrifício não seria como os outros. Não haveria a misericórdia de Deus, nem a graça especial que é derramada sobre os mártires.
É verdade que os mártires sofreram e sofrem por Cristo. Os mártires sofrem e morrem, mas ao entregar a vida, eles recebem a ajuda de Cristo, o poder de Deus.
Com Jesus foi bem diferente:
Ele não teria o apoio e o consolo que os mártires desfrutavam, porque se negou a receber esta ajuda. Ele não estava morrendo, sofrendo como um justo, mas como pecado.
 Sobre as cruzes dos santos se pronunciava uma benção que lhes dava animo, para que se alegrassem mesmo no suplicio (Mt 5.10,12), mas Cristo na cruz, leva a maldição, a nossa maldição (Gl 3.13).
Debaixo do peso daquela cruz, se sentia cheio de tristeza e maldição, e esta maldição da cruz era o fundamento da alegria das cruzes dos demais.
Os testemunhos nos falam da alegria nas arenas, nas fogueiras e nas cruzes dos cristãos que foram martirizados.
Jesus, portanto, suportou a noite sozinho. Sem apoio, sem amigos , sem companhia, sem a benção e sem Deus.
Por isso, temos a possibilidade da benção em nossa vida. No nosso sofrimento não seremos abandonados.
Nenhum sofrimento nosso é em vão. Nossas dores, ele levou, por isso, hoje temos a graça, temos a benção. Temos a certeza de que sofrimento algum, luta alguma, cruz alguma pode nos vencer.
Nada tem poder para nos separar da benção final (Rom 8.31-39).

APLICAÇÕES PRÁTICAS
a – Sabendo que Jesus lutou contra as trevas eu vou me identificar todos os dias nesta luta, pois sei que nele sou um vencedor.
b – Sabendo que Jesus levou minhas iniquidades, vou aceitar sua provisão para vencer o pecado em minha vida.
c – Sabendo que Jesus sofreu sabendo o que ia sofrer, eu vou viver na consciência do seu amor por mim.
d - Sabendo o que Jesus sofreu por mim, eu preciso segui-lo, por amor, pois por amor ele fez tudo por mim.

quarta-feira, 5 de março de 2008

A ALMA DE JESUS FOI PRENSADA

A ALMA DE JESUS FOI PRENSADA
Rogério Nascimento - Pregado em maio de 2007



Lc 22.39-46

No Getsêmani Jesus sofreu na alma todas as angústias do ser humano.


Jesus no jardim do Getsêmani, sofreu a maior das agonias, porque sobre ele seria descarregada a ira de Deus, contra o pecado de toda a humanidade que ele estava levando.
Esta agonia é inexplicável. Não sabemos descrever o que seja agonia. Somente quem já sentiu sabe explicar.
O sentimento de Jesus no Getsêmani, nos é apresentado de diversas maneiras pelos evangelistas.
Em Lucas, é uma consternação pavorosa. Ele estava consternado, apavorado, horrorizado.
Em Mateus, a ideia é de uma perturbação misturada com tristeza profunda.
A gente sabe o que é ter a mente perturbada. Não conseguimos nos aquietar.
Em Marcos, ele está assombrado, com o espírito horrorizado, um momento de horror, como se um sombra pavorosa viesse sobre ele.
Getsêmani, quer dizer: lugar onde a azeitona é prensada.
A alma de Jesus também estava sentindo tudo isto por causa do cálice que teria que beber.
O verdadeiro cálice não eram as dores físicas.
Ele não temia as dores do calvário. Ele não era um fraco.
Ele era um forte. Sua presença era forte, sua mão era forte, sua voz era forte.
Ele não era menor do que aqueles foram condenados á morte antes e depois dele.
Jesus não era menor do que aqueles heróis da fé de Hb 11.36-38 – gente que o mundo não era digno.
O cálice que Jesus temia, o motivo da angustia de Jesus era a Ira, o juízo de Deus.
O cálice era a ausência de Deus, das trevas sobre a alma que aconteceria na cruz.
Como nos identificamos com o Getsemani?

1 – TAMBÉM NÓS EM ALGUMAS FASES DA VIDA ATRAVESSAMOS A ESCURIDÃO.
Assim como Jesus, também em determinados momentos temos a alma prensada.
São momentos em que enfrentamos a escuridão na alma.
É nosso Getsemani.
Um desses tempos é quando lutamos contra a vontade de Deus.
Fazer a vontade de Deus significa abrir mão de certos direitos, de coisas que julgamos importantes. Muitas e muitas vezes, Deus nos pressiona dizendo: quero fazer a minha vontade em tua vida.
Acontece também quando lutamos batalhas espirituais. Temos, então o nosso getsemani, onde sentimos nossa alma prensada. Onde nos sentimos no escuro.

2- QUANDO ESTIVERMOS NO GETSEMANI, DEVEMOS ENFRENTAR NOSSA PRÓPRIA ANGUSTIA.
Ninguém pode passar por este processo em nosso lugar. Como Jesus, oramos, suamos sozinhos...totalmente sozinhos.
Alguém pode interceder por nós, mas não nos substituir.
Alguém pode sentar ao nosso lado, mas ninguém pode fazer nada por nós. Não podemos nos salvar do Getsêmani, o custo, seria perder a benção.

3- NOS MOMENTOS DO GETSEMANI E DE ANGUSTIA, DEVEMOS ABRIR MÃO DE NOSSA PRÓPRIA VONTADE. Durante esta prova de decisão, antes de tudo, há uma batalha entre duas vontades. A nossa e a de Deus. Podemos implorar e barganhar, mas no final das contas – se quisermos sair vitoriosos devemos entregar a ele o controle de nossa vontade.

4- ACEITANDO A VONTADE DE DEUS, VENCEMOS O EGOISMO DE NOSSOS PLANOS E ENTENDEMOS QUE DEVEMOS VIVER PARA A GLÓRIA DE DEUS.Muitas pessoas sofrem a dor do seu próprio egoísmo.
Muitos estão buscando a felicidade a qualquer custo.
Deus não quer em primeiro lugar neste mundo nos dar felicidade, mas santidade.
Assim como Jesus no Getsemani, a única maneira de cumprir o propósito de Deus é dizer como Jesus: “não se faça a minha vontade mas a tua” - “não como eu quero, mas como tu queres”.
As perguntas que eu tenho que fazer:
Será que minhas metas não são frutos de meu egoísmo?
Será que minhas decisões não são baseadas em egoísmo?
Será que minha vida não está sendo construída só para satisfazer minha própria vontade?
Será que estou procurando saber a vontade de Deus para minha vida.
Será que eu posso dizer em qualquer circunstância: “não a minha vontade, Senhor, mas a tua”?

VIVER COM PACIÊNCIA, ESPERANÇA E PERSEVERANÇA – Romanos 8.18-25

  Pregado em 03 de maio de 2020 sexto sermão na Pademia                                                                                     ...